Você é tão manhosa, Ari.

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Pov Callie.

Acordei ao sentir os braços dela envolvendo  a minha cintura. Como eu sentia saudades da gente assim, acordar ao lado dela, do beijo dela principalmente.

- Senti saudades- falei depois do assunto constrangedor que tava rolando entre a gente. Beijei seus fios loiros voltei o carinho em suas costas.

Ela nada disse apenas apertou mais a minha cintura e se aconchegou em meu corpo. E pra mim era como se fosse um " também senti saudades". Ouvimos alguém bater na porta e depois ela ser aberta por Dona Barbara com uma bandeja em mãos.

-Deixa que eu te ajudo, Dona Barbara.- falei me levantando rápido da cama. ouvi um "ai" e esqueci que estava agarrada a Robbins- Desculpa, Ari.

- Não preciso de ajuda, norinha.- Dona Barbara sorriu simples e acendeu a luz.- Trouxe um lanche pra vocês.

-MAMÃE.- ela exclamou sem graça- A Callie namora agora.- dona Barbara ficou sem graça. - E eu estou sem fome também.

- Eu não namoro nada, dona Barbara.- desmenti a loira mais nova.- E a senhora pode me chamar assim se quiser, sempre serei sua norinha.- sorri para a mesma- E a senhorita vai comer sim,- olhei para a Arizona- fiquei sabendo que tem dias que não come.

Ela fez um bico do tamanho do mundo enquanto eu e dona Barbara riamos dela. Arizona e esse seu jeito manhoso, nunca muda.

Dona Barbara saiu e nos deixou a sós novamente.

Olhei na bandeja que a mesma trouxe e tinha frutas cortadas, dois tipos de bolo, suco de melancia, ovos mexidos, sanduíches e dois minis croissant.

Quantas pessoas a dona Barbara acha que vai comer?

Comecei a comer as coisas e a loira ao meu lado continuava com um bico do tamanho do mundo.  Peguei uma uva da tigela e levei a sua boca, ela não abriu.

-Deixa de ser infantil, Arizona, abre logo essa boca. - continuou do mesmo jeito. - Se você não abrir a boca eu vou embora.

Ela nem se móvel. Então eu me levantei, ajeitei meu vestido botei minha rasteirinha e me virei pra sair. Essa garota é difícil mesmo, ela nem ligou para o que eu fiz.

- Não vai... - Sua voz soou no quarto.- eu como então. - fez uma voz manhosa.- Mas só se você me der na boca.- um beicinho se criou em seus lábios.

- Você é tão manhosa, Ari. - me sentei ao seu lado na cama e tirei minha sandália.

-E a culpa é toda sua.- abriu a boca esperando eu colocar a fruta.- Você que me deixou assim.

Comemos em meio a conversas, seu semblante estava diferente do de antes, era mais leve e ela estava sorridente.

Ao acabarmos de comer deixei a bandeja vazia em cima da sua mesinha de estudo.

Lembrei de momentos ali e meu corpo vibrou. Eu a queria tanto mas não era o momento.

-Vai deixar a luz acesa?- perguntei ao me virar.  seu olhar estava na parte debaixo do meu vestido e ela estava com um sorriso safado nos lábios.

- Deixa, a gente não vai dormir mais.

Seu olhar ainda estava sobre mim, andei até a cama e me deitei, a abracei novamente e voltei o carinho.

Eu tava com a conversa que eu ouvi na cabeça, e estava me sentindo uma idiota por isso. Eu não deixei nem ela se explicar, sai gritando com ela no meio de todo mundo. Ela tentou diversas vezes falar comigo mas eu não quis. Eu tive medo. Medo dela ter mentido para mim e tudo que a gente viveu estar sendo só uma aposta. Ela era tão babaca comigo no início, que só vinha isso na minha cabeça.

Hate turns to love Onde histórias criam vida. Descubra agora