Hate turns to love

Você ainda dorme com a blusa dela?

Cap fresquinho pra vocês...

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-Você ainda dorme com a blusa dela?-Hoje na escola de Sof não teria aula, então Mark veio buscar a pequena para passar o dia com ele.

-Bom dia pra você também, querido amigo.- debochei.- E sim, acho ela super confortável.

-Deixa de ser mentirosa, você sente saudades dela.- Ele riu. E era verdade, eu sentia mesmo.

-Cala a bola e entre logo.- Abri mais a porta para ele entrar.

-Soube pela Lexie que a Ari está voltando para Seattle.- ele começou.- Pretende fazer algo sobre isso?

- Não, ela escolheu a vida dela, não digo nem por mim, e sim pela Sofia, não quero que a minha filha saiba da existência dela.

Eu poderia estar morrendo de saudades da loira, mas não faria nada a respeito. Se eu soubesse que ela agiria de maneira tão babaca não teria contado.

- Vou acordar a nossa pequena, vai tomar um banho, se não você vai se atrasar.- ele falou e saiu andado em direção a escada.

Como hoje era quarta, era dia de sair mais cedo, ou seja, dia de filme com a princesa.

Coloquei uma calça social preta, uma blusa azul escura de seda e um blazer por cima e nos pés um scarpin preto.

- Mais tarde a mama te busca para a noite de filmes, está bem?- Dei um beijo na bochecha da pequena e fui em direção ao meu carro.

Estava na minha sala terminando os outros cinco contratos que faltavam, na verdade só faltavam dois e uma delas começava hoje. Como eu consegui me enrolar?

Terminei mais um, comecei o quarto quando ouvi batidas na porta, torci para não ser Cristina e a gente acabar conversando, fazendo eu me atrasar mais.

-Bom dia, senhorita Torres, já acabou os contratos restantes? - Cristina me perguntou.- A menina que começa hoje chegou.

-Vou para o último agora.- Falei sem olhar para ela.- Faz o seguinte, leva esses e manda ela entrar, assim ela lê, assina e leva para você, pode ser?

- Claro,- falou ao pegar os papéis.- vou mandar ela entrar.

Ela saiu e bateu a porta.

Paralisei ao ver o nome que se tratava, não podia ser, o universo só podia estar de brincadeira com a minha cara.

-Arizona Robbins.- falei em voz alta sem acreditar e a porta abriu.

- Sou eu.- Ela me olhou sem acreditar também.- Então a Senhorita Torres na verdade é Senhorita Calliope Torres.-  ela sorriu abertamente e eu fechei a cara.

- Pode se sentar, senhorita Robbins. - usei meu tom mais formal possível. - Já vou imprimir seu contrato.

Percebi seu olhar vagar pela sala e parar no porta retrato da parede, ela me olhou, olhou para a menina e me olhou novamente.

- É sua filha?- Ela quebrou o silêncio, Afirmei com a cabeça.- Quantos anos?

-Nessa foto ela tinha 3, mas hoje ela tem 6. - Falei seca. - Nós trataremos somente assuntos profissionais, então sem perguntas sobre a minha filha.

Ela nada disse, lhe entreguei o contrato e ela leu calmante, pegou uma caneta na minha mesa e assinou.

- O Rh fica no andar debaixo, a direita do corredor, não tem erro. Seja bem vinda.- forcei um sorriso.

Ela saiu e ao bater a porta eu soltei todo ar que eu prendia.

Eu não sabia que rever ela mexeria tanto comigo. E sobre nossa filha, como ela não desconfiou? Sofia tem o sorriso de covinhas dela.