Já desistiu da aposta?

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Pov Arizona.

- A pizza ta boa? - perguntei a ela.

- Uma delícia.- disse lambendo os lábios.- Tem certeza que não quer?

- Absoluta.- forcei um sorriso.

Estava me dando ânsia de vomito só de sentir o cheiro daquilo.

Depois de comer a metade, Callie estava satisfeita e disse que ia voltar a dormir.

Eu acordei no dia seguinte com mais sono do que eu fui dormir. Diferente de mim, Callie acordou animada e disposta.

Passei o dia me arrastando por toda a empresa, eu não via a hora de poder dormir.

Hoje sairíamos mais cedo do escritório, Callie tinha consulta com a doutora Foster.

Eu espero não desmaiar dessa vez, só de pensar em ouvir o coraçãozinho dele me animava.

- Já pensou como vai ser o quarto dele?- perguntei a minha esposa que estava inquieta ao meu lado no carro. - O que foi amor?

- Eu não senti ele mexer hoje.- ela falou em tom baixo.- E se ele morreu? 

- Amor, ta tudo bem.- alisei sua mão.- Ele só deve estar cansado de ontem.

- Tem certeza?- ela perguntou e eu assenti.

Ao chegar no hospital demos o nome da Callie e esperamos por 15 minutos, já que tinha um casal na nossa frente.

Agradeci por não ter encontrado Erika, não queria mais um estresse na cabeça de Callie.

-Olha ele ali.- Doutora Foster falou ao passar a ultrassom na barriga dela.

- Por que ele tá tão parado?- minha esposa perguntou.

- Deve ester dormindo.- a Dr Respondeu.- vamos ouvir o coração?

Assentimos e logo um "tumtum" soou pela sala.

- Viu, esta tudo bem.- falei beijando seu rosto.

Pov Callie

Senti um alívio muito grande quando eu ouvi o coraçãozinho dele bater. Só de pensar em perder meu filho eu entrei em desespero. Eu estava animada com a chegada dele. Mesmo ainda faltando 5 meses.

Saímos do hospital depois de fazer todos os exames que a Dr Foster passou. E eu sai mais aliviada ainda por não ter visto Érika, já que a minha esposa disse que quer socar ela.

Hoje chegou para nós duas o convite da festa de reencontro da galera do colégio.

-Vamos relembrar os velhos tempos no vestiário?- Ari perguntou arqueando as sobrancelhas se virando para mim no carro.

- Já desistiu da aposta?- sorri vitoriosa.

- Tinha esquecido.- ela falou voltando a atenção a pista.- Mas se até lá você não aguentar, - falou rindo sacana- porque eu sei que você não vai, vamos relembrar?

- Não sei o porque de você achar que sou eu que vou desistir primeiro.

- Hormônios da gravidez.- falou apontando para a minha barriga.

-Posso me aliviar sozinha.- falei piscando para ela.

Viemos a viagem inteira em silêncio, mas na minha cabeça só vinha maneiras de fazer a Arizona ceder primeiro. E eu tinha mil maneiras na cabeça.

A 1ª seria dormir pelada.

A 2ª séria passar hidratante na frente dela.

A 3 ª pedir ajuda com roupa.

Hate turns to love Onde histórias criam vida. Descubra agora