Um nome encantador

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Aurora se olhava no espelho enquanto passava suas mãos pelo vestido que usaria para recepcionar os clientes no restaurante. Era um vestido preto de cetim, com as alças finas nos ombros e com um comprimento acima do joelho. Apesar do tecido, ele parecia ser um número menor, se alinhando em seu corpo e deixando seus seios mais apertados, como se estivesse usando sutiã para prendê-los. Seus cabelos soltos, com as mexas atrás da orelha para deixar a mostra seus brincos de pérola que comprara em uma ida ao shopping com Camila. Eram brincos baratos, porém bonitos para serem usados em ocasiões especiais. Ao perceber que a hora passava mais rápido do que o normal, pelo menos em sua mente avoada, correu para o andar debaixo com a bolsa em mãos e o celular para chamar um carro de aplicativo. Esperaria por mais cinco minutos e rapidamente chegaria ao restaurante.

Fernando havia preparado um banquete especial para receber o chefe de sua esposa, que fez questão de indicar o restaurante, o ligando animada ainda pela manhã. Apreciava a boa vontade de sua mulher, que o ajudou em cada detalhe e o incentivou a abrir mais um restaurante de sucesso.  Apesar de possuir grana o suficiente para viver, ambos odiavam depender de suas famílias, ficando o mais longe possível, visitando em ocasiões especiais. A única que fazia questão de seus avós, era Aurora. Sentia-se acolhida por cada um, e mimada pelo seu avô paterno, que seguia sendo seu maior exemplo.

O carro cinza estacionou após longos vinte minutos em frente ao restaurante, com uma entrada iluminada, uma faixa bem escrita e chamativa. Qualquer pessoa que se atrevesse a passar por aquela área a procura de um lugar para se alimentar, se encantaria com a boa iluminação do ambiente. Aurora pagou o motorista e se retirou do veículo, arrumou o vestido e adentrou o restaurante. Seu pai conversava animadamente com um dos garçons e, ao vê-la, imediatamente sorriu. Ficava encantado na forma que a filha se produzia e fazia questão de estar sempre bela para ajudá-lo. E ainda era pontual. Se portava de maneira tão educada que nunca se preocupou com a forma que a garota abordava seus clientes. Aurora caminhou até o pai e o abraçou, recebendo um beijo carinhoso na testa.

— Você está linda, Aurora. – elogiou seu pai, admirado pela obra que havia ajudado a fazer. A garota tinha muitos traços de sua mãe, não poderia negar, mas seus olhos e boca eram a cópia dos de seu pai. — Eu já deixei separado para você as reservas e, claro, o telefone. – retirou o telefone sem fio do bolso e entregou nas mãos da garota. Era necessário andar com o aparelho para caso de novas reservas ou futuro cancelamentos.

— Eu vou deixar a porta aberta e ficar de prontidão. – apenas avisou, sorrindo para seu pai e se retirando do meio do salão.

Caminhou até a entrada, abriu a porta do restaurante e ligou a placa de "aberto" que ficava presa no vidro temperado. Colocou o telefone para continuar carregando e leu os nomes que estavam reservados em suas respectivas mesas. Próximo as janelas, mais ao fundo, próximo ao espelho para que pudessem se olhar e tirar fotos. Tinha que pensar sempre na preferência de cada um. Alguns nomes ao seu ver eram de pessoas fiéis, que frequentavam sempre quando saíam de seus respectivos trabalhos. Como era próximo ao centro, era um lugar acessível e aconchegante.

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