Aurora não sabia o que era estar aficionada por alguém até encontrar Christian, o homem engravatado de olhos verdes que quase a atropelara. Entretanto, o pequeno contato foi o suficiente para ambos se conectarem, mesmo que talvez nunca se vissem out...
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Cristina se sentia a mulher mais suja do mundo. As taças de vinho ingeridas na noite passada tomaram conta de sua mente, corpo e alma. E, quando se deu conta do que fez, tudo já estava fora de seu alcance. Acordar com seu advogado completamente nu ao seu lado a deixou fora da caixa, com flash de momentos passando por sua mente.
Haviam transado por toda a madrugada.
Se permitiu levantar, carregando um lençol enrolado em seu corpo, se sentando a poltrona a frente da cama. Continuou observando o lindo homem dormindo, se recusando a assumir que gostou de cada parte de sua longa madrugada. Sua cabeça latejava e sentia a necessidade de chorar. Um choro preso a muito tempo, desde a oficialização da decisão do divórcio e conversa com Aurora sobre suas decisões.
Marcos começou a se mexer na cama, sentindo uma presença o observando. Abriu os olhos e tentou entender onde estava, localizando Cristina o encarando com dois olhos de jabuticaba totalmente perdida. Ela nada disse, apenas continuou o encarando, passando toda a noite em sua mente até saber o que realmente fez com que ela dormisse com o seu advogado.
— Normalmente eu sou o que levanta primeiro. – resmungou, se sentando na cama.
Cristina sequer conseguia deferir uma palavra. Totalmente inerte na noite que teve, e, por mais que deveria se sentir arrependida, não estava. Segurou o choro, e o olhou nos olhos.
— O que você disse para me convencer disso? – Cristina apenas perguntou, não conseguindo lembrar de como tudo aconteceu, apenas do que rolou dentro do quarto.
Marcos riu, sabendo que nada daquilo era culpa dele. Cristina ficou ainda mais furiosa, não achando aquilo nada engraçado.
— Você me agarrou no corredor, Cristina. E eu apenas correspondi. – falou, fazendo a mulher sentir uma pontada na cabeça, piorando a sua dor com a revelação.
Ela o atacou. No corredor.
— Merda! – resmungou, não conseguindo segurar as lágrimas. — Eu sou uma vagabunda.– choramingou.
Marcos a olhou assustado. Nunca havia ficado no quarto pela manhã. Todas as mulheres com que dormiu sequer teve o gosto da sua presença para o café, e elas que ligavam para saber se teria uma próxima vez. Em seus trinta anos de vida não se permitiu ver uma mulher chorar em sua frente, justamente para evitar uma situação dessas.
— Você pode, por gentileza, se retirar do meu quarto? – pediu, não conseguindo olhá-lo.
E, para piorar toda a situação, se sentiu violado, totalmente incrédulo que estava sendo expulso.
— Cristina, nos somos adultos. – falou, se levantando e tentando chegar perto, esquecendo completamente que estava nu.
— Não. – o repreendeu, levantando da cadeira. — Isso não deveria ter acontecido. Você é o meu advogado e, céus, só tem trinta anos. – colocou a mão na cabeça, andando pelo quarto, arrastando o lençol grudado em seu corpo.