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Aurora, ao ouvir o que a colega de trabalho de sua mãe lhe dissera, sentiu todo o ar de seus pulmões esvaírem. Abria e fechava a boca sem conseguir assimilar algo decente para escapar daquela situação. Vanessa colocou a mão em seu ombro, tentando acalma-la.

— Como você descobriu? – perguntou Camila, mais firme do que a amiga congelada ao seu lado, sem deixar que Vanessa dissesse algo.

— Eu os vi no corredor nessa madrugada. Estava saindo de meu quarto para beber água. – falou, deixando Aurora ainda mais assustada.

Ela foi vista aos beijos com Christian no corredor, momentos antes de entrar em seu quarto e ter a melhor noite de sua vida.

— E você sabe que se abrir a boca para a minha mãe ou qualquer outra pessoa vai arruinar a minha vida, certo? – Aurora perguntou, tentando se manter calma. — Não era para você ter descoberto isso, merda. – choramingou, sentindo sua garganta arder de nervoso.

— Aurora, eu não direi nada a sua mãe, nem mesmo Christian saberá, se você quiser assim. – a tranquilizou, tentando ser o mais sincera possível. — O Christian é um homem incrível e conheço toda a sua família, não acho errado vocês estarem juntos.

— Sem contar que agora é maior de idade, e você sempre consentiu tudo. – completou Camila, tentando ajudar a melhor amiga a acalmar o coração.

— Eu o amo, Vanessa. – admitiu. — E isso vem acontecendo a algum tempo, foi mais forte do que nossa razão. – deu de ombros, tornando a olhar o homem ajudando Amanda no stand up. — Se minha mãe descobrir agora ela pode arruinar a carreira dele e eu não quero isso.

— Então faremos de tudo para que ela não descubra nem tão cedo. – Vanessa a encorajou, apenas por conhecer a família de seu chefe a um bom tempo e ter ciência sobre o seu não envolvimento sólido com mulheres, nem mesmo com Suzane o sufocando, ou quando estava no exterior.

Aparentemente ele gostava mesmo de Aurora ou não se daria ao trabalho de todo o risco desse romance.

— Pelo menos até estarmos na faculdade. – brincou Camila.

Depois de conversarem e Vanessa a tranquilizar sobre o que descobriu, Aurora se permitiu a deixar um pouco a conversa de lado e se divertir. Começou a dançar com as meninas, até se sentir confiante de subir na prancha. Tinha uma coordenação motora horrível e não queria se machucar, ou ser motivo de piada entre seus amigos.

Christian estava ajudando a garota a subir, não conseguindo segurar a risada das reclamações que deferia. Eu cabelo já molhado, dificultando um pouco sua visão pelos fios grudarem em seu rosto.

— Eu não vou deixar você cair. – Christian tentou acalma-la, se segurando para não chamá-la de amor ou outro apelido carinhoso que amava.

Recebeu em troca um largo sorriso de Aurora, que confiou em cada palavra. Suas pernas um pouco inclinadas da forma que ele a ensinou, um pouco para frente e um pouco para trás. Tentou relaxar e sentiu a prancha se mover na água, um pouco mais para o fundo.

— Eu acho que aí é o suficiente, Christian. – riu nervosa, se equilibrando e quase caindo.

— Confia em mim. – pediu, tocando levemente em seu pé.

Aurora pegou um dos remos e conforme Romeno a guiava, foi mantendo mais postura e confiança. A vista era tão linda que a fez perder o medo de cair na água. Sorriu ao sentir o raio de sol tocar sua bochecha, até quase cegá-la. Riu, focando seus olhos onde o sol não batia, notando que nenhuma mão segurava a prancha. Olhou para suas costas, se desesperando ao notar a distância que estava. Christian olhava agora preocupado, sabendo que Aurora estava assustada. Não imaginou que ela teria tanto medo assim. A chamou com a mão e viu que ela começou a se abaixar, ficando literalmente deitada.

Balançou a cabeça e agradeceu por ela ser uma mulher safa. Veio remando com os braços até chegar próximo de seu amado. Esticou seus braços para trás para impulsionar seu corpo, ficando agora sentada.

— Agradeço muito a oportunidade, a vista é realmente incrível, mas esse esporte eu deixo para outra pessoa. – falou ao sair da prancha.

Mergulhou para molhar os cabelos e conseguir arruma-los e voltou para a grama, ao lado de Camila e Amanda que conversavam animadamente. No caminho, sentiu seu estômago roncar e lembrou dos sanduíches que fez exatamente para não ficar com fome no passeio.

— Aurora, devíamos organizar o lugar para passarmos o ano novo. Não quero resolver tudo em cima da hora. – comentou Camila, aproveitando que a amiga agora estava sentada, para apoiar sua cabeça em seu colo, podendo deitar.

— Não sou a melhor pessoa para resolver essas coisas e você sabe muito bem. – resmungou, não querendo resolver nada.

Mal resolveu sobre o seu aniversário, quem dirá o ano novo que ainda faltavam dois longo meses pela frente. Camila revirou os olhos, resmungando o quanto Aurora era chata e recebeu um tapinha na testa. Nicolas, Victor e Josh cansaram de nadar e se juntaram as garotas, enquanto Ricardo, Marcos e Christian guardavam os equipamentos para adiantar quando fossem embora. 

— Como ficaremos de repouso essa noite, podíamos organizar alguns jogos. - indicou Victor.

— Mímica. - Josh e Aurora falaram juntos. 

— Mas e para comer, o que faremos? - Amanda fez bico, pensando sempre em deixar seu estomago feliz.

— Macarrão ao molho branco.

— Pizza.

— Lasanha.

— Eu sou péssima na cozinha, então nem contem comigo. - alegou Aurora, tirando seu corpo fora. 

Enquanto brincavam entre si, Vanessa os olhava de longe, arrumando o cesto de frutas e as bebidas para que levasse ao carro. O sol estava quase se pondo e não seria legal pegar a estrada a noite, mesmo que Christian conhecesse. Estava se sentido cansada, ansiando por um banho relaxante. Caminhou até os jovens sorrindo, vendo-os amontoados. 

— Não é querendo estragar os planos de vocês, mas precisamos voltar. 

Caminharam até os carros, cada um carregando o que levou. Aurora retornou para o banco da frente do Jeep e, aproveitando o estofado macio, se encostou, sentindo suas costas afundarem dando a perfeita sensação de proteção. Olhou de relance para Christian e, sorrindo, pode fechar os olhos para descansar por quarenta minutos. Christian, olhando seus passageiros pelo retrovisor, pode notar que todos eles seguiram pelo mesmo caminho. Estavam exaustos. Aproveitou a deixa, não tendo pessoas curiosas e dispostas a acabar o que estava vivendo com Aurora, e colocou a mão livre em sua perna, fazendo um carinho com os dedos, sorrindo ao sentir que a garota sentiu o seu toque, colocando sua delicada mão sobre a dele. 


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Segurem o coração pois os proximos capitulos serão bombasticos

Doce AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora