O surto de Amélia

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Christian tomava o café da manhã na casa de seus pais

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Christian tomava o café da manhã na casa de seus pais. Aparentemente Amélia tinha um grande comunicado a fazer e foi obrigado a comparecer – mesmo que preferisse estar no conforto de seu apartamento. Havia tirado a semana para trabalhar de casa, não possuindo nada de tão urgente que fosse necessário acordar cedo e estar presente no escritório. Aguardava impacientemente na mesa, enquanto bebericava um suco de abacaxi com hortelã e comia alguns mini pães de queijo. Não podia negar que a mesa preparada era farta, diferente do seu apartamento, que o fazia comer fora.

Ele analisava o rosto de Amélia, um sorriso tão largo que se perguntou se conseguiria voltar ao normal depois.

Sua irmã mais nova tinha uma feição de que iria aprontar. Era o que mais gostava de fazer, enlouquecer seus pais. Ele conhecia, pois fazia a mesma cara desde criança.

— Agora que a mamãe terminou de se ajeitar, eu tenho um grande comunicado. – dizia, segurando a mão de seu noivo. — Marcamos a data do casamento para daqui duas semanas. – falou aos pulos, achando magnífico.

E, dito isso, Suzane quase caiu para trás. Ela esperava que sua filha se casasse no ano seguinte, possuindo tempo o suficiente para organizarem com calma. Gostava de estar a pé de toda a decoração, convidados e até mesmo o vestido de Amélia. Christian correu rapidamente para acudir sua mãe, segurando o riso de nervoso por Amélia conseguir ser tão pirada. Pelo menos seus pais teriam com o que se distrair durante as semanas sem que pegassem em seu pé.

Suzane ultimamente estava o pressionando ainda mais para que arrumasse uma esposa. Colocava sempre a doença de seu pai como desculpa, o que odiava e o deixava ainda mais distante da mansão. Encheu um copo de água para sua mãe e a obrigou a beber, enquanto ainda segurava o riso.

— Não começaríamos a organizar no ano que vem, Amélia? – gritou sua mãe, tirando as mãos de Christian de seu braço. — O que aconteceu?

— Consegui uma vaga em uma das maiores exposições de fotografia em Paris, podendo mostrar meu trabalho e nome para os maiores compradores de arte. – Amélia falou vibrando, deixando claro sua paixão por fotografia em seus olhos marejados de alegria. — Eu não posso perder essa oportunidade e por isso casarei ainda esse ano, podendo focar em minha vida profissional. – bateu palminhas, podendo ver seu irmão mais velho e único a expressar sua felicidade.

Ele fora o primeiro a ver potencial em suas fotografias ainda menininha, e hoje era uma linda mulher. Nunca deixou de sonhar em ter sua própria vida, vivendo do seu próprio dinheiro desde que começou a fazer seu nome. Nunca quis se aproveitar da boa vida de seus pais, conseguindo tudo com a ajuda de Christian e seu pai Camilo. Suzane nunca deu muita importância pelo seu hobby, e também não se intrometia em sua vida. O único desejo de sua mãe era ver sua menina se casar e ter uma família.

— Eu fico imensamente feliz pelo seu sucesso e preciso saber quando será a exposição, assim poderei me organizar e ir te prestigiar. – disse Christian, segurando o rosto de Amélia com as duas mãos, ambos não conseguindo segurar as lágrimas teimosas que desciam pelas suas bochechas. — Eu amo você e sempre acreditei no seu potencial, bichinho.

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