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— Por estar totalmente paralisado, concluo que é alguém importante

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— Por estar totalmente paralisado, concluo que é alguém importante. – o comentário de Amélia fez com que Christian voltasse a realidade.

O homem sequer conseguiu pensar em Aurora por ter sua irmã por perto, infernizando por um dia inteiro. Podia dizer que se sentia mal por isso, mas seria mentira. Pelo menos, naquele dia, mesmo que passara rápido, se permitiu pensar e conversar sobre outras coisas. Sua irmã sabia muito bem como enche-lo com suas histórias de viagem, casamento e pinturas.
Não que Aurora não fosse importante para ele, porém se sentia um pouco menos culpado por ter a dispensado por mensagem.

— Desculpa, não queria ser intrometida. Mas o seu telefone tocou e me permiti atender. Apenas informei que estava no banho e se queria deixar algum recado para que retornasse. Desligou antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa. – falava sem parar, explicando o que havia acontecido na sua ausência. — Christian, fala alguma coisa!

— Seu noivo chegou. – o homem apenas disse, assim que a campanhia soou por seu apartamento, sendo salvo de futuras respostas de perguntas ao qual não queria responder – pelo menos não para sua irmã.

Amélia nada disse, sabia que não conseguiria tirar nada de seu irmão, não naquele momento. Sentia também que havia muito além do que palavras a serem ditas a respeito de Aurora. Conhece Christian sua vida toda para saber o quão importante alguém era em sua vida particular, apenas por o deixar sem palavras. E, por não conseguir mentir, apenas ficava paralisado, não se permitindo a dizer sequer uma palavra sobre tal assunto.

Era algo delicado demais para ser conversado naquele exato momento. Amélia era a única pessoa que Christian jamais decepcionaria.

Colocou apenas uma camisa de manga e acompanhou sua irmã até a porta. Se fosse em outra ocasião, Christian ofereceria uma bebida para o cunhado a fim de conversarem um pouco. Todavia, além de estar em um horário tardio, não queria que Amélia permanecesse em sua casa. Queria que fosse levada embora para poder conseguir expressar seus sentimentos devido aos últimos acontecimentos.

— Cuida dela, por favor. – pediu para seu cunhado, depositando um beijo no rosto de Amélia, fechando a porta logo em seguida ao vê-la partir.

Sem ao menos conseguir pensar com clareza, correu até seu quarto, podendo pegar seu celular sobre a mesinha no canto da cama para poder ver com os próprios olhos a ligação de Aurora, efetuada minutos atrás. Respirou fundo, andando de um lado para o outro em seu quarto, podendo abrir uma fissura no chão por conta de seus passos pesados e preocupados.

Em sua orelha direita, seu celular gelado tocava sua pele quente, recém saída de um banho aquecido, a fim de conseguir contato com a garota do cheiro adocicado que tanto o fazia ficar estonteado.

Christian pensava no que Aurora estaria fazendo naquela noite fria de sexta feira.

Após Aurora ouvir a voz feminina, dizendo que o homem engravatado — por quem estava completamente aficionada — estava no banho, provavelmente tirando todo o suor do corpo depois de fazer sexo, pensou. Sua mente fértil e alcoolizada a deixava totalmente neurótica. Se sentia com ciúmes e não desejava o sentimento para ninguém. Seu coração batia forte dentro do peito. A respiração ofegante e o frio na barriga a aborreciam profundamente.

Doce AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora