Aurora se arrumava para encontrar Nicolas e Victor. Estava responsável por dar carona para Camila e Josh, que cogitaram até mesmo a ideia de irem para Curitiba de carro após descobrirem que Aurora ganhou um da Jeep, novinho em folha. Terminou de calçar o all star de cano médio e plataforma, e se olhou no espelho. Um vestido azul bebê de alça e que batiam na metade de suas coxas, com um decote singelo em V, e um óculos de sol preto. Iriam até uma cafeteria, e o calor que estava fazendo a obrigava a andar de acordo; roupas leves e soltas. Era a última semana antes de retornarem para suas novas vidas acadêmicas e o trabalho, no caso de Camila. Aurora saiu de casa carregando uma bolsa de lado com a carteira, chave de casa e balançava nos dedos o chaveiro preso na chave de seu carro.Ele não era exatamente da cor que a jovem sonhava, mas o fato de ter um carro, sendo responsável apenas pela gasolina e alguns documentos anuais a deixavam despreocupadas, pois as manutenções eram caras e já havia um seguro cobrindo tudo. Christian havia se prontificado em resolver tudo. Dirigindo seu novo carro, se afeiçoou rapidamente a ele. Se sentia finalmente uma adulta, e a faculdade de Direito lhe deu um novo rumo, assim como uma nova personalidade.
Estudar advocacia para ser uma juíza futuramente fora a melhor escolha de sua vida. Sentia que nasceu para advogar, estando no sangue da família Orsini. Assim como o seu avô, suas notas demostravam o quão inteligente e esforçada é.
— Ainda estou desacreditada que você ganhou um carro lindo! – gritou Camila. — Já pensou sobre voltarmos para Curitiba nele? Please!
Camila ganhava Aurora pelo cansaço, porém, se lembrou que a loira a aturava e era feita de motorista particular sempre pela morena. E talvez não seria ruim viajar de carro, conhecendo lugares novos e dirigindo com uma bela vista.
— Será que conseguimos o estorno das passagens? – se intromete Josh, pensando no lado financeiro. — Ou pelo menos uma troca para um lugar mais legal?
— O valor da ida está incluso na volta, ou seja: nada de estorno. - ressalta um ponto. — E também queria voltar dirigindo. – expõe Aurora.
— Vamos revezar, gatinha. – pisca a loira, ligando a multimídia do carro para ouvirem música.
Aurora dirigiu por mais ou menos vinte minutos, estacionando e agradecendo pela câmera de ré. Seu maior problema ao pegar o volante de um carro era a questão em estacionar um carro perfeitamente sem bater e danificar o carro de alguém. Ligou o alarme e caminhou com os amigos até a mesa da cafeteria, onde Victor e Nicolas estavam presentes, cada um com uma menina ao lado, sendo suas respectivas namoradas.
— Vocês não mudaram nadinha. – comenta Aurora, os assustando. — A não ser a bela companhia que agora possuem. Sou a Aurora. – brinca, se apresentando.
A namorada de Victor é praticamente a cara de Camila, só que um pouco mais baixa, e seu cabelo loiro não é natural. O garoto possui um padrão para mulheres, está nítido. Apenas a namorada de Nicolas a surpreendeu. Parece uma modelo, com seus cabelos crespos, lindos olhos verdes e uma pele negra, brilhante. Todos se cumprimentaram, se sentando e lembrando que estavam ali três anos atrás, quando pegaram o resultado das notas finais do ensino médio.
— Desculpem estarmos presentes. Sei que é um reencontro do ensino médio e até admiro. Não tive esse momento quando terminei os estudos. – disse Eduarda educadamente, namorada de Nic.
— Não se preocupem, é um prazer finalmente conhecê-las. – diz Aurora, sempre tomando as rédeas de alguns assuntos. — E também achei que não iria rolar. - ri, tentando não deixá-la no vácuo. — Aqui vende cerveja? – questiona, olhando o cardápio.
Nicolas é o único que não deu um pio, enquanto até mesmo Victor, Camila e Jessica estavam entrosados. Josh engatou em um assunto com Eduarda, e a garota realmente é modelo. Aurora pediu uma cerveja sem álcool, só pelo prazer de sentir o gosto. Por estar dirigindo, levava a sério sua vida e a direção na estrada.

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Doce Aurora
RomanceAurora não sabia o que era estar aficionada por alguém até encontrar Christian, o homem engravatado de olhos verdes que quase a atropelara. Entretanto, o pequeno contato foi o suficiente para ambos se conectarem, mesmo que talvez nunca se vissem out...