Aurora não sabia o que era estar aficionada por alguém até encontrar Christian, o homem engravatado de olhos verdes que quase a atropelara. Entretanto, o pequeno contato foi o suficiente para ambos se conectarem, mesmo que talvez nunca se vissem out...
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Christian e Aurora se amaram pela última vez. Fizeram amor com o ar de despedida, tocando cada parte um do outro, entre beijos, gemidos e um olhar de que tinham a completa ciência que não fariam aquilo novamente. Aurora compreendeu a escolha de Romeno, ainda que doesse em sua alma, mas nada disse. Namoraram em silêncio. Sem lágrimas, sem murmúrios, e sem cobranças.
Passaram tempo o suficiente juntos, primeiro sem a necessidade de fazer sexo inicialmente. Christian analisou o corpo nu de Aurora por longos minutos, não querendo esquecer jamais da mulher a sua frente e de todos os seus detalhes. Ele nunca chorou na frente de uma mulher antes, nem mesmo sua mãe ou irmã presenciaram tal cena. Até Aurora aparecer na sua frente, dizendo coisas cruéis, mas verdadeiras. E, mesmo que se sentisse no erro por ter se envolvido com ela, seu peito doía e um embrulho no estomago o deixou enjoado. Não queria que ela partisse.
— Se um dia nos reencontrarmos, promete que será minha? – sussurrou Romeno, alisando a bochecha de Aurora com o polegar, beijando a ponta de seu nariz.
Os olhos da garota se fecharam, sentindo os toques singelos em seu rosto, se concentrando para não derramar mais nenhuma lágrima. Os abriu, fitando os olhos verdes e brilhantes de Christian, querendo gravar para sempre em sua memória seu olhar tão genuíno e bonito.
— Eu sou sua, Christian. – respondeu em um sussurro quase inaudível, com a voz falha. — Não importa onde eu esteja, sempre me lembrarei de você e do que vivemos em tão pouco tempo.
E esperava mesmo lembrar-se dele. Ainda que seguissem caminhos diferentes. Não o julgaria se ele seguisse com outro alguém, ou se ela mesma encontrasse um novo amor. O que viveu com Romeno fora intenso e real, mas as circunstâncias da vida os levaram a ter um ponto final em sua história.
— Lembre-se que isso não é um adeus. Podem passar anos, você sempre será a minha Doce Aurora. – sorriu, beijando agora seus lábios com tanta delicadeza e amor que todo o seu ventre se contorceu de ansiedade.
Ansiedade para que os anos passem rapidamente para se reencontrarem em uma nova vida.
— Eu preciso ir.
Aurora começou a se vestir, ainda em silêncio. Não era um silêncio confortável, e sim melancólico. Não podiam fazer juras de amor, não mais. Seu coração batia tão forte que pensou em ter um ataque a qualquer momento. Suas pernas fracas, assim como a sua voz. Ao ajeitar os cabelos e limpar o rosto, olhou Christian, vestindo agora sua bermuda, com o peitoral e costas avermelhados devido aos arranhões que a garota deixou como marca após estarem juntos como um só.
— Quer que eu a leve em casa? – proferiu Christian em uma pergunta, ainda que soubesse que ela não aceitaria.
— Preciso apenas de dinheiro para o táxi...eu saí às pressas somente com o celular. – diz, suspirando fundo ao lembrar que sua mãe estaria esperando por ela com um cinto nas mãos para castiga-la.