Segredos

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Era uma quarta feira, Christian  encontrava-se em sua sala, um pouco encucado sobre como estava agindo ultimamente, referindo-se a estar flertando com a filha de sua funcionária

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Era uma quarta feira, Christian  encontrava-se em sua sala, um pouco encucado sobre como estava agindo ultimamente, referindo-se a estar flertando com a filha de sua funcionária. Aurora costumava ser inteligente, ao mesmo tempo que era sedutora e envolvente em qualquer aspecto.
Sentado em sua confortável cadeira, suspirava cansado. Cansado de tentar lutar contra um desejo que só sentira algumas vezes quando adolescente recém ingressado na faculdade, sentindo ser um pouco mais forte e tentador.

As papeladas jogadas em sua mesa não eram suficientes o bastante para o deixar ocupado, longe de qualquer assunto que não fosse trabalho. Precisava assinar algumas autorizações para que Cristina conseguisse solicitar o que fosse necessário para continuarem tendo sucesso na empresa. Teriam uma exposição de carros e tecnologia, ao qual seria feito em um dos espaços cedidos pela companhia a fim de mostrar também os seus serviços prestados. Sendo assim, teriam muito trabalho pela frente — e muita dor de cabeça, pensava Romeno.

Seus pensamentos foram interrompidos assim que a porta se abriu centímetros a sua frente. Marcos Coimbra estava presente em seu fiel terno escuro e sorriso brincalhão. Seu melhor amigo invadia sua sala com todo o seu alto astral e inconveniência.

— Por qual motivo não retornou minhas ligações? – perguntou zombeteiro, afinando um pouco a voz, fazendo Christian soltar um riso nasalado com a cena. — Pensei que tivéssemos algo.

Christian nada disse, apenas gesticulou para a cadeira, o pedindo para sentar, assim poderiam conversar com calma e em um tom de voz suave.

— Como você está vendo, estou trabalhando como um filho da puta. – resmungou o engravatado, largando os papéis em cima da mesa, mesmo lugar onde estavam antes. — Está aí o motivo de não retornar suas ligações, querido. – disse, acrescentando o "querido" como  resposta ao amigo.

— Sinto que não é só isso, mas eu espero você me contar o seu segredo. – falou Marcos, deixando Romeno ainda mais exausto.

Ele não havia dito para o amigo o que estava fazendo nas suas horas vagas. Apesar de confiar nele cegamente, por terem tido uma criação conjunta pela amizade de seus pais, não achava certo dizer que estava saindo com a filha de sua funcionária. Ele sabia muito bem que recusava todas as mulheres que o apresentava e acharia totalmente insano o que estava fazendo.

— Seja o que for, eu aguento. – continuou a dizer, sentindo o amigo de infância aborrecido, e dessa vez ele não era o motivo do estresse.

Romeno encostou mais na cadeira e afrouxou um pouco a gravata, a tirando completamente. Ele não estava conseguindo manter aquela informação apenas para si. Estava enlouquecendo e, mesmo que os conselhos de Marcos não fossem 100% confiáveis, ainda assim seriam importantes.

— Não imaginei que essa hora chegaria tão rápido. – suspirou pesadamente, desabotoando alguns botões de sua camisa social preta.

Ainda encarando Marcos, sem conseguir abrir a boca com alguma palavra que tanto aguardava, seu celular vibrou mesa de madeira, mudando seu pensamento sobre o que deveria o dizer, para o nome escrito no visor de seu aparelho. Marcos seguia o olhar do amigo com curiosidade, percebendo que alguma coisa séria realmente estava acontecendo.

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