Aurora não sabia o que era estar aficionada por alguém até encontrar Christian, o homem engravatado de olhos verdes que quase a atropelara. Entretanto, o pequeno contato foi o suficiente para ambos se conectarem, mesmo que talvez nunca se vissem out...
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Christian a encarou por alguns segundos, antes de ser interrompido com a comemoração do ganhador dos serviços da Insurence. Ao mesmo tempo que precisava deixa-la para dar atenção ao ganhador do evento, para o parabenizar, queria permanecer na frente de Aurora, sentindo todo o calor que seus olhos lhe passavam, sabendo perfeitamente o que ela queria. No entanto, deveria ser cauteloso antes que a jovem fizesse algo impulsivo, mesmo tendo ciência que jamais faria qualquer coisa que os colocasse em maus lençóis.
Mudou sua feição, sorrindo levemente, se retirando para fazer o seu trabalho com excelência. A garota nada disse ou fez, apenas manteve-se em pé, o seguindo com os olhos, um pouco frustrada. Entendia o papel de Christian no evento, afinal, fora ele que traçou todo o projeto. De qualquer forma, o queria mais por perto. Sentia uma vontade avassaladora de prende-lo contra si. Estava ficando cansada de manter segredo sobre o seu envolvimento, precisando tocá-lo a hora que quisesse. Christian era tão cuidadoso que a fazia se sentir mal. Queria gritar a plenos pulmões que fora ela a incentivadora de todo o romance. Que fora ela que o seduziu. Tinha plena consciência dos seus atos e não se arrependia de nenhum deles.
Na verdade, ela faria coisas além se o homem engravatado a permitisse.
Ele a respeitava e era recíproco. Sabia que Romeno possuía medo de ser mal compreendido por sua mãe e acabar em uma situação nada agradável, fazendo-o perder até mesmo sua empresa e qualquer regalia. Prezava pelo seu nome e não podia decepcionar seu pai. No final, Aurora entendia perfeitamente todas as suas colocações, mas se amaldiçoava por não ter nascido alguns anos antes, assim não teria tantos problemas com a idade.
Contudo, o que a deixava relaxada, era saber que em poucos dias completaria seu tão esperado dezoito anos. E, com esse pensamento, sorriu. Pensava agora no sitio que Christian comprou apenas para que ela pudesse comemorar seu aniversário do jeitinho que sonhava. Camila surtaria, pensou, rindo baixinho.
— O que eu disse sobre não beber champanhe, Aurora? – Cristina apareceu de supetão, dando-lhe um susto. Precisou se equilibrar nos saltos medianos para não cair.
— Não se chega assim perto de ninguém, mãe. – reclamou baixinho, regulando sua respiração. — E foi apenas duas, isso não vai fazer com que eu caia de bêbada na grama. – revirou os olhos.
— Não entendo essa vontade de adolescentes experimentarem bebida alcoólica. – continuou reclamando, totalmente insatisfeita com a atitude da filha. — E estou pensando seriamente em não liberar bebidas no seu aniversário. – disse séria, fazendo a garota olha-la torto.
— Eu entendo que seja algo que desaprova, mas tenho a certeza que fazia muito além do que beber escondido quando tinha minha idade. – retrucou, não querendo que ela a infernizasse por conta de duas taças. — É o meu aniversário de dezoito anos e não precisarei mais da sua autorização para nada. – falou, se permitindo a deixa-la sozinha.
Cristina queria segurá-la pelo braço e obrigá-la a ficar, mas se recompôs. Estava ali para fazer o seu trabalho, como era paga para fazer, e não dar uma de mãe de adolescente rebelde. Mudou sua expressão, mesmo que quisesse gritar por Aurora e coloca-la de castigo pela sua audácia. Preferiu respirar fundo e sorrir, pedindo uma taça de champanhe para ajudar na calmaria. Caminhou ate onde estava seu chefe e o auxiliou com alguns dos acionistas.