° TORNEIO °

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Hámmon

Aquela fêmea me odeia, então por que senti o cheiro dos seus feromônios quando a provoquei? Eu queria ter tido mais dela, além do sabor de seus seios, mas o dever me chama e não posso me abster dessa responsabilidade, embora eu não importe com certas formalidades, mas a aliança com Heneida é a mais importante que tenho, portanto, não posso me dá ao luxo de entrar em contenda com o regente.
Além do mais, eu teria todo o tempo do mundo com aquela fêmea e se ela pensava que as coisas seriam facilitadas para ela, estava muito enganada. Quanto mais tempo passava, mais sede eu tinha dela.

Fui direto para a arena e não demorou nada, Haaliyah chegou. Não pude deixar de notar que seu comportamento estava muito diferente, parecia outra pessoa. Isso me causou estranheza, ainda mais por ela não me alfinetar e nem tentar me evitar após o ocorrido. Pelo contrário, ela estava sorridente e amigável e isso já me deixou em alerta máximo.
No entanto, seu comportamento continuou irrepreensível no decorrer das lutas

À medida que os guerreiros avançavam de fase, a disputa se tornava mais acirrada e na tentativa de provocar minha fêmea, cada luta que eu vencia dedicava a ela que sorria-me como se fosse a coisa mais natural do universo.
Havia algo errado ali.
Nós três dias que se seguiram eu não a procurei, pois estive concentrado no torneio, afinal não sai de Alzihah para perder.

Agora, só restava oito guerreiros, contando comigo.
No embate dos finalistas, vi Yillaweh matar o general Griwinshay com tamanha fúria que foi algo fora do comum. Bom, era menos um, porque eu mesmo o teria matado se tivesse tido oportunidade. Por enquanto, eu tinha que me preocupar com meus próprios oponentes.
Só que num embate da semifinal, o capitão de Heneida se mostrou outro contra seu oponente e conterrâneo Saulo.

No início, até os vi lutar a sério, mas então o capitão se deteve e a conversa que ouvi foi, no mínimo, estranha.

— Entendi tudo!– o capitão fala.

— O quê?

— Não afronte minha inteligência! Acha mesmo que eu não perceberia?

— Por favor, não me exponha?

Yillaweh se manteve calado por alguns minutos, enquanto os expectadores já se mostravam impacientes pela luta parada. De repente, o vejo largar sua arma e sair da arena.

— Não leve isso adiante, revele-se! – ele diz antes de sumir no meio da multidão.

Nesse momento, tudo fica muito claro para mim.
Fico observando o desenrolar das lutas e Saulo termina na semifinal com o príncipe Hyank. Um dos dois será meu oponente na final.

O príncipe, com certeza, percebera tudo, assim como eu.

— O senhor luta bem!– ele disse irônico — Ou deveria dizer senhorita?

— Não sei do que está falando...

— Ora, revele-se!– ele brada acertando-o com um golpe no rosto.

Saulo vai ao chão, mas não se dá por vencido e se levanta rapidamente. Todos o encaravam.

— É a princesa Haaliyah!– alguém gritou na plateia e a arena foi preenchida por um burburinho sem fim.

Haaliyah olha para o chão onde seu dispositivo de disfarce ficara.

— Basta!– o regente grita quase num surto— Essa luta é ilegal e tu estás em sérios apuros.

—Se aquela é minha filha, então quem é você? – a princesa Kailyn pergunta à mulher ao seu lado que se passava por sua filha.

— Sou eu alteza!– ela diz puxando um dispositivo do pulso.

Outro Mundo: Contos AlienígenasOnde histórias criam vida. Descubra agora