Lívia/Haaliyah
Não acredito que isso está acontecendo. Fui descoberta e ainda perdi o torneio para aquele maldito.
Senti cada grama da dor que ele me causou e minhas costelas se partiram, aliás, ele as partiu. Mas por que não me matou de vez?
No fim, ainda tive que lidar com o sermão da minha mãe e do meu avô e ser chamada de mimada, mais uma vez.— Aquele canalha não tem ponto fraco?
— Sim! Só morre se decepar a cabeça!– meu avô fala de forma natural — Não é atoa que temos uma aliança com ele.
— Ah, como eu quero matá-lo!
— Não se atreva a tentar nada contra ele, não se aproxime. Ele foi até generoso em te poupar, coisa que ele não fez com os outros oponentes. Ninguém o censuraria se ele tivesse te matado, já que era permitido fazer isso no torneio. Lembre-se, ele é nosso convidado e campeão e deverá ser honrado como tal.
Ele diz isso e sai. Posso sentir que está muito bravo comigo, mesmo assim quero ouvir da boca da minha mãe:
— Ele está mesmo zangado?
— Sim, minha filha! Ele teve medo de te perder, eu também!
Ela fala e me abraça.
— Por favor, Haaliyah, não faça nada de estúpido...
— Sim, mamãe...
— Eu a proibo de chegar perto dele, estamos entendido?
— Sim!
Só concordei para não aborrecê-la.
Fiquei ali algumas horas até estar totalmente recuperada, depois fui encaminhada para os meus aposentos e Khepere já me aguardava com certa ansiedade.— Sinto muito senhora...
— Ei, você foi maravilhosa! Eu que fui estúpida em te colocar nisso.- digo e a abraço.
Ela sorri.
— A senhora irá para o encerramento das festividades?
— Hum...não gostaria, mas não posso decepcionar minha mãe e meu avô outra vez.
Depois que ela saiu, aproveitei para tomar um banho bem relaxante. Eu ainda tinha a sensação de que minhas costelas estavam quebradas, mas sei que era só uma dor fantasma. Após estar totalmente enrugada, sai da banheira e peguei meu roupão.
Ao retornar para o quarto, tomei um susto que meu coração quase sai pela boca.— AH, PRAGA! Sai daqui ou grito...
— Acalme-se...
— Não!– interrompi e corri para a porta, mas ele me agarra e tapa minha boca.
— Ouça-me! Não vim machucá-la, apenas fazer uma proposta!– ele diz e me solta devagar.
— Fale!
— Gostaria que retornasse comigo a Alzihah, como minha imperatriz...
— Nem morta! Nunca vou me submeter a você.
— Ao menos tentei!– ele me diz e se direciona à sacada por onde, presumo, entrou.— Aquela fêmea humana não é tão importante para a princesa quanto imaginei ou é?
Estremeci só de ouvir essa pergunta.
— Ela é como uma irmã para mim...
— Entendo! E é assim que os humanos negligenciam seus irmãos?
— O que quer dizer?
— A fêmea será minha próxima imperatriz! Ela tomará o lugar que vossa alteza desprezou. Será se ela suportará a noite de núpcias? Hum...mas é o que tenho em mãos!
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Outro Mundo: Contos Alienígenas
FantasyNem toda luz no céu é uma estrela cadente, portanto, cuidado ao sair a noite para lugares ermos. Você pode acabar à venda num leilão alienígena. Sim, aliens existem e eles são de todos os tamanhos, formas e cores, mas cuidado com aqueles que são mai...