° MENTIRAS °

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Lívia/Haaliyah

Céus, sobrevivi a uma invasão e ainda fui possuída por um deus. E eu achando que só demônios possuíam corpos.
Se essa experiência foi boa? Foi horrível! Não quero repetir isso nunca mais, sem falar que fiquei com a sensação de ter sido sugada até a alma. Minha mãe teve que me dá banho porque eu nem me segurava de pé.
Pelo menos, após dormir algumas horas eu já me sentia bem melhor.

Durante a noite Hámmon veio me ver e me trouxe um buquê de flores, as mais lindas que já vi. Que fofo! 
Termino agradecendo a ele por ter me ajudado e peço desculpas por ter sido tão estúpida em Lynaih. Era o mínimo que eu poderia fazer.
Confesso que estou um pouco sem jeito diante dele e nossa conversa civilizada me parece estranha.
E quando ele disse que é o único macho que vai estar dentro de mim, senti um friozinho na barriga.
Ainda mais que estou totalmente nua aqui, até porque eu não estava esperando nenhuma visita.

A forma como ele acaricia meu rosto não me ajuda muito e aproveito a proximidade para puxá-lo para um abraço.

— Tive medo que você morresse! – falo em seu ouvido — Mas se contar para alguém, eu nego!

Ele me olha de uma forma intensa e agora já estou sentindo um calor onde não deveria e quando percebo que ele vai se  levantar, o puxo  e o beijo no rosto.

— Obrigada, hámmon!

— Não disseste que não ia repetir?

— Ah, cretino!

Simulo um soco em seu ombro, mas minha vontade era pular no pescoço dele e beijá-lo.

— Boa noite, princesa!

— Hum... não vai me dar um beijo? – tomo coragem e falo.

— Está me provocando?

— Talvez...

Ele se inclina e me beija suavemente, porém aumento a  intensidade do beijo, desejando mais.
Sinto suas mãos quentes descerem por minhas costas e aprecio a sensação boa que seu toque me causa.

— Fêmea, o que significa isso?

— O quê? estou apenas à vontade no meu quarto...– me faço de desentendida.

Ele me beija novamente, só que de uma forma exigente, quase selvagem.

— Haaliyah, eu quero estar dentro de ti...

— E o que está te impedindo?

Ouço seu gemido rouco e ele me agarra pela cintura e abocanha meu seio e o chupa  bem gostoso, enquanto sua mão se infiltra pelas cobertas e alcança meu sexo.
Céus, ele me toca com maestria e nem me esforço para conter os gemidos de prazer.

— É uma pena, mas não podemos fazer isso aqui! Creio que nem o regente ou a sua mãe a deixariam trancada comigo por três dias seguidos. Acho que iriam colocar a porta abaixo!– ele me diz com um sorriso sedutor.

Acho um exagero ele falar desses três dias; ninguém passa três dias seguidos fazendo sexo. Mas vou fingir que acredito.

— E vai me deixar assim?– pergunto fazendo beicinho.

Nisso, ouço repetidas batidas na porta.
Nossa, esse povo daqui não tem o que fazer?

— É, pelo visto, sim!– ele se ergue e puxa o lençol pra me cobrir, então deposita um beijo em minha testa — Vista uma roupa, sim?

Não posso evitar revirar os olhos com essa recomendação e ele vai abrir a porta. Para minha surpresa, era a Jéssica. Mas que cretina! Veio me atrapalhar numa hora tão boa. É claro que não falo isso em voz alta e a recebo com toda cortesia.

Outro Mundo: Contos AlienígenasOnde histórias criam vida. Descubra agora