° NATIVOS °

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Hámmon

A fêmea parou de resistir ao meu agarre, o que faz com que eu me concentre no traço delicado de seus lábios. Estou cheio de desejo de possuí-la aqui mesmo e sei que ela está pronta para mim, posso sentir o cheiro de seus feromônios exalando no ar. Não entendo como ela me odeia tanto se seu corpo me reconhece como senhor de seu prazer.
A questão é: não posso reivindicá-la aqui, sei o quanto isso iria requerer de mim e o quanto ficaríamos vulneráveis durante o tempo de acasalamento.
Não sou tão estúpido à ponto de sobrepor a emoção à razão, não nesse momento crítico.
Mas uma coisa não posso me abster de ter agora.
Então, beijo-a, a princípio, suave e depois intenso.
Tê-la sob meu corpo e não poder ir até onde meu instinto possessivo me ordena que vá, é uma tortura.
Inconscientemente, ela deve estar ciente disso, porque suas pernas se abrem para me dar passagem, permitindo que eu me acomode perfeitamente bem.

Seu cheiro se torna cada vez mais intenso à medida que meu beijo passa a ser algo quase selvagem. Posso sentir suas unhas cravarem minha carne, mesmo por cima da densa roupa que me cobre; meu desejo vai ao limite com essa atitude. Busco um caminho para tocar sua pele nua com um desespero não habitual em mim.
Ela geme quando abaixo seu decote e abocanho seus seios, um após outro, chupando-os com intensidade, até sua pele delicada estar marcada.
Deslizo uma das mãos por entre suas coxas, até chegar em sua intimidade, onde acaricio por cima da fina peça que a cobre, fazendo-a arquear-se contra mim e soltar um gemido sôfrego.
Minha vontade é de rasgar essa peça, mas aí ela ficaria sem nada para cobrir suas partes íntimas depois, então apenas escorreguei os dedos por dentro da peça, encontrando sua intimidade tão úmida que quase perdi controle.

Massageio aquela sua protuberância sensível, algo que não existe nas fêmeas da minha espécie, e ela geme ainda mais alto. Pelo visto, meus estudos acerca da anatomia humana estava correto. As fêmeas humanas tinham mais zonas erógenas do que as do meu povo.
Brinco com a entrada de seu núcleo, mas me detenho por aí mesmo. Até onde o general Khalil me informou, ela nunca acasalou e pelo que descobrir, a primeira vez de uma fêmea humana costuma ser dolorosa.
Portanto, me limitei a dar-lhe esse prazer superficial.
Ela pressiona sua intimidade contra minha mão, arqueando levemente o quadril, mas a forço a ficar no lugar, torturando-a em pequenas doses.

— Então, gostas que a toque aqui? – pergunto em um sussurro enquanto deslizo o polegar de forma circular em sua parte sensível.

— S-sim!

Intensifico o movimento e volto a perguntar:

— Queres me sentir dentro de ti, minha fêmea?

— O-Oh... S-sim!

Meu membro pulsa violentamente em resposta, mas ainda tenho domínio de mim.
Capturo seu mamilo e volto a chupar cada um daquelas preciosidades, enquanto continuo trabalhando seu sexo. Ela estremece ao toque mais intenso e agarra meu cabelo com uma das mãos, forçando minha boca em seu seio, me fazendo sugá-la de forma ainda mais selvagem, com o braço livre, ela enlaça minha cintura me puxando contra seu corpo.
O desespero com que se aferra a mim mostra o quanto está próxima de seu ápice.
Tiro a boca de seu seio e ela protesta.

— Venha para mim, fêmea! – sussurro e depois beijo sua boca, invadindo-a com a língua à medida que ela me dá passagem.

Seu gemido agora é abafado pelo beijo e ela respira com dificuldade; sinto o exato momento em que sua liberação chega e ela acaba mordendo meu lábio, extravasando a intensidade da onda de prazer que a atingiu.
Seu corpo amolece sob o meu e relaxa. Encaro-a por alguns instantes.

— Hum... adoráveis!– provoco beijando seus seios e depois puxando seu decote e os cobrindo.

Ainda posso sentir seus fluidos impregnando minha mão e minha própria excitação exigindo liberação, também. Porém, me contento em tê-la satisfeito. Puxo-a para meus braços e a cubro com meu manto. É no mínimo estranho ela não fazer qualquer relutância e se aconchegar e apenas adormecer, coisa que demorei a fazer, ainda mais tão dolorosamente excitado.

Aquela foi uma noite muito longa e quando finalmente consegui adormecer, imagino ter sido por pouquíssimo tempo, pois acordo com a fêmea me sacudindo como se sua vida dependesse disso.

— Hámmon, acorde! Que merda!  Você morreu?

Por reflexo, levo minha mão até minha arma. Percebo, então, que estava sem nada e fico surpreso ao me deparar com os nativos que julguei extintos.
Haaliyah foi afastada de mim e eles a cercaram.

— Afastem-se dela! – exijo e me levanto abruptamente pronto para esmagar alguns deles em defesa da minha fêmea.

Muitos deles vieram para mim, mas não em posição de ataque.
Essas criaturas, apesar de diminutas, era uma raça muito forte e com muitos dons, inclusive o de inebriar outros seres, o que claramente não funcionaria comigo.

— Acalme-se, não faremos mal à fêmea!

Ouço um deles dizer na minha língua nativa.

— Quem são eles?– Haaliyah me inquire enquanto tenta mantê-los longe de si.

— Os verdadeiros donos de Lynaih!

— Mas que droga! Você não disse que eles estavam extintos?

— Foi o que imaginei!– falo calmamente, achando divertido a cara que ela faz quando um deles segura seu rosto.

De repente, o nativo a solta como se tomado de um choque, os outros também se afastam, o que me deixa impressionado.

— O que houve? Por que estão se afastando? – ela me pergunta vindo cautelosamente para meu lado.

— Temor? Respeito? Não sei ao certo! Eles viram alguma coisa quando tentaram entrar em sua mente...

— Hum... então se vasculharem  a sua vão sair correndo apavorados.– ela me alfineta, obviamente irritada.

— Eu sou Neziah!– adianta-se o líder do grupo fazendo-se entender para nós dois.

O macho faz um sinal para que os sigamos.

— E agora?

— Temos que ir com eles! Seria uma desonra recusar a um convite de um ancião.

— E mais essa agora...– ela resmunga.

Quando me adianto, ela me acompanha. É claro que estou ciente que aqueles nativos não nos oferecerão perigo se seguirmos devidamente seus protocolos.
Atravessamos uma ponte sobre o precipício, já bem gasta pela ação do tempo, seguindo rumo a uma assombrosa montanha gelada, onde adentramos uma caverna e prosseguimos por um corredor pouco iluminado. O percurso todo durou pouco mais de uma hora terrestre.

— Caramba! Aqui é muito escuro!– a fêmea reclama após tropeçar numa pedra.

— Venha, fique perto de mim...

— Ah, não seja irritante!– ela briga.

Eu consigo ver bem nessa densa penumbra, ao contrário dela. Mesmo fazendo birra, ela se segura em meu braço e controlo meu impulso de rir da situação.

— Hum... ontem não estavas me achando tão irritante quando eu lhe dava prazer.

Não consigo evitar provocar a fera ao meu lado e levo um chute na perna como resposta.
Andamos um pouco mais e fomos sair numa cidade subterrânea. Fiquei impressionado com a estrutura do lugar.
Então, nos conduziram para um recinto fechado e ao entender do que se tratava delineio um sorriso, ao que ela me olha com um olhar acusador, embora tenha ficado calada. Bom, isso até começarem a me despir.

— Não sou obrigada a ver isso!

Ela fala e vai saindo, porém, é detida antes de alcançar a porta e ao perceber o que eles pretendiam, protesta:

— Não, não e não! Fiquem longe de mim...

— Não resista! Eles farão isso, mesmo contra sua vontade...

— Tira a mão de mim!– ela brigava, tentando se livrar — E você, olhe para o outro lado!– ela brada para mim.

Termino rindo disso. O processo de esterelização era algo corriqueiro e natural para mim, principalmente quando eu tinha que visitar outros planetas e sempre que retornava. Isso evitava trazer patógenos para o meu povo.
Quando finalmente conseguiram dominá-la e despi-la, fomos deixados sozinhos.
Ela sequer olha para mim, mas não posso evitar apreciar seu corpo nú...

Outro Mundo: Contos AlienígenasOnde histórias criam vida. Descubra agora