° O CLÃ ° (CAP. BÔNUS)

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Susan

Vamos por parte...
Primeiro fui naquele acampamento idiota com a mimada da Lívia e a metida da Maressa. Não é que eu não goste delas, mas são duas puritanas que dão nos nervos.
Certo que eu não estava sendo a melhor das amigas, já que estava transando com o Mike, às escondidas. Fazer o que se ele é tão gostoso?
Mas, então, somos pegos no flagra e sou expulsa da barraca delas e mesmo sob protestos daquele imbecil, vou pra barraca dele, afinal estava trepando era com ele.

O pior foi o que o covarde fez quando o acampamento foi invado por aliens; ele correu e me largou lá sozinha, lutando com dois humanóides.
Nem preciso dizer que não venci e acabei naquele leilão, onde fui comprada por esse alien vermelho.
Meu Deus, meu desespero foi muito grande quando ele me arrastou pelos cabelos e me jogou dentro de uma nave.
Fiquei num canto qualquer, acuada feito um bicho.
Até aqui eu estava intacta, exceto por ter bancado o homem das cavernas comigo, ele não me importunou mais.

A viagem foi relativamente curta e cá estava eu, desembarcando num lugar esquisito. Se não fosse pelas naves altamente tecnológicas, eu diria que era uma aldeia primitiva.
Fui empurrada para fora e quando tentei escapar, ele me agarrou pelo cabelo, de novo e me puxou de volta.
Vejo muitos aliens andando na rua e a maioria do sexo masculino.
O medo de ser estuprada me atinge em cheio.
Não, isso não!
Sou arrastada para dentro de uma casa um tanto rústica por fora, mas que lembra muito um bangalô.

A riqueza de dentro contrastava com o aspecto arcaico de todo o resto.
Pelo visto, esse alien era uma espécie de empregado da casa, porque logo que uma mulher alien apareceu e apontou um grande cesto, ele o pegou e saiu, me deixando lá com ela.

— Por favor, me ajude!– imploro — Me deixe sair daqui.

— Não podes ir! Aqui será seu novo lá.

Olho em volta pensando em sair correndo e ela parece entender minha intenção.

— Será em vão e eles vão adorar caçá-la...

ELES?
De quem ela estava falando.
De repente, vejo três aliens enormes e super fortes surgirem na minha frente.

— Mamãe? Onde conseguiu essa fêmea humana?

O mais alto questiona e dá uma voltinha ao meu redor me avaliando.

— Num leilão! Se não gostarem dela, darei de presente para Nariak e seu clã, acho que ele gostou da fêmea.

— Parece boa para mim!– um outro fala, fazendo eu me encolher.

— Para mim também!– o terceiro concordou.

A alienígena vem até mim e fala:

— Como se chama, fêmea?

— Susan!– respondo chorando imaginando que eles irão fazer comigo.

— Eu sou Néris, a senhora desse clã e esses são meus filhos, Kanope, Hathor e Acadiel.– cada um foi acenando conforme ela falava seus nomes — Tu serás a companheira deles!

— O QUÊ?– gritei.

Automaticamente fui afastando para trás e vejo o sorriso sombrio no rosto deles e me lembro do que a mulher falou. Eles querem realmente que eu corra.
Agora estou encrencada.

— Cuidem bem dela!

— Sim, senhora! – respondem em uníssono.

A mulher se retira e me deixa lá sozinha com eles.

— Por favor, não façam nada comigo!– imploro.

O tal Kanope faz um gesto para que eu os siga.
Nem ferrando!
Visualizo a saída e disparo na corrida.
Os desgraçados me dão vantagem de propósito.
Os aliens que andam na rua parecem não se incomodar com minha corrida desenfreada.
Quando penso que vou poder me esconder num lugar qualquer, derrapo quase em cima do Acadiel, o que me faz virar bruscamente para tomar outra direção, mas então esbarro em Hathor, que me pega e joga no ombro.

Outro Mundo: Contos AlienígenasOnde histórias criam vida. Descubra agora