Por quê?

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ARIZONA

    Minha calça estava toda ensanguentada...E meu coração apertou...

  Quando puxei o fôlego para falar qualquer coisa.Daryl levanta as mãos e abaixa elas lentamente, fazendo sinal pra eu me acalmar.

— Calma...
  Ele diz vindo até mim.

  Eu já esperava por isso...Só não imaginei que quando acontecesse, doeria tanto...

  Não senti nenhum tipo de dor física, mas meu peito doía demais...E senti as minhas lágrimas queimando no meu rosto.

— Não, não, não.
  Dizia balançando freneticamente a minha cabeça, e chacoalhando as minhas mãos na altura do meu rosto, como se estivesse espantando algo.

— Calma, pode não ser nada, troca essa roupa, vamos na enfermaria ver, não vai ser nada.

— Eu não quero perder Daryl...Eu não quero...
  Eu dizia, mas eu chorava tanto, não sei nem como saiu alguma palavra.

— Vai ficar tudo bem...
  Daryl dizia me abraçando.

— Eu te amo...Vai ficar tudo bem, eu prometo.Vai lá...Troca essa roupa, vamos na enfermaria, e não vai ser nada...

  O abraçado de Daryl me acalmou, ele sempre me acalma...Fui até o quarto não sei com que forças, troquei a roupa, com a cabeça a mil.

  Mas Daryl tinha razão, podia não ser nada, podia ser nidação, deslocamento da placenta, a placenta pode estar com inserção baixa, ferimento no útero...Pode ser muita coisa, calma...Mas também podia ser um aborto ou  até gravidez ectópica...

  PORRA!E SE FOR ISSO?!

  Terminei de me trocar, coloquei um absorvente, e fui pra sala.

Eu chorava incansavelmente, eu sentia que ia me afogar a qualquer segundo.

— Daryl, e se for uma gravidez ectópica?!

— O que?Que isso?

— Gravidez fora do útero!

— Porra, isso existe?!

— Ah meu deus!

— Mas isso é comum, Arizona?
  Serena pergunta.

  E bem...Não...1% das gravidez...Mas mesmo assim, eu sortuda do jeito que eu sou!Capaz de acontecer.

— Não muito...Mas pode acontecer...

— Não vai ser nada, vem...

  Fomos para enfermaria, onde a Denise estava lenda um livro de anatomia.

— Oi, Arizona, soube da notícia, meus parabéns!
  Ela diz assim que me vê.

  E foi inevitável não deixar mais lágrimas escorrerem.

— O que houve?
  Ela diz preocupada.

— Arizona sangrou...
  Serena diz.

— O meu Deus, calma, deita aqui, vamos ver.
  Ela diz me guiando até a maca.

  Deito na cama, e acho que nunca tremi tanto na vida.Apertei forte a mão do Daryl, que eu sei que ele estava tentando parecer tranquilo pra me acalmar, mas sei que ele estava tão preocupado quanto eu.

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