Medo bobo

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  Já estava em casa, e eu e Daryl estávamos mais felizes do que nunca...A amamentação era uma tortura, minha filha não tem nome, to sem dormir a um bom tempo, mas mesmo assim, eu não conseguia parar de sorrir!

  Nunca estive tão realizada em toda a minha vida, parece que agora eu tinha entendido o real sentido da felicidade...E era loucura que nesse mundo horrível, onde há tantas tragédias, e perdas, eu tinha encontrado o real sentido da minha vida...

  Eu tinha encontrado o amor da minha vida, tive uma filha com ele...Poderia estar mais feliz?
Bem, poderia.Claro que eu poderia...

  Quando tínhamos chegado em casa ontem, Rick, Mihconne, Aaron, e o resto do pessoal tinham feito uma surpresa, tinham trago um berço que era da Judith, roupinhas, tinham preparado um almoço, porém não ficaram muito tempo, perceberam o quanto cansada eu estava...

  Daisy estava curiosa, ela pulava, andava em volta de nós,o tempo todo, corria pela casa, totalmente agoniada.

  Daryl se abaixou na frente da Daisy, com a nossa neném nos braços, e Daisy observou ela com atenção.

— Olha Daisy, essa é a sua nova amiga...Você vai ter que cuidar dela, ela é só um nenenzinho...Ela vai morar aqui com a gente a partir de agora, ta bom?
  Daryl explica pra Daisy.

  Daisy cheira ela por mais um tempinho, depois senta num cantinho, e depois deita, como se tivesse entendido...Daisy quase falou "Ata, era isso?então tá!"

  Pois a 2 minutos ela estava correndo que nem doida pela casa, mas agora ela relaxou, parecendo que agora ela tinha entendido o que era aquele novo pacote que agora era o centro das atenções.

  Daryl se levanta, e me lança um sorrisinho.

— Vai descansar...Você merece.

— Não...

— Você mal consegue parar em pé...Só um pouquinho, deixa ela comigo...
  Daryl diz passando a mão no meu rosto.

E de fato, eu estava exaltas, não tinha descansado ainda, eta compreensível pra quem tinha passado as últimas 12 horas em trabalho de parto.E se eu fechasse os olhos, eu dormiria a onde eu estava.

Mas ao mesmo tempo, eu não queria me separar dela, nem por um segundo, sei que Daryl cuidaria bem dela, afinal, ela estava dormindo, não tinha muito segredo mas...Eu queria ficar com ela sempre!

— Vamos...Eu vou com você.

  Fomos pro quarto, e eu deitei na cama, e Deus, parecia que eu estava nas nuvens...O alívio era tanto...

  Daryl se sentou e encostou as costas na cabeceira, enquanto embalava nossa menina nos braços.

— Você foi tão forte hoje...
  Daryl diz, e eu levanto o olhar para enca-lo.

— E valeu a pena não é?Olha a garotinha linda que fizemos...

— Ela é perfeita...
  Digo me acolchoando mais perto dos dois....

— Eu to tão feliz...Que, que...
Tento, mas não consigo achar palavras pra me expressar.

— Que você não sabe nem como explicar?Eu entendo, tô tentando descobrir como expressar minha felicidade desde que ouvi essa menina chorar na enfermaria...Ainda não achei palavras suficientes.
Daryl diz.

— Eu te amo.
  Sussurro.

— Eu te amo.
  Daryl sussurra de volta.

  E devagar...Fui fechando os olhos...

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  Acordei meio grogue, como se estivesse dopada, ou só não tinha dormido o suficiente...

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