♥︎15.

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15 — Andreas, narrando.


Depois de um longo dia ao lado de Lívia, eu finalmente estava no complexo junto dos meninos. Eles estavam animados para a grande final. E quem não estava?

Teríamos tempo até lá, óbvio. Jogando alguns amistosos e tendo treinos qualificativos. Estou sempre mantendo contato com meu empresário sobre tudo em relação ao time.

Mês que vem descobriria o sexo do meu futuro filho ou filha. Confesso, as vezes me pego pensando, imaginando como será a rotina da minha ex, com tudo que está acontecendo. Tenho um peso nas costas ao pensar que agora, não estarei tão próximo assim, como um pai babão. Mas eu sei que vou dominar bem essa situação, assim como todas que passei. E darei o maior apoio e suporte a Paty, para o que ela precisar.

Penso também em Lívia. Como está sendo forte e corajosa. Enfrentando tudo, as vezes sei que ela desanima, mas continua com o sorriso leve que eu tanto sou apaixonado. E como me sinto bem perto dela, perto da sua conversa, dos seus hábitos bobos. Realmente, ela me conquistou de uma forma única, sendo ela mesma. Só não consigo controlar o monstro que surge dentro de mim quando sinto ciúmes, me transformo em um cara mesquinho e egoísta. E isso acaba deixando na maioria das vezes um clima chato entre nós.

— Ei, vamos pra um esquenta? – Matheusinho aparece na porta do quarto.

— Pior que to de boa, brother. – respondo sem tirar os olhos do celular.

— Vamos, os caras vão ir. – sei que os caras a quem ele se referia era a molecada mais nova da base.

Penso e repenso. Quando saí do apê da Aninha, Lívia estava dormindo, se eu ligar e dizer que estou indo numa festa ou seja lá o que for, ela vai ficar com isso preso na mente. Mas se eu não contar, ela nunca vai saber, nunca vai saber. Droga, estava em uma saía justa.

Quando pisco, já estou em meio aos flashes e som alto. Tento parecer discreto e não ser reconhecido.

— Que isso papai. – Gabriel diz olhando um pouco acima dos meus ombros. Viro-me por pura curiosidade e encontro a visão perfeita de uma bunda rebolando sem parar. Observo por alguns minutos até cair na real do quão idiota estava sendo. Volto a atenção nos caras, que agora me olham divertidos.

— Belguinha, safadão – Thiago brinca. Fazendo todos alí dar risada. Continuo na minha enquanto os caras viajam. Havia mulher de tudo qualquer jeito e por tudo qualquer lugar.

— Andreas? – ouço uma voz feminina familiar me chamar. Era Camila. A ruiva que havia me roubado no morro do Cantagalo.

— E aí. – respondo seco. Tento evitar qualquer intimidade. Pois da última vez, me assustei com essa mulher.

— Não vai oferecer nada pra mim beber? – faz um biquinho. – nem uma cerveja? – a voz fina me faz sentir um nó na garganta. Em meus pensamentos só aparecia a imagem de Lívia.

— Pega ai se quiser. – aponto para o baldinho a minha frente. Viro de costas pra ela e vejo duas morenas vindo em minha direção. Elas estavam de biquíni e pareciam estar arrastando algumas pessoas para hidromassagem. Bebo o último gole da minha cerveja, e me aproximo de Gabriel que parece animado com a ideia.

— Mano, vou nessa. – toco sua mão. – vou pegar um carro e vou dar umas bandas por aí.

— Já And.? – Thiago se aproxima de nós.

— Verdade, vejo vocês no ct. – cumprimento os dois.

Caminho para fora do local, coloco a touca do agasalho preto para não facilitar pra qualquer paparazzi. Avisto o carro preto, entro no mesmo e ligo o som. Vou dirigindo calmamente pela cidade.

𝐇𝐢𝐥𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 • 𝐀𝐧𝐝𝐫𝐞𝐚𝐬 𝐏𝐞𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora