𝐇𝐢𝐥𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 • 𝐀𝐧𝐝𝐫𝐞𝐚𝐬 𝐏𝐞𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚

♥︎31.

35 — Andreas, narrando.

Depois da cena que ví. Me senti um pouco mais irritado. Comecei a ingerir mais bebida e tudo descia amargo.

Como ela pode fazer isso comigo?

Talvez, já rolasse algo muito antes entre os dois, e eu, eu nem sequer sabia. Porque sempre sou o último a saber de tudo.

— Qual foi mano? – Jesus para do meu lado. – ta encarando o nada aí?

— O que faria comigo se eu beijasse tua mina? – viro para ele. Ele me encara confuso. 

— Eu ia te arrebentar. – Jesus diz sério.

— Mesmo eu sendo teu amigo? – Jesus da risada.

— O que tem haver? – ele nega. – poderia ser até meu irmão. Umas porrada iria levar.

Continuo na minha. Vejo Gabriel aparecer, sem Lívia. Ele está indo embora. Percebo que ela não desceu ainda. Decido ir até ela. A encontro pronta para descer, com os saltos nas mãos.

— Preciso falar com você. – a puxo de volta para a cobertura. A mesma não reage. Apenas para e me encara.

— Não temos o que falar. – ela nega. – da licença.

Puxo seu corpo. Grudando ele praticamente no meu. A segurando forte.

— Desde quando está rolando isso? – ela está nervosa, me encara com medo.

— Que diferença faz? – arqueia as sobrancelhas.

— Estava comigo? – aperto seus braços. Ela permanece em silêncio. – diga  Lívia, estava comigo? – grito. Ela se apavora e tenta se soltar.

— E se eu estivesse? – seu peito encosta no meu. – não pensou em mim no momento que escolheu beijar Amanda. Não pensou em me procurar quando eu terminei porque havia me machucado.

— Você nem sequer me escutou. – respondo nervoso. Afrouxando minhas mãos ao redor do seu braço.

— Não precisei. Eu ví, e não foi uma vez, foi várias. – ela grita de volta. – me deixa em paz.

— Você transou com ele? – pergunto. Ela tem um sorriso divertido nos lábios. A encosto na parede. A cercando com as duas mãos apoiadas.

— Transei? – o tom de voz dela é divertido. Me sinto um merda.

— Você não teria coragem. – nego com a cabeça rindo. – você não tem coragem de nada.

— Agradeça ao bom amigo que você tem. Porque – ela pausa. – por mim, foderiamos aqui mesmo.

Dou um soco na parede ao lado de sua face. Ela se assusta.

— Não me provoca. – cerro os punhos.

— É sério.  – ela da uma risada inocente. – ao contrário de você, ele não tem rodeios.

— Eu te amava. – fecho os olhos. Sinto uma lágrima grossa rolar em meu rosto. – por isso respeitei o seu tempo.

— E o que adiantou? – ela da risada. – você escolheu.

— Você não sabe do que sinto. – me afasto. – você não sabe de nada.

— Você não sente. – ela corrige. – se sentisse ao menos metade, estaríamos juntos agora.

— Você terminou. Lívia, você me abandonou.

— Te deixei livre. Ou você acha que eu merecia tudo o que você fez?

Fico em silêncio. Os olhos dela estão marejados tanto quanto os meus.

— Não. – respondo. – não merecia.

— Mas você fez não é? E está arrependido agora porque não me quer sendo feliz com outra pessoa. – sim, era exatamente isso. – sinto muito te desapontar Andreas. Mas eu vou ser.