♥︎34.

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35 — Andreas, narrando.

— É tão bom ver vocês dois sentados um do lado do outro. – Ana se aproxima. – até porque não vai ter cama pra todo mundo e vocês vão ter que dormir no mesmo quarto. – Sinto uma energia favorável para o meu lado. Lívia bufa se levantando.

— E quem disse que eu vou dormir aqui? – ela revira os olhos.

— Todos vão, ninguém está em condições de dirigir não fia. – Ana cruza os braços.

— Eu odeio vocês. – murmura nos olhando.

No fim da festa, a galera que ficou foi cada um pro seu respectivo quarto. Inclusive Lívia, ela disse que iria primeiro para tomar todo o espaço da cama e eu dormir no chão. Sim, essa é a maturidade de Lívia no momento. Mas não estou preocupado com isso agora e sim com a decisão que ela vai tomar, daqui uns dois dias é a data de viagem dela, e ela nem sequer tocou no assunto que o Matheus propôs.

E eu entendo, eu realmente, não faria o mesmo se fosse ao contrário e por mais que eu seja um idiota completo, por me arrepender tão tarde, eu não deveria impedir ela de viver seu grande sonho. É foda, a distância é longa mas talvez o destino queira assim, então se ela não quiser, tudo bem.

Decido ir pro quarto, e a cena na qual me deparo é tentadora. A morena está esticada na cama, seu vestido justo havia subido um pouco, a polpa de seu bumbum estava a mostra e eu conseguia enxergar perfeitamente a calcinha rendada vermelha. Seu corpo está arrebitado. Me desfaço de qualquer pensamento malicioso e vou direto ao banheiro. A água gelada colaborava para que eu pudesse esquecer por um segundo dessa mulher.

— Você me acordou – Lívia aparece na porta do banheiro. Ela está atenta a cada movimento meu, inclusive fita meu corpo a cada segundo. Passo a mão no rosto ainda a olhando.

— Esqueci que você tem sono leve. – comento, ainda ensaboando meu corpo.

Ela começa a tirar a roupa. E quando finalmente está nua, entra no boxer. Estou extasiado. Suspiro pesadamente.

— Uh, água gelada. – a voz suave e doce da morena me dá calafrios.

Continuo em silêncio. Não estava afim de cair na tentação de olhar demais ela e acabar a agarrando aqui mesmo. Ela sabia muito bem do poder que tinha e abusava disso e no fim ainda pode dizer que eu nunca mudo/que sempre sou assim. E talvez, ela esteja certa.

— Resolveu me evitar? – ela entra debaixo do chuveiro, molhando todo seu cabelo, bem perto do meu corpo. Sinto nossas intimidades roçarem.

— Veio fazer o que aqui? – questiono com a boca tão próxima dela quanto o corpo.

— Tomar banho? – ela responde com uma pergunta, e eu detestava essa sua mania debochada.

— Podia ter esperando eu sair. – digo sem olhar pra ela. Ela da uma risada sem graça e se aproxima mais de mim.

— Quantas vezes você invadiu o meu banho, em? – a leveza na voz me fazia desconfiar. Algo tinha.

— Está sendo legal comigo, porque? – solto essa. Ela revira os olhos e toca levemente em meu peito.

Ela fica em silêncio. O barulho da água de fundo e nossos olhos em sincronia perfeita.

— E pensar que, pode ser a última vez que vou te ver. – ela diz.

— Mentira. – retruco. – televisão tá aí pra isso. – tento não ser um idiota, mas acabo sendo.

— Sabe do que estou falando. – ela fecha os olhos e se enfia embaixo da água gelada.

Paro pra pensar e tomo cuidado com as palavras. Era delicado tocar nesse assunto.

— Posso ser um completo babaca. – ela concorda e da risada.

— Sim, você é. – diz baixinho.

— Mas jamais vou impedir você de realizar um sonho, por mais que seja dolorido para mim.

— Mas e o plano louco de Matheus? – ela franzi o cenho.

— É só um motivo pra você ficar. Pois ele pensa que vou desandar a partir do momento que você embarcar e ir de vez.

Talvez, eu iria desandar mesmo.

— Mas eu tenho certeza, que agora não é sobre mim e sim sobre você. – me sinto orgulhoso pela primeira vez, falar de coração embora a minha vontade seja outra.

— As condições são boas. – ela desliga o registro de água novamente.

— Mas você precisa ter a experiência lá fora, não é?

— Exato. – sorri. – mas ao mesmo tempo, penso que seria o nosso fim.

— Não, não é um fim. – nego. – nos amamos, não? – pergunto.

— Amamos? – ela tem um tom de desconfiança.

— Vai ser difícil ficar sem você todo esse tempo mas se você permitir, estarei com você. – as covinhas de Lívia se abrem.

— Como? – ela arqueia as sobrancelhas e não esconde o sorriso largo.

— Como namorado? – sinto meu peito inflar. – noivo, talvez?

— Voos evitam distâncias. – explico. – tenho condições de ir te ver sempre que der.

— Você não faria isso. – ela me abraça forte.

— Sim, eu faço. – seu rosto está afundado em meu peito. – mas preciso que confie em mim. Confie mesmo em mim.

— Tenho medo. – ela sussurra. – E Amanda?

— Não tenho nada com ela pô. – acaricio seus cabelos. – fui um idiota todo esse tempo, você tem razão por estar magoada. Mas foi um deslize pra eu poder entender que.. – suspiro. – ninguém é como você.







Hello, to um pouco sumida por aqui. Me perdoem, muita correria no work. Hahah mas enfim, vou deixar um enquete aqui ok?
Pra saber se vocês querem uma nova história ou uma segunda temporada dessa, pois já estamos em reta final (menos de 10 capítulos).
Continua 👉👉👉⭐


𝐇𝐢𝐥𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 • 𝐀𝐧𝐝𝐫𝐞𝐚𝐬 𝐏𝐞𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora