♥︎22.

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23 — Lívia, narrando.

Sobre descer no fundo do posso e gostar do que viu. Era exatamente assim que eu havia me sentido no momento daquela discussão. Agora sei exatamente como Andreas reage. Ele é o exemplo perfeito de uma pessoa que não quer sofrer nada e de preza faz o próximo sofrer em dobro. As palavras que ele me disse estão bem aqui dentro ecoando. Queria simplesmente esquece-lo, passar uma borracha, deixar simplesmente tudo de lado e seguir a vida. Mas ao contrário dele, eu o amava. De uma forma única e minha e isso está arruinando a mim mesma. Me sinto uma idiota por ter passado tantas coisas por ele, coisas essas que eu sei que ele não faria a metade por mim, mas o amor cega a gente. Como pude pensar que alguém como ele, me comparando a sua ex e a sua vida, como pude pensar que daríamos certo? Boba fui eu, que por pensar que tinha carinho eu era amada.

Estou na casa da Anaju. Ela está viajando com a família do Gab. Estou sozinha, pra piorar. Nesse momento estou me inscrevendo para um programa de extensão que será realizado na África. Eles precisam de pessoas da área da enfermagem por lá, e sim, eu acabei de concluir minha inscrição, de fato, espero há anos por esse programa, antes não tinha muito conhecimento mas agora formada consigo desempenhar melhor a minha futura profissão. Desliguei meu celular o dia todo, não sei o que está rolando nas redes sociais, mal sei se está chovendo ou está sol.

Eu poderia correr atrás dele como das outras vezes, mas era esse o erro, ensina-lo a me magoar. Talvez fosse a hora dele vir até a mim. Se é que ele virá.

Entro em seu Instagram e começo a fuçar, afim de piorar totalmente a minha situação. E nessa de fuçar pra achar, eu achei. Sinto uma pontada de ciúmes dentro de mim e logo me vejo sentindo vontade de ligar.

Decido tomar um banho gelado novamente. Deixo que a água gelada invada o meu corpo. Apoio os braços na parede e fecho os olhos. Algumas lembranças começam a surgir e só de imaginar já estou me tocando. Respiro fundo, eu preciso sair dessa.  

Ouço a campainha tocar, mas decido ignorar. Continuo vendo a água gelada escorrer pelo meu corpo.

Acabo levando um susto quando a porta do banheiro se abre e a imagem de Andreas atravessa a minha visão. Ele para próximo ao vidro e me observa. Fecho e abro os olhos lentamente pensando que poderá ser apenas a minha mente me traindo. Mas não era, concluo assim que vejo ele tirar o relógio e em seguida a camisa. Ele se aproxima do boxer o abrindo parando em minha frente. Estou intacta apenas observando. Eu senti tanto sua falta.

— O que faz aqui? – dou alguns passos pra trás até encostar as costas na parede gelada.

— Precisava te ver. – ele murmura. – não consigo me concentrar direito, sem você.

— Você deixou tudo bem claro, não deixou? – digo ainda o observando.

— Eu não sabia que estava dizendo. – bufa. – fiquei puto pra caralho.

— Eu cansei de ouvir. – disfarço o choro.

Ele se aproxima mais de mim, me trancando contra a parede.

— Eu senti tanto sua falta. – ele sussurra próximo os meus lábios. – fiquei feito um louco me sentindo culpado.

Fecho os olhos sentindo seu cheiro tão perto. Ele termina de tirar suas roupas e liga o chuveiro me puxando para o seu corpo, eu estou fora de mim, em transe, apenas faço o que ele está me encaminhando a fazer, minha cabeça repousa em seu peito enquanto a água gelada desce sobre nós. O quão eu me sinto desgastada, sei o quanto esse homem ta errando comigo, e o quanto eu deveria ignora-lo. Mas estou vulnerável.

Começamos um beijo calmo, cheio de saudades, explorando cada centímetro de nossas bocas, ele me tem em suas mãos, pressionando meu corpo na parede, minhas mãos automaticamente vão para seus ombros. Andreas me levanta em seu colo penetrando em mim rapidamente. Com a ajuda da parede ele me apoia, enrosco as pernas ao redor da sua cintura enquanto ele me da leves estocadas, subo e desço em seu colo, seus lábios atacam meus seios. Ele chupa o biquinho enquanto passeia as mãos pelo outro. Conheço bem a luxúria e vejo ela nos olhos de Andreas. Ele caminha comigo até a pia do banheiro, me colocando de costas ao enorme espelho, abrindo bem minhas pernas, ele começa a penetrar de forma rápida e forte, tanto que não consigo segurar os gemidos. Agarro seu pescoço, depositando beijos alí, suas mãos estão firmes em minha cintura, enquanto imploro para que ele não pare. Ele tomba a cabeça suavemente pra trás,  deixando transparecer um único gemido rouco. Vai diminuindo a forma como penetra, sinto minha intimidades arder, logo eu chego ao meu ápice me apertando ainda mais contra seu membro e se contraindo. Continuamos agarrados e ofegantes, ele me abraça e pousa sua cabeça em meu ombro. Acaricio seus cabelos enquanto fecho os meus olhos, como posso me submeter a ficar longe disso?

— Posso dormir aqui hoje? – ele sussurra. Apenas faço que sim com a cabeça.

Decido tomar um banho antes de me deitar, assim como Andreas. Me deito ao seu lado, ele tem poucas palavras, parece cansado.

𝐇𝐢𝐥𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 • 𝐀𝐧𝐝𝐫𝐞𝐚𝐬 𝐏𝐞𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora