24 — Andreas, narrando.
Acordo com o barulho do celular da morena ao meu lado. Ela dorme feito um anjo, tem sua cabeça apoiada em meu peito e as pernas enroscadas na minha. Acaricio seu rosto enquanto ela ainda permanece de olhos fechados.
— Bom dia. – ela diz se espreguiçando. Se afasta um pouco e acaba se sentando na cama.
— Bom dia. – deito a cabeça em seu colo com o olhar paralisado nela.
— Não acredito no que fizemos. – ela parece desapontada consigo mesmo.
— Não gostou? – arqueio as sobrancelhas.
— Queria ser mais forte. – afirma.
— Me desculpa por ter dito todas aquelas coisas. – comprimo os lábios. – eu estava pensando apenas da minha forma.
— Tudo bem, agora já foi. – ela da de ombros.
— Não quero perder você. – digo baixo.
Vejo ela suspirar. Lívia parecia pensar nas palavras certas pra me dizer.
— Eu preciso de um tempo para mim mesma. – ela começa a falar.
— Por favor, não diga isso Lív. – suplico.
— Quero ficar sozinha, quero me reconhecer, curtir a minha própria vida. Você entende não é?
— Não, eu não entendo. – nego com a cabeça. – o que te fez mudar de ideia assim tão rápido? – questiono olhando em seus olhos. No fim eu sabia, Lívia estava magoada.
— Eu não sou o tipo de pessoa que você procura. Submissa. Tipo a Paty, você quer controlar tudo Andreas.
— Quando te controlei? Porra Lívia. – me levanto. – eu só pensei em te proteger, não queria que você encontrasse alguém melhor do que eu por aí.
— Eduardo não é melhor que você para mim. Nem Gabriel Barbosa, nem Gabriel Medina e nem qualquer pessoa que você pense. Você era o melhor para mim Andreas e você mesmo destruiu isso.
— Só pensei com medo de te perder. – digo baixo.
— Eu preciso muito desse tempo, para pensar em absolutamente tudo. – deixo um riso sem humor.
— Tempo para ver se encontra alguém melhor, aí, se caso não encontrar volta para mim não é?
— Viu só? Você só pensa por esse lado.
— Você que quis e não eu. Lembre-se disso. – passo a mão sobre o rosto. Visto minha camisa e calço meus tênis. – vou nessa.
Eu até tinha uma pontada de esperança que ela pudesse vim atrás de mim, mas ela não fez isso, ela simplesmente voltou a se deitar. Meu coração está acelerado. Eu não sou de chorar facilmente, mas sinto meus olhos se encherem de lágrimas.
Quando piso os pés na rua, ouço a voz de Lívia me gritar. Automaticamente meu corpo se relaxa. Viro-me pra me olhar e ela está de camisola, ela corre em minha direção.
— And. – me abraça forte.
— Como posso entender você mulher? – suspiro pesadamente, porém estava aliviado, tanto que uma lágrima rolou em meu rosto.
— Não vai embora assim, tenta olhar para o meu lado, tenta entender as coisas. – ela insiste. – eu não vou ficar com ninguém, apenas preciso dar um tempo a mim mesma.
— Não quero te dividir com outras pessoas. – sussurro. – Lívia, eu me apaixonei por você.
— Falar todos falam Andreas. Você é perfeito, muito atencioso mas quando está com ciúmes se transforma. Me diz coisas cruéis na qual odeio escutar.
— Eu posso concertar isso. Não posso? – suplico.
— Pode claro que pode, mas é um processo delicado. E outra, seu filho está pra nascer, você está no auge da sua carreira, tem muita informação pra rolar ainda, enquanto eu, eu estou tentando fazer alguma coisa por mim mesma e querendo ou não te acompanhar nessa correria que é a sua vida, pode me atrapalhar. – engulo a seco. – eu sinto muito.
— Sente tanto que não se importa em como vou ficar. – digo. – eu nunca quis isso, nunca. Mas já que é a sua escolha, eu respeito. – a pior sensação do mundo é sentir que estamos em meio a uma despedida.
— A gente pode se ver, sair, conversar, não tem problema, não estou pedindo para que você se afaste totalmente.
— Não quero ser teu amigo. – digo ríspido. – quero ser o teu namorado, se você não se decide em relação a isso, prefiro ficar sozinho. – É minha vez de tirar a aliança, lhe entrego. – fica tranquila, o otário aqui não vai correr mais atrás de você.
Vejo Lívia me olhar desapontada. Mas era isso e pronto, já estava feito. Entro no carro e saio em alta velocidade. Eu precisava espairecer.
(...)
Quando chego na casa aonde Patrícia está a encontro em volta da piscina, segurando Mavi (maria vitória) em seu colo.
— Já te disse para tomar cuidado com a barriga. – me aproximo segurando Mavi em meus braços.
— Você chegou cedo Hugo. – ela sorri.
— O que vai fazer hoje? – pergunto sem interesse, apenas pra saber.
— Bom, eu vou sair com algumas amigas. Não se preocupe vou levar a Maria.
— Se quiser deixar ela comigo. Sabe que pode deixar, é só me falar Paty. – brinco com a minha princesa em meus braços.
— Você parece abatido. – ela comenta. – está tudo bem?
— Está sim, estou um pouco cansado. – me sento na espreguiçadeira ao seu lado. – mas me diz aí, aonde estão pensando em ir hoje?
— Vamos na casa do Deyverson. Aniversário da esposa dele. – Paty explica e eu assenti.
— Sua barriga está enorme, e nem pensamos no nome. – comento, pois realmente, eu havia vacilado com Paty sendo muitas das vezes ausente.
— Eu gosto de Cecília. – ela diz. – você tem alguma ideia?
— Cecília é elegante. Lindo nome. – sorrio. – a nossa Cecília.
— Não vejo a hora dela nascer – Paty da risada. – está acabando com minha coluna.
— Posso fazer uma massagem mais tarde se quiser. – dou de ombros.
— A gente agradece. – ela sorri mas ainda está um pouco desconfiada.
— É verdade o que estão dizendo na Internet?
— O que estão dizendo? – pergunto.
— Que você e Lívia encerraram. – ela tinha uma expressão confusa na face.
— Sim. – afirmo.
Ficamos um tempo em silêncio.
— Eu gostava dela, acredite. – Paty começa a falar com seu sotaque forte. – e sei que ela gostava muito de você, nunca impediu você de ser um bom pai e muito menos brigou comigo, pelo contrário sempre me tratou bem. É uma pena não ter dado certo.
Era incrível como Lívia cativava a todos.
Até Patrícia.
Até minha ex.
Nem acredito que estamos na reta final, Meu deus 🥲🥲🥲🥲
Amo tanto esse casal ai ai ❤

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𝐇𝐢𝐥𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 • 𝐀𝐧𝐝𝐫𝐞𝐚𝐬 𝐏𝐞𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚
Fanfiction𝚀𝚞𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚍𝚘𝚒𝚜 𝚌𝚊𝚖𝚒𝚗𝚑𝚘𝚜 𝚍𝚒𝚏𝚎𝚛𝚎𝚗𝚝𝚎𝚜 𝚜𝚎 𝚌𝚛𝚞𝚣𝚊𝚖 𝚙𝚘𝚛 𝚊𝚌𝚊𝚜𝚘, 𝚘𝚗𝚍𝚎 𝚗ã𝚘 𝚑á 𝚌𝚒𝚛𝚌𝚞𝚗𝚜𝚝â𝚗𝚌𝚒𝚊 𝚊𝚕𝚐𝚞𝚖𝚊 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚏𝚒𝚌𝚊𝚛 𝚓𝚞𝚗𝚝𝚘𝚜 𝚎 𝚖𝚎𝚜𝚖𝚘 𝚊𝚜𝚜𝚒𝚖 𝚗𝚎𝚗𝚑𝚞𝚖 𝚍𝚘𝚜 𝚍𝚘𝚒𝚜 𝚌𝚘𝚗�...