♥︎23.

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24 — Andreas, narrando.

Acordo com o barulho do celular da morena ao meu lado. Ela dorme feito um anjo, tem sua cabeça apoiada em meu peito e as pernas enroscadas na minha. Acaricio seu rosto enquanto ela ainda permanece de olhos fechados.

— Bom dia. – ela diz se espreguiçando. Se afasta um pouco e acaba se sentando na cama.

— Bom dia. – deito a cabeça em seu colo com o olhar paralisado nela.

— Não acredito no que fizemos. – ela parece desapontada consigo mesmo.

— Não gostou? – arqueio as sobrancelhas.

— Queria ser mais forte. – afirma.

— Me desculpa por ter dito todas aquelas coisas. – comprimo os lábios. – eu estava pensando apenas da minha forma.

— Tudo bem, agora já foi. – ela da de ombros.

— Não quero perder você. – digo baixo.

Vejo ela suspirar. Lívia parecia pensar nas palavras certas pra me dizer.

— Eu preciso de um tempo para mim mesma. – ela começa a falar.

— Por favor, não diga isso Lív. – suplico.

— Quero ficar sozinha, quero me reconhecer, curtir a minha própria vida. Você entende não é?

— Não, eu não entendo. – nego com a cabeça. – o que te fez mudar de ideia assim tão rápido? – questiono olhando em seus olhos. No fim eu sabia, Lívia estava magoada.

— Eu não sou o tipo de pessoa que você procura. Submissa. Tipo a Paty, você quer controlar tudo Andreas.

— Quando te controlei? Porra Lívia. – me levanto. – eu só pensei em te proteger, não queria que você encontrasse alguém melhor do que eu por aí.

— Eduardo não é melhor que você para mim. Nem Gabriel Barbosa, nem Gabriel Medina e nem qualquer pessoa que você pense. Você era o melhor para mim Andreas e você mesmo destruiu isso.

— Só pensei com medo de te perder. – digo baixo.

— Eu preciso muito desse tempo, para pensar em absolutamente tudo. – deixo um riso sem humor.

— Tempo para ver se encontra alguém melhor, aí, se caso não encontrar volta para mim não é?

— Viu só? Você só pensa por esse lado.

— Você que quis e não eu. Lembre-se disso. – passo a mão sobre o rosto. Visto minha camisa e calço meus tênis. – vou nessa.

Eu até tinha uma pontada de esperança que ela pudesse vim atrás de mim, mas ela não fez isso, ela simplesmente voltou a se deitar. Meu coração está acelerado. Eu não sou de chorar facilmente, mas sinto meus olhos se encherem de lágrimas.

Quando piso os pés na rua, ouço a voz de Lívia me gritar. Automaticamente meu corpo se relaxa. Viro-me pra me olhar e ela está de camisola, ela corre em minha direção.

— And. – me abraça forte.

— Como posso entender você mulher? – suspiro pesadamente, porém estava aliviado, tanto que uma lágrima rolou em meu rosto.

— Não vai embora assim, tenta olhar para o meu lado, tenta entender as coisas. – ela insiste. – eu não vou ficar com ninguém, apenas preciso dar um tempo a mim mesma.

— Não quero te dividir com outras pessoas. – sussurro. – Lívia, eu me apaixonei por você.

— Falar todos falam Andreas. Você é perfeito, muito atencioso  mas quando está com ciúmes se transforma. Me diz coisas cruéis na qual odeio escutar.

— Eu posso concertar isso. Não posso? – suplico.

— Pode claro que pode, mas é um processo delicado. E outra, seu filho está pra nascer, você está no auge da sua carreira, tem muita informação pra rolar ainda, enquanto eu, eu estou tentando fazer alguma coisa por mim mesma e querendo ou não te acompanhar nessa correria que é a sua vida, pode me atrapalhar. – engulo a seco. – eu sinto muito.

— Sente tanto que não se importa em como vou ficar. – digo. – eu nunca quis isso, nunca. Mas já que é a sua escolha, eu respeito. – a pior sensação do mundo é sentir que estamos em meio a uma despedida.

— A gente pode se ver, sair, conversar, não tem problema, não estou pedindo para que você se afaste totalmente.

— Não quero ser teu amigo. – digo ríspido. – quero ser o teu namorado, se você não se decide em relação a isso, prefiro ficar sozinho. – É minha vez de tirar a aliança, lhe entrego. – fica tranquila, o otário aqui não vai correr mais atrás de você.

Vejo Lívia me olhar desapontada. Mas era isso e pronto, já estava feito. Entro no carro e saio em alta velocidade. Eu precisava espairecer.

(...)

Quando chego na casa aonde Patrícia está a encontro em volta da piscina, segurando Mavi (maria vitória) em seu colo.

— Já te disse para tomar cuidado com a barriga. – me aproximo segurando Mavi em meus braços.

— Você chegou cedo Hugo. – ela sorri.

— O que vai fazer hoje? – pergunto sem interesse, apenas pra saber.

— Bom, eu vou sair com algumas amigas. Não se preocupe vou levar a Maria.

— Se quiser deixar ela comigo. Sabe que pode deixar, é só me falar Paty. – brinco com a minha princesa em meus braços.

— Você parece abatido. – ela comenta. – está tudo bem?

— Está sim, estou um pouco cansado. – me sento na espreguiçadeira ao seu lado. – mas me diz aí, aonde estão pensando em ir hoje?

— Vamos na casa do Deyverson. Aniversário da esposa dele. – Paty explica e eu assenti.

— Sua barriga está enorme, e nem pensamos no nome. – comento, pois realmente, eu havia vacilado com Paty sendo muitas das vezes ausente.

— Eu gosto de Cecília. – ela diz. – você tem alguma ideia?

— Cecília é elegante. Lindo nome. – sorrio. – a nossa Cecília.

— Não vejo a hora dela nascer – Paty da risada. – está acabando com minha coluna.

— Posso fazer uma massagem mais tarde se quiser. – dou de ombros.

— A gente agradece. – ela sorri mas ainda está um pouco desconfiada.

— É verdade o que estão dizendo na Internet?

— O que estão dizendo? – pergunto.

— Que você e Lívia encerraram. – ela tinha uma expressão confusa na face.

— Sim. – afirmo.

Ficamos um tempo em silêncio.

— Eu gostava dela, acredite. – Paty começa a falar com seu sotaque forte. – e sei que ela gostava muito de você, nunca impediu você de ser um bom pai e muito menos brigou comigo, pelo contrário sempre me tratou bem. É uma pena não ter dado certo.

Era incrível como Lívia cativava a todos.

Até Patrícia.

Até minha ex.

 










Nem acredito que estamos na reta final, Meu deus 🥲🥲🥲🥲
Amo tanto esse casal ai ai ❤

𝐇𝐢𝐥𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 • 𝐀𝐧𝐝𝐫𝐞𝐚𝐬 𝐏𝐞𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora