♥︎35.

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36 — Lívia, narrando.

Hoje me peguei pensando nele.

A distância maltrata mais que qualquer coisa.

Por um lado, feliz e grata por todo esse momento mágico de aprendizado por outro lado, queria mais que tudo encontra-lo. Ficar para sempre com ele, sentir seu cheiro.

Lembro da nossa despedida, como se fosse hoje:

— Se cuida... – Andreas sussurra beijando minha testa. Ele deixa algumas lágrimas escorrerem.

— Eu amo você, muito. – sussurro sentindo os lábios gelados dele encostarem no meu.

— Logo estaremos juntos. – ele sorri. – eu prometo.

Não que eu e ele não mantenhamos contato. Muito pelo contrário, nos falamos todas as horas.

Mas eu sinto falta. Eu queria ter ele do meu lado para abraçá-lo e sentir a paz que o abraço dele me trás.

— Concentrada? – Henrique, um voluntário que conheci me interrompe.

— Pensando. – respondo. – faz tempo que está me olhando?

— Talvez uns dez ou doze minutos? – ele sorri e vem em minha direção.

— Já pensou o que vai fazer nas férias? – questiono, não era interesse, apenas para puxar conversa.

— Voltar ao Brasil e ver minha família. E você? – pergunta difícil.

Faz exatamente uma semana que ele não liga ou manda qualquer mensagem.

Faz exatamente três dias que ligo para Ana e ela diz que não o vê.

— Queria ir visitar meu namorado. – respondo.

— É uma boa. – Henrique corta o assunto e sai andando em frente.

Cecília nasceu há três meses. Todos os dias pergunto como as meninas estão a Patri e por ventura, a pergunta de hoje seria totalmente diferente. Seria sobre o pai das crianças. Ligo, e um bom tempo após chamar, a chamada é atendida.

Alô?

A voz de Andreas ecoa pelo telefone, está ofegante, como se ele tivesse corrido o Maracanã inteiro. Meu peito se contrai por pensar que talvez.. talvez ele estivesse fazendo algo com Patri?

Andreas?

Pergunto, não parecendo uma total ciumenta.

Amor – ele pausa. Recupera o ar. – como é bom falar com você.

Você sumiu, fiquei preocupada. – digo um pouco mais tranquila. – e o que está fazendo com o telefone de Patri?

Pergunto temendo totalmente a resposta, sabendo que, conhecia Patrícia e sei que ela não faria isso comigo, pelo menos, era o que eu pensava.

Estou olhando Cecília enquanto ela toma banho. O celular estava perto. – ele explica tranquilamente. – ciúmes?

Dou risada baixinho, sozinha. Ele me conhecia tão bem.

Sinto sua falta. – sussurro. Observo Henrique me encarar enquanto falo no telefone.

Durmo todos os dias com a sua coberta pra lembrar do teu cheiro.

Meu coração se murcha ao vê-lo dizer isso.

Você vem nas suas férias?

Estou pensando ainda.

Ele bufa.

Patri saiu do banho, vou ver se minha mãe precisa de ajuda na cozinha. Ela está aqui.

Sinto o gosto amargo da inveja. A minha sogra me detestava porém amava Patrícia.

Ah sim, tudo bem.

Não esqueça o quanto amo você.  E estou morrendo de saudades.

Sinto malícia na parte em que Andreas fala “saudades”

Também estou, muito. Espero que esteja se comportando.

Estou, acredite.

 Meu coração se enriquece toda vez que escuta a voz desse homem.

𝐇𝐢𝐥𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 • 𝐀𝐧𝐝𝐫𝐞𝐚𝐬 𝐏𝐞𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora