She's A Killer- Erwin Smith X Leitora

34.

Nota da autora: E estamos chegando ao fim, gatinhas :( o último capítulo sai no domingo, dia 09, junto ao lançamento da Temporada Final de Shingeki No Kyojin. Aguardo vocês, bjs! 

Por um segundo, o ar escapou de seus pulmões e você já sentia falta dele antes de tentar puxá-lo outra vez. Preparava-se para lançar mais um xingamento ao homem, mas as palavras travaram em sua garganta, enroscando-se em suas vísceras, remoendo seus tecidos, embriagando seu sangue e apertando seu coração. Aquela era o tipo de notícia que mais deseja a ouvir a, literalmente, anos. Mas quando finalmente ouviu, soou tão irreal que parecia algum tipo de piada.

Seus olhos finalmente deixaram os azuis de Erwin, caindo diretamente ao chão. Você fitou seus sapatos, botinhas marrons. Ainda num transe infantil, mexeu levemente os pés e quando a ponta de ambos sapatos se tocaram, você sentiu sua pele arrepiar. Nem havia percebido que cravara as unhas nas palmas das mãos, até que Erwin pegou uma delas. Estavam escorregadias por conta do suor frio que liberava, mesmo assim o homem virou e deu um beijo sútil nas costas da mão que apanhou.

Você voltou a encará-lo. Uma lágrima solitária fez com que outras ameaçassem apontar, seus olhos lacrimejantes tornando-se brilhantes quando olhou para Erwin. A mão quente do loiro contrastava bem com o frio da sua.

— Acabou? – Você falou tão baixinho que duvidou que o outro realmente tivesse ouvido.

— Acabou. De verdade agora.

A leveza que sentiu a seguir foi o bastante para que todos os pensamentos confusos que perturbavam sua cabeça se desvairassem, pelo menos por algum tempo. Não queria questionar o que viria a seguir. Apenas queria aproveitar a sensação de liberdade. Era leve. Era tão bom.

Erwin a puxou pela mão que já estava segurando, fazendo com que seus corpos de chocassem. Seus braços se envolveram quase que automaticamente, num abraço caloroso e tão puro. Sabia que praticamente era engolida pelo corpo musculoso do homem, mas ainda assim, sentia-se perfeitamente grande ao lado dele, pois sabia que Erwin não reprimia você. De todas as formas.

— Nós estaremos juntos daqui para frente. Independentemente do que vier. – Erwin sussurrou em seu ouvido. Algo em seu estômago se apertou, como algum tipo de espasmo de ansiedade. Foi estranhamente agradável.

Erguendo seu rosto para que pudesse encará-lo, você levou uma de suas mãos as maçãs do rosto dele e permitiu que a ponta de seus dedos iniciasse uma carícia. Erwin não pareceu ir contra o toque, ao contrário, colocou a mão dele sobre a sua e levemente a apertou.

Você soube o que estava para acontecer quando o loiro inclinou levemente o rosto. Você também sabia que estava ansiando por isso, afinal foi a primeira a agilizar a aproximação e colar seus lábios num único movimento. As mãos grandes de Erwin desceram pela lateral de suas costas e repousaram sobre sua cintura, apertando-a sutilmente. Como tudo sobre Erwin, seu beijo era admirável. Um leve sabor de álcool, talvez whisky, indicava que antes de sua chegada o homem estivera bebendo. Sua língua seguia o caminho por sua boca, explorando todos os cantos como se estivesse procurando por algo. O que era você não sabia, mas você poderia certamente dizer que encontrou paz na boca do loiro. Poderia o beijar o dia inteiro.

Não demorou muito para que aquele beijo, inicialmente puro, tornasse algo mais afoito, molhado e as línguas não paravam de se movimentar um segundo sequer. Por pura provocação, você chupou lentamente a língua do outro, que suspirou alto com o ato. Finalmente suas mãos deixaram o rosto do homem e subiram até o cabelo loiro, onde puxaram os fios curtos. As de Erwin agora lhe apertando com mais força do que antes.

Levaram menos de três segundos para que seus pés tomassem o caminho da cama, num modo tão assustadoramente automático, como se seu subconsciente já estive o planejando fazer. Sua mão esquerda desceu ao músculo do braço de Erwin, apertando e o puxando impossivelmente para mais perto, os lábios não se desgrudando por um segundo se quer. Mesmo quando o ar se fez necessário, a pausa foi rápida, apenas as frações que seus pulmões gastaram para recuperar-se e logo já retornariam ao ato anterior.