35. Epílogo

517 75 58
                                    

1 ano depois...

Como os únicos herdeiros de Nile Dok eram seus filhos gêmeos, frutos de seu primeiro casamento, todas as terras e empresas no nome Dok foram passadas para as crianças quando o homem faleceu. Por serem ainda jovens, Marie Dok foi responsável por liderar até que os filhos atingissem a maioridade. Marie foi responsável por difundir um dos maiores centros de escravos, que antes pertencia a Nile, graças as posses passadas a ela.

Por pressão das constantes manifestações e cenário caótico do país após as revelações ao público sobre o crescimento do tráfico infantil, o governo tem agilizado os processos de aprovações de leis a favor de Filhos do Fogo com a intenção de acalmar as desordens no país.

Erwin Smith foi o primeiro homem a abrir um centro de abastecimento em Miser para auxílio as classes mais carentes. O projeto foi tão bem visto pela população de baixa renda que instigou outros empresários a contribuírem ao movimento. Grandes empresas começaram recentemente a desenvolver projetos para auxiliar em doações.

{...}

Corra! Você precisava correr!

Seus pulmões tremelicavam numa tentativa desesperada de recuperar algum pouco de ar de volta para seu corpo. Mas você não tinha tempo para respirar. A corrida incessante e a necessidade de livrar-se de seu perseguidor gritava mais alto do que as necessidades básicas de seu corpo.

— Você é rápida, mas não pode fugir de mim!

— Eu acho que posso sim. – Gritou de volta enquanto continuava em passos frenéticos.

A grama úmida abaixo de seus pés sendo esmagada a cada passo e o suor já começava a escorrer pela testa, enquanto o sol escaldante do verão quase fazia como se derretesse sua pele. Ouviu algum tipo de pássaro cantar ao longe e sorriu. Mas foi a porra de um galho caído que a fez tropeçar.

Conseguiu equilibrar-se a tempo suficiente para não cair no chão, mas não tempo suficiente para que seu perseguidor não te alcançasse. Ainda tentou desesperadamente correr em direção a casa, olhando para trás afim de conferir o quão perto o homem em questão estava de você.

Olhando assim, nem viu quando a pilastra que sustentava o telhado do vestíbulo surgiu a sua frente. Quando voltou seus olhos para sua frente, teve certeza que chocaria de cara com a enorme estrutura.

Felizmente, seu perseguidor alcanço-a a tempo de colocar uma mão em sua testa e agarrar sua cintura para trás. A mão recém chegada amenizando o impacto e a da cintura puxando-a e evitando o acidente.

— Te peguei. – Sussurrou em seu ouvido, ainda mantendo-a junto do corpo dele.

— Você sempre me pega. – Você sussurrou de volta, virando-se e esticando os braços para que apoiassem nos ombros do homem.

Erwin sorria enquanto analisava cada traço de seu rosto e lhe roubou um beijo rápido. Sorrindo de volta, você o apertou com mais força e puxou-lhe para um beijo de verdade. Línguas entrelaçadas e reproduzindo barulhos molhados não muito decentes.

— As crianças já pararam de brincar? – Mike chamou, interrompendo completamente o momento. Você e Erwin ainda sorriram um para o outro quando se separaram. — A van já está pronta. Podemos ir, quando quiserem.

— Vamos chamar Levi e os outros. – Erwin respondeu-lhe, enquanto segurou sua mão e começou a guiar o caminho por entre a porta e o salão principal da casa.

Eren e Jean estavam perto das escadas, discutindo sobre quem ficaria com a posse de um brinquedo, um titã de pelúcia. Você sorriu ainda mais quando virou um pouco o rosto a tempo de ver Isabel descendo as escadas alegremente com bolsas de praia, ao lado dela, Levi também estava descendo.

— Tsc... Não deveria carregar peso, sua idiota. Você está grávida. – Comentou com a ruiva, parecendo realmente irritado. Mas sua expressão suavizou quando olhou para a porta e viu você.

Levi deu um pequeno sorriso – algo definitivamente raro. Armin estava em seu colo, abraçando seu ombro e encarando-os com curiosidade.

— Ah, olha quem voltou. – Levi comentou, ainda olhando na sua direção. — Você não estava chamando por ela, Armin? Eu disse que ela estava vindo. – Ele apontou para você com um dedo enquanto conversava com a criança loira. Armin deu-lhe um sorriso e escondeu o rostinho corado na curva do pescoço de Levi.

— Ei, meu bebê. – Você soltou a mão de Erwin e caminhou até eles. Armin pediu-lhe colo quando se aproximou. — Está animado para conhecer o mar, Armin?

— Sim! – Sorriu enquanto gritou. — Estou tão animado para ver o mar! Obrigado por me levar, [Nome]!

Você o apertou forte num abraço, que o menininho retribuiu com uma gargalhada gostosa. Desviando um pouco a atenção de Armin, viu que Levi agora havia ido até Eren e Jean e estava lhes dando tapinhas na nuca para que parassem de brigar. Porém, faltava a quarta integrante.

— Onde está Mikasa?

— Ah, não estava conosco... – Isabel falou. — Eren, onde está sua irmã?

— Mikasa foi para a cozinha. – Jean gritou antes, impedindo que Eren pudesse falar e recebendo um rosnado do menino de olhos verdes.

— Estou aqui, [Nome]. – Mikasa vinha ao lado de Sasha, que carregava uma enorme sexta de piquenique, enquanto a menina trazia uma caixa de isopor.

— Mikasa estava ajudando Nicolo e eu a prepararmos a comida. – Sasha sorriu.

— Tudo bem. Já que estão todos aqui, é melhor irmos antes que fique tarde e a água esfrie de mais para as crianças poderem nadar. – Erwin chamou e você sorriu para a forma como o homem falou.

— Você é tão fofo quando fala tão preocupado... – Sussurrou para ele, que apenas revirou os olhos, mas no fim sorriu de volta.

Levaram um tanto desnecessário de tempo para conseguir guardar tudo no carro e, principalmente, colocar cada criança em seu devido lugar e passar o sinto de segurança. Em algum momento, você e Erwin haviam decidido comprar um carro maior para conseguir abrigar a, agora, grande família que tinham. Mikasa, Jean e Eren foram atrás; Isabel, Levi e Armin no meio – Levi parecia ter um apego a mais por Armin, mesmo que sempre dissesse que gostava das quatro crianças igualmente, ele realmente parecia dar ao garoto loiro um pouco de seu favoritismo. Erwin e você foram na frente, com Mike dirigindo.

— Está realmente tudo bem voltar aquela praia, [Nome]? – Erwin sussurrou para você, quando o carro deu partida e as crianças começaram a falar alto demais.

— Já disse que sim, Erwin. – Sussurrou de volta e lhe sorriu. — Eu nunca estive tão bem...

Parecendo satisfeito com a resposta, Erwin passou um braço em volta de seus ombros e lhe puxou para mais perto, deixando um beijo no topo de sua cabeça.

Olhando em volta, você se distraiu em apreciar as montanhas que pontavam no horizonte e as árvores que tomavam as beiras da estrada. O sol iluminando as plantas e trazendo luz a terra, aquecendo o chão e a pele. Sorriu mais uma vez quando respirou forte e o ar que preencheu seus pulmões parecia muito mais limpo do que qualquer outro de antes. 

Não era o ar em si, mas o fato de que a calmaria finalmente havia atingido seus dias.

Você não precisava mais correr. Nunca mais.

FIM.

Nota da autora: Com todo meu amor, obrigada a cada um de vocês que acompanharam minha história até o final. Essa fic foi meu refúgio por muito tempo e eu estive me dedicando muito a ela. Os comentários de vocês me salvam todos os dias. Obrigada por tudo e até a próxima! :)

She's A Killer- Erwin Smith X LeitoraOnde histórias criam vida. Descubra agora