Capítulo Catorze

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Chega tô trêmula, não quis avisar a ninguém sobre essa situação, é muito humilhante passar por isso, quando se trata de mãe e filha.

Ela está aqui com a senhora toda pomposa, fingiu não me ver, gente ela tem muita mágoa mesmo, mas posso garantir, que não é comigo.

O advogado ligou, disse que está enviando outra pessoa, pois precisou se ausentar, mas passou tranquilidade, que só vou concordar ou não com o que a Germana pedir.

Tinha mais três audiências em minha frente, a moça chegou e vejo que é do jurídico da S.O.S Empregos, vou pedir para não contar nada para seu Armando.

Ela piscou os olhos e entrou na saleta, em seguida a pomposa, foi também e a Germana ficou mais distante ainda, não vou atrás dela, se é assim que ela quer terminar o ciclo será feito assim.

Em meia hora, fomos chamadas, um agente nos levou, até uma salinha, do fórum.

Ao adentrar vejo o senhor Armando e a Jajá, deve ter sido o Marcelo que contou alguma coisa, ele me paga depois.

A pomposa, chamou a Germana vi ela negando e depois dando sim.

Fiquei sem entender.

- Filha.

- Seu Armando, Jajá o que estão fazendo aqui?

- Quer ser nossa filha?

- Como assim?

- A sua mãe, concordou que eu e o Armando fôssemos seus pais, ela vai assinar o acordo, com valor bem generoso e desaparecer da sua vida.

Eu não acredito que sinto uma felicidade, pulo de felicidade, eu vou ter uma família, uma mãe e um pai, que benção.

Os abraço tão forte que esqueci que posso mata-los de tanta felicidade.

E sai um grito tão alto que desmaio.

🍂🍂🍂🍂

Acordo no hospital, cheia de fios, a boca seca, meia grogue, olha ao redor está, Marcelo, o Zé, um outro que não conheço e seu Armando.

- O que aconteceu?

- Filha.

- Eu desmaiei.

- Está desde ontem aqui no hospital.  

- E quem é?

- O Paulo, amigo do Marcelo.

- E podem ficar aqui?

- Não. Mas sei ser convicente. E quando avisei ao Marcelo, que por coincidência estava aqui no hospital, porque o Zé maluco, bateu no amigo.

- Cadê a Jajá?

- Foi pegar algo pra gente comer junto com a Juliana. Criança adorável, ela odeia o José Pedro e só por isso já a amo.

- Eu ouvi isso seu Armando.

- Ainda bem, não vou precisar repetir.

- Sellena, como está se sentindo?

- Estou bem senhor Marcelo.

- Senhor? - os amigos só sabem rir.

- Paulo me poupe, o mais inteligente, dos três, com esse comportamento.

- Seu Armando, chamar o Marcelo de "senhor" é surreal.

- O que foi isso no seu rosto?

- Uma história longa. - Marcelo fala.

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