Capítulo Vinte e Seis

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É muita responsabilidade em ser um homem que veio do lixo e hoje com prestígios escritos em revistas, palestras pelo Brasil, ter a oportunidade de dar trabalho e estar trabalhando ainda aos 60 anos, ativo, uma família com seus altos e baixos, amigos, um netinho de coração, casar com a mulher que sempre amou, ajudar no crescimento do próximo, não tem preço.

Conheci a violencia de perto, fui criado por baixo de gritos, bebedeiras, surras e palavrões.

Abomino tudo.

Quando consegui sair de casa, foi logo após meu pai matar a mulher que ele vivia, minha mãe eu nunca conheci, também não tive interesse. Porém, o meu genitor havia mais filhos e um deles reproduziu o retrato da violência que viveu, levou para vida.

Eu não fui apaixonado pela Antônia, mas queria tira-la daquela situação, ela grávida do Marcelo e apanhava que nem uma mala velha.

Certo dia, alguém disse que ela iria morrer de tanto apanhar, eu fui até a casa deles e a levei. Cuidei, fiz o que pude, ela era uma mulher linda, quando estava tranquila, a gente saia, conversámos até transavamos, mas eu sempre a percebi distante, ela agredecia a tudo que fiz, porém dependia daquela doença do domínio que o Felipe tinha por ela, até que na primeira oportunidade, ela fugiu com ele e nos deixou.

E quando o Marcelo estava entre 10 a 12 não me recordo com exatidão, recebi uma ligação que meu irmão havia sido assassinado e a mulher que estava com ele, vivia em miséria, amarrada na cama e quase vegetativa.

Marcelo sempre soube a verdade e trouxemos a Antônia para ficar em uma casa de repouso, morar com a gente não daria certo, ela é uma mulher de boca suja, não só pelos palavrões, mas gosta de penalidade. A última dela, foi dizer que eu havia roubado o filho dela.

A Jajá ficou meses sem falar comigo, porque ela achava que sempre amei a Antônia, mas não tem como amar a quem não demonstra amor, nunca irei entender que para amar é sofrer e só coisas ruins ensinam, fica muito apelativo e distorcido ao que a palavra se refere.

E como prefiro espalhar o que seja bom, sou alvo de muitas críticas, fui ridicularizado por ter registrado o Marcelo, falavam que ele só ia querer meu dinheiro, distorcem a aproximação das meninas comigo, tudo é interesse também e agora sobre a Sellena, que veio como um furacão na minha vida, eu era louco para ter uma filha mulher, já que Jajá nunca me permitiu registrar também suas sobrinhas, porém temos um carinho inquestionável, as trato como filhas.

Minha bolotinha, é assim que ela pediu pra chama-la, mesmo eu sendo contra, me convenceu e todos que a ama chamava assim.

Até o imbecil do José Pedro. Descarado.

Ela me ensinou que amar o outro é muito mais que altruísmo, é ser escolhido para receber esse amor que tinha preso dentro dela, sem o amor da mãe e sem conhecer o pai, ela falava: pai amor,  era um refrigero em minha vida.

Pelo pouco tempo que tivemos juntos, aprendi muito com sua espontaneidade, sua coragem, sua liberdade da mulher que era. Óbvio que gostaria que ela tivesse se envolvido com outro homem e não o Marcelo, amo meu filho, mas ele não tem responsabilidade afetiva.

Aos 16 anos, precisei ser rígido, como um pai, na hora certa, pois o mesmo se achava no direito de estar com todas as mulheres que abrisse as pernas para ela.

Fase insuportável.

Quando me disse que amava uma mulher, quase morrir, foram os meses mais tortuosos, a criatura o levou para as drogas, farras, bebedeiras,exigindo que ele sempre fosse o tampa buraco das frustrações dela.

Até um dia acordei com a polícia, na porta, depois de um acidente que ele havia provocado por ter a encontrado com outros homens diferentes e sem ter chamado ele.

Foi uma catástrofe.  

Até hoje, por mim, ele faria terapia.

Aí foi viver o que ele acho que deveria ser.

E com a chegada da Sellena, ele mudou, eu que nunca irei dizer a ele, mas ela com aquele jeitinho de menina moleca fez todos se apaixonarem e ele a ama, mas tem medo, fala que quer aprender amar e não entendeu ainda ou não quer ver, que pra esse momento, os dois seriam imbatíveis.

Estamos agora todos afastados, como sugeriu o André, nosso advogado, o mal ainda vai surpreender, essa explosão foi um aviso, diante do que já planejaram.

Vendi o carro e a casa da Sellena, ambos ainda estavam em meu nome.

O Marcelo está no Caribe.

As meninas com a vida normal. Até o momento certo de tudo ser bem esclarecido e ao certo que em breve tudo será aniquilado, sem precisar de fazer alarme, chamadas pela internet e o que mais importa todos vivos.

A inveja pode destruir tudo.

E com esse pensamento refiz os convites para a Laura e a Sônia virem trabalhar conosco, com uma boa remuneração e proveniente das duas irem para fora do Brasil, representar nossas empresas.

Não estou sendo bobo, mais mantermos os inimigos próximos, pelas especulações das minhas filhas, foi o que me restou.

Chamada de vídeo.

- Meu doce de coco... Jandira o que é isso?

- Fogo.

- Criatura, está se tocando dessa forma.

- Meu preto, imagine eu aí com você, deixe eu te ver nu.

Gargalho de nervoso.

- Meu doce, fechou essa porta...

- Cala a boca Armando, deixe-me vê-lo nu.

- Eita! Caralho meu doce.

- Quando virá? Já não aguento mais ficar se ser fodida.

- Jandira fala baixo, a ..

- Calaa boca Armando, se masturbe pra mim, porra.

- Meu doce, estaria sugando seus seios e metendo com força em você.

- Olha que eu comprei e o tamanho e espessura igual ao seu..

- Mulher, que loucura é essa?

- Vontade porra, tesão, olha, olha vou por tudo de vez.

- Jandira, como você me deixa vivo.

- Isso meu preto, meu êxtase sexual, vontade de chupar esse mastro.

- Mulher, estamos parecendo dois adolescentes.

- Eu agora, estou com 17 anos e vou gozar imaginando você me fazendo feliz.

E nessa loucura, de dois jovens, ficamos rindo e gozando por uma chama de vídeo.


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