Capítulo Dezesseis

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Estou uma cretina sexual secular😁. Nem eu sabia que tinha esse fogo todo, óbvio que para chegar até aqui, estou confiando no Marcelo, que permite ousar, fico imagino se fosse o Marcos ou outro qualquer, com certeza teria um outdoor com minha foto escrito: puta.

Não denominamos o que temos, porém prefiro assim: Eu e Ele.

Seu Armando está chateado com nós dois, ele viu a gente se pegando nesses dias que eu provoquei, confesso. Mas já tinha quatro dias sem vê-lo então, entrei no quarto e estava de blusa aberta sem sutiã e um shortinho bem curtinho.

Entretanto, não transo na casa do meu pai amor, eu não sou louca, a chegar esse ponto e muito menos o Marcelo abra a boca para sugerir tal descalabro.

Os burburinhos aumentaram mais ainda quando viram eu chegando com o Marcelo, bem cedinho e ficamos aos beijos na sala dele, sei que posso me estrupiar toda, Jajá me alertou sobre o mal comportamento do facínora sexual, contudo estou aqui acaso ele vier desistir, sem precisar de mágoas, brigas ou discussões.

Não sou otária de perder meu amor próprio, mas, entre linhas estar com ele, é uma sensação indescritível.

Meu trabalho está de vento em polpa, voltei para meu apartamento, tomate está cada segundo insuportável, ficou latindo por não gostar da nova veterinária, culpa do Alisson que sumiu. O encontrei esses dias parecia de ressaca, falou que está de férias, disse que ia ver o pinscher, até hoje espero.

A July está morando bem mais longe agora, por causa do José Pedro, ele a humilhou na porta da boate, na última apresentação que ela vez, minha amiga já participou de orgias sim ela não nega, mas infelizmente se apaixonou por esse Zé droguinha, que tristemente se mostrou um canalha, a chamando para transar que ele pagava, foi o fim para minha amiga. Que está sofrendo, mas não deu o braço a torcer.

O Marcelo me contou que ele está afastado da função de médico.

O Paulo que está todo bobo, comprando coisas para o bebê, a Giulia falou que ele comprou roupas até para cinco anos da criança, a Jajá foi dizer que bebê perdem roupas em quinze em quinze dias, pronto o cara exagerou.

Não recebi ameaças, dona Sônia pediu demissão, mas sei lá, isso tudo é prosa, eu quero me chamar Arostolfo, se essa criatura não vai aprontar ainda, ou eu não sou Sellena Ferreira.

Conheci minhas irmãs de amor, as filhas da Jajá, que na verdade são sobrinhas delas, ela e seu Armando deveriam contar na Fátima Bernardes a vida deles, se eu for contar, seria umas 15 temporadas na Netflix.

Fui muito bem recebida, na verdade eu nasci naquele dia no hospital, que estavam todos ao meu redor, minha família estava comigo.

- Seu Armando. - ele me olha feio.

- Pode falar.

- Não, não! Vou abrir a porta de novo e o senhor vai falar comigo direitinho, pera, pera, assim não vale.

Volto fecho a porta, respiro fundo e abro a porta de novo.

- Seu Armando.

- Oi, filha.

- Agora sim! Chega me deu um nozinho na garganta, com tanta secura.

- Não consigo ficar chateado com você, mas com o Marcelo, esse sim, me paga, já o avisei se fizer algo que a machuque, ele irá sentir o peso da minha mão.

- Pronto! Respira. Ele não me fará mal, posso garantir para o senhor que ele jamais será mais importante do que meu amor próprio e o respeito que tenho pelo senhor.

- Minha filha, eu sei! Não quero impor nada, muito menos constranger você, mas conheço o filho que tenho.

- E tenha certeza que sua filhota bolotinha aqui, é forte.

- Não se chame de bolotinha, não gosto quando fala assim. És um menina linda e eu a amo. Mas, me diga... Já sei, já sei... Quer saber quem foram os clientes da Germana?

- Essa sintonia, nem o Marcelo sabe ter. O senhor, sabe me ler, em tudo que preciso, eu não tenho um pai, eu tenho guru pai.

Gargalhamos.

- Bom, posso organizar uma jogatina com os coroas na pracinha e assim posso tocar no assunto e você fica escutando sem dizer nada.

- Perfeito! Ah, pai amor, eu tenho uma proposta imperdível, fenomenal, para ganhar dinheiro com as salas que estão sem alugar.

- Que ideia?

- A July é maquiadora, na verdade ela é uma puta maravilhosa... Oh! Desculpa. Ela é perfeita, isso que quis dizer e se o senhor me permitir, alugar para ela, porém sem entrada, pois estamos sem dinheiro, só depois das matrículas e se acaso, vier muitos interessados...

- Pronto pode fazer. Aproveita peça a Lorena que faça a chamada pelas redes sociais da S.O.S Empregos.

- Obrigada e outra coisa, estou grata mais ainda por nunca deixar de descontar o aluguel do apartamento.

- Trato é trato. Não é porque que agora é uma Ferreira que terá tudo de mãos beijadas,nunca, nunca.

Dou risada do que ele fala, até parece que ele é rígido, sei que a maioria pagam mais do que eu, em consequência de não me sentir privilegiada, fortalece mais ainda nosso lado pai e filha.

Saio da sala, em paz.

Vou em busca de comer, bem! Doutor José Pedro, me relatou os perigos eminentes do desmaio que tive, que sugestivamente sem alardes, para que o coração seja bem cuidado, balancear entre frutas, verduras, grãos e quando comer algo gorduroso que não seja com exageros.

E meus exames estão ótimos, nada fora do lugar, só prestar atenção se sentir alguma coisa fora do contexto.

- Mãe Jajá.

- Filha fiz sua salada de frutas com granola, melaço de cana e chia.

- Eca!

Faz um dos meninos da segurança.

- Deixa de agonia, na minha cozinha horroroso, não gosta da comida fique pra você, desfazer do que se come é pecado.

- Tá uma delícia a salada, só não quis essa mistureba que fez para dona Sellena.

- Uai! Que "dona" é esse pinguim?

- Respeito, né. A dona agora é filha do homi.

- Um murro na cara ninguém quer ganhar, se me chamar de dona de novo, te regaço pinguim..

- Foi a menina da xerox que disse que agora era pra chamar tu assim Sel.

- Ouviu eu dizendo alguma coisa, seu Armando? Ou até a Jajá?

- Não.

- Vem com prosa errada. Já me deixou nervosa, eu sou filha dele e não herdeira, entendeu.

- Pronto, Sel. Parei.

Engulo a salada em segundos e saio logo para pôr as coisa em ordem.

Chego na sala no qual trabalho e a menina da xerox tá lá, o recado será dado.

- Por favor! Prestem atenção em mim, serei breve. Parem de falar de mim, eu peço, eu não sei que diabos, vocês acham que agora por ser filha do seu Armando, ficam espalhando que é pra me chamar de "dona" "senhora" sei lá, mais o quê... Só me chamem assim quando eu, vou dizer de novo: Eu, Sellena falar, se da minha boca não saiu nada, então continuem me chamando de Sellena. Muito obrigada.

Sento na cadeira, Queno bate palminhas com os dedinhos, eu dou língua pra ele e ele termina:

- Vocês mexem com a Sellena porque querem, ela não fala nada de ninguém, é na dela, sossegada e vocês gostam de um futrico. Quando receberem uma justa causa, vão culpar a menina, cambada de desocupado.

Esse Queno se acha.


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