Capítulo Trinta e Quatro

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Eu não acredito que a imaturidade do Marcelo, iria chegar tão longe.

Logo após que eu disse para ele não mais me procurar, ao chegar em casa, recebo a visita do Aristides e Nonoca, fiquei tão feliz. Ali, foi o universo me mostrando que não devia e nem devo sofrer por ele, se tivesse ficado só, provavelmente já teria ido dormir ou me lamentar por tudo.

O vi saindo de carro, logo depois que o deixei no quarto, ele vai voltar para o que ele quiser e bem longe de mim, infantil, moleque.

Apesar da decepção, a alegria de ver meus amigos, transbordou mais, do que qualquer coisa.

Nonoca e Aristides vão casar, finalmente.

E vieram me convidar para celebrar a união deles, eu me sentir feliz, com esse convite, até disse que será aqui em casa, o fundo da casa tem um espaço maravilhoso e já dei a festa de presente eles merecem.

Estava tudo maravilhoso, quando de repente, ouvimos batidas fortes na porta, eu fiquei assustada.

Aristides foi atender.

Pelo tom de voz, já sabia quem era.

E não sei qual carga d'água, o Marcelo socou a cara do meu convidado.

Dei um monte de murro nele e mandei ele ir embora, o chamei de louco, doente, ele falou coisas sem nexo nenhum, perguntando quem era Ricardo, que Ricardo?

A noite chuvosa, precisei levar o Aristides para o hospital, que foi atendido pelo meu médico que estava lá, expliquei a situação e o levaram para fazer um raio-x.

As meninas chegaram depois, dizendo que o Marcelo está desnorteado, quebrou tudo de novo dentro do quarto e que deixaram ele sozinho.

Minha cara está no chão de tanta vergonha com a Nonoca e o Aristides, a Holanda contou tudo para a Jajá, que me ligou em seguida, falei que não estamos mais juntos e depois do que ele fez hoje, foi imperdoável.

Minha mãe conversou comigo, disse que já estavam voltando, pois, o coração estava apertado que iria acontecer algo e depois desse descalabro do Marcelo, já estão chegando.

Não queria que fosse assim. Ser a culpada pela volta dos meus pais, eu torci tanto para essas férias deles e me culpo pela volta.

Paulo e Zé chegaram atrás, reclamando a demora por que a cidade está em um dilúvio.

Eles brincam com a situação que eu despertei a irá de Thor do Marcelo, porque infelizmente, hoje os relâmpagos estão gritantes lá fora.

O Savinho ficou com a vizinha.

- Sellena, o que será que fez o Marcelo fazer isso?

- Dada não faço nenhuma ideia. Ele bateu na porta e Aristides atendeu e quando vi meu amigo desmaiado do murro daquele cavalo de duas patas,o agredi tanto, que vai ficar roxo por uns dias.

- A gente acha que foi ciúmes?

- Aristides tem a idade do nosso pai. E ele nem direito de sentir ciúmes, nunca foi nada meu, eu me permitir nossa intimidade, eu cedi muita coisa, mais dessa vez, não o quero nem pintado a ouro.

As meninas mudaram de assunto e eu ali conversando sem saber do assunto, a Nonoca entrou junto com Aristides, que eu ainda não sei como me desculpar.

Quando senhor José Pedro me fala que será necessário uma cirurgia, de pequemo porte no queixo do Aristides,meu mundo diluiu, morrir ali mesmo. A Nonoca tentou me tranquilizar, porém eu estava me sentindo a pior pessoa da face da terra.

Fui na recepção pagar o valor, pedi que fosse tudo de primeiro mundo e com direito a acompanhante.

Papai ligou em vídeo chamada, pediu para falar com alguém que esteja com a o agredido pelo filho, passei para Nonoca e como esse mundo é pequeno, eles já se conheciam, pareciam duas comadres.

Seu Armando foi categórico se quisesse dar queixa na polícia por agressão,em relação a Marcelo, poderia dar e que ele estava indo ao hospital para arcar a responsabilidade do que for necessário e que pela manhã antes do meio dia, o casal voltaria.

A Nonoca me disse que sou filha da melhor pessoa do mundo e me contou que graças ao seu Armando, o terreno do bairro onde morei,foi cedido por ele, sem nenhuma taxa de cobrança,a não ser pela prefeitura, com os devidos servidos da infraestrutura, que foi adiantado por que o meu pai pegou no pé do prefeito na época.

Cada dia que passa, sei que estou na melhor família.

Senti meu coração apertar.

Nonoca entrou de novo para acompanhar o noivo, eu fiquei ali sentada, olhando a chuva caindo e meu coração pequeno, parecendo que algo ruim poderá acontecer.

Olhei para o celular, sinal não tinha. Busquei ver as meninas e os rapazes já estavam todos próximo de mim e qual motivo estou tão ansiosa, angustiada, calafrios estranhos, o que está acontecendo.

Ao me deparar com os olhos de Marcelo em cima de mim, fiquei só o encarando e o quanto eu errei em me doar a ele.

Paulo e Zé estão do lado dele e recebo uma notificação de depósito na minha conta, com o valor que havia pago.

No momento quero entender por qual motivo estou assim e não me importar com esse perdido, sem respeito por mim e pelas minhas escolhas.

O porque erramos tanto quando estamos apaixonadas, a entregue a alguém, poxa! Mas, a culpa é minha pelo Marcelo se comportar assim, eu deveria ter cortado, quando ainda estava no apartamento quando ele me viu de shortinho, descabelada, ali eu deveria ter dito um NÃO, porém não aguentei sentir a pegada do negão, puta merda, que homem, que beijo... Acorda vagabunda, se enxerga Sellena Ferreira, não esmoreça, erga a cabeça.

Sinto tremores.

Vontade de fazer vômito, sei lá, um gosto amargo na boca, o que estou sentindo?

Saio um pouco do ambiente e busco um lugar para respirar, a chuva ainda cai forte, coloco a bolsa de lado, o celular toca, mas não vou atender, quero comer algo.

Pergunto a um enfermeiro onde posso me alimentar, me indica aos fundos do hospital, que tem um quibe com limonada delicioso.

Fico com água na boca e vou atrás dessa delícia.

- Sellena.

Ao olhar para atrás.

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