Capítulo Trinta e Sete

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A vida é uma caixinha de surpresa!

Quem diria que a Germana, seria o ponto chave para encontrarmos a Sellena, foram quatro dias sem nenhum rastro, contratei até detetives particulares para procurar minha filha por todo o território. As câmeras do hospital não havia registrado nada, acreditamos pelo fato da tempestade com  raios, relâmpagos que ocorreram no dia do seu sumiço, da Sellena.

O André trouxe o delegado aqui para a casa, relatei toda a ideia que tive, apesar da negatividade da minha família, foi a única solução que vi mais propicia para pôr um ponto final nessa loucura exacerbada.

Não entendo como uma obsessão de mais de trinta e cinco anos, possa ser tão recente, desejar alguém que nunca houve nenhum tipo de contato íntimo,  no máximo, um aperto de mão,  segurar a porta do carro, ser gentil, quando uma dama vai ao banheiro, coisas que todos os homens deveriam obrigação de fazer. Toda a mulher precisa ser única, por mais que seja por uns instantes, mas chegar ao ponto de psicopatia, já é demais para o meu mundo.

- E se ela quiser transar com você?

- Vamos fazer o jogo dela.

- Tudo será monitorado, a conversa será gravada...

- E se ela desconfiar...

- Jandira, meu mundo, amor da minha vida,  ela não deve nem desconfiar que a Germana esteja aqui conosco, no máximo ela vai cair no meu plano e se for feito exatamente como eu quero que aconteça, hoje ainda estaremos com a nossa filha.

Faço a Germana me enviar uma mensagem de áudio dizendo que está com a Selena e só vai entrega-la, depois do pagamento.

Agora, o plano.

Ligação para Andréa.

- Quem é?

- Dona Andréa, sou eu o Armando. Cadê a Germana?

Uns segundos de silêncio.

- O que está acontecendo?

- Aquela louca sequestrou minha filha e eu quero minha Sellena, como é sua amiga, a peça para parar com essa loucura, eu vou pagar...

- ela está beflando...

- Como assim? A senhora está sabendo dessa sandice?

- Não, não. Quero dizer que ela não tem condições de planejar nada e certamente está mentindo para o senhor.

- Quero encontrá-la dona Andréa, me diga onde está que irei mandar meus seguranças, buscá-la, estou só em casa, mandei minha família toda para fora do Brasil, não quero mais nenhum dissabor e só pensei na senhora para colocar juízo na cabeça da Germana.

- Como o senhor sabe que foi ela que sequestrou sua filha?

- Ela me enviou um áudio de um número desconhecido, só sabe pedir dinheiro...

- Eu estou indo ao seu encontro, tem certeza que está só?

- Sim. Eu só quero terminar esse pesadelo.

Ligação encerrada.

- Bingo.

A polícia estava rastreando a ligação e conseguiram o local de onde a Andréa está.

- Eu vou junto...

- Não, Marcelo...

- Jajá, eu quero, eu preciso, por favor, não estou em paz.

Sinto meu filho triste e não tem como segurá-lo aqui, vai acabar fazendo uma loucura.

André, sugeriu que o Marcelo fosse com colete e se acaso ele não cooperasse conforme o que foi combinado, deixarei ele preso.

Demos risada, os dois malucos imploraram para irem e obviamente ninguém concordou com essa loucura.

A ideia de rastrear onde a Andréa, estaria pode nos levar ao cativeiro da Sellena.

Em questão de duas horas, eu estava só em casa, algumas câmeras foram postas em lugares estratégicos, microfones e uma vontade louca de esganar a mulher que acabou de tocar a campainha e se identificar como advogada.

- Obrigado, por ter vindo, dona Andréa, estou em cólicas procurando minha filha, não sei mais o que pensar.

- Por nada, senhor Armando, o senhor sempre gentil, com as mulheres. - que voz irritante.

- A senhora sabe por onde esteja a Germana?

- Não faço ideia.

Falsa.

-  Quero muito ajudá-lo Armando, mas...

- Eu pago o que for dona Andréa...

- Até seu patrimônio inteiro? - Bingo.

- Pelos meus filhos, não existe valores.

- Quem dera que todas as pessoas pudessem  ter um pouco do seu altruísmo.

A convidei para irmos para a sala, onde as câmeras estão instaladas, perguntei se queria algo para comer e como suspeitei o celular toca.

Ela pede licença e se dirige para a parte da ante sala,  que por sorte tem um microfone.

A deixo bem a vontade e me dirijo para a cozinha, meu corpo está tenso, tenho que me segurar para não pôr tudo a perder, preciso manter o foco, ela não pode desconfiar que caiu em uma armadilha, não consigo mentir... Que merda!

- Tudo bem, Armando?

- Não, Andréa, estou pensando na Germana, depois do acordo, porque ela ainda sequestrou minha filha, se ela quisesse dinheiro eu daria mais, dinheiro eu conquisto, mas a minha filha não, ela é a razão da minha existência, em tão pouco tempo, a Sellena soube cativar a nós todos, as irmãs dela, estão sofrendo, a Jandira não se alimenta direito, sem falar do Marcelo que está internado, por se sentir culpado pelo que aconteceu...

- Eu não entendo...

- O que senhora Andréa?

- Esse amor que sente por essa gorda, uma menina mal feita na vida, uma coitada e como tem esse amor paternal tão lipido e assim meloso.

- Mas a senhora acha certo o que a Germana está fazendo, para obter dinheiro, ela praticamente me vendeu a menina, parecia ser um estorvo, ser mãe da Sellena e a senhora estava lá, a viu assinando a papelada e agora desfez de tudo...

- A Germana é uma energúmena, não tem tino para nada, uma pobre coitada que só conheceu dinheiro, porque eu a levei, para a vida, a mostrei como se ganhava um dinheiro fácil, abrindo as pernas, ela jamais teria a capacidade de planejar nada, ela estava presa em um hospício, eu mesmo a coloquei lá, ela estava estragando os meus planos, eu não iria devolver um centavo, a anos que meus pés, não havia ido para fora do país, recomecei meu pequeno negócio, já estava quase conseguindo... Quando a imbecil, descobriu uns errinhos meus, para com o valor pago pela gorda... No entanto, ao vê-lo naquela sala do fórum, mas excitante, másculo, único e com sua gentileza impecável, não poderia perder a essa oportunidade que a vida me entrega de bandeja...

- Não estou entendo a senhorita.

- Se quiser realmente, ver aquele ridícula gorda, que está grávida de três meses, com um tiro na perna, fará tudo que eu pedir, sem pôr a polícia no meio e sem a sem graça da Jandira, ou as consequências serão terríveis.

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