Ela caiu na armadilha. E tudo foi resolvido. Estou aos prantos junto com toda família, nossa menina, foi levada para o hospital, escoltada, com policiais e cinco seguranças particulares, ela estava muito debilitada, comendo macarrão instantâneo e água, a Jandira não se controlou e socou a cara da Andréa, quando a mesma falou sobre a gravidez da nossa Sel. Foi tudo muito rápido, quando ela me apontou a arma, em três minutos, uma policial, a fez soltar a arma, eu sair de sua mira e deixei a polícia fazer sua parte.As meninas e a Jandira estavam na casa da Sellena assistindo tudo.
O Marcelo está assustado com o que viu, está se sentindo mais culpado, precisei chamar o José Pedro, o pai, para dar um calmante, pois com a noticia da gravidez e a indiferença da gestante, o abalou mais ainda, ela mandou um recado que quer conversar comigo e a mãe.
- Será que nossa menina, vai querer manter distância da nossa família?
- Com certeza, ela está triste, magoada, minha luz e vamos respeitar qualquer decisão que ela impor.
- Mas, logo agora, que será mãe? Não vou aceitar, que meu neto nasça longe de nós...
- Jandira...
Minha luz, está muito apegada a Sellena, desde o dia do resgaste, ela não saiu do hospital, só vem em casa, trocar de roupa, porque precisei pedir ao José, que intervisse se acaso, a teimosa quisesse acampar no hospital.
As meninas, falaram que a irmã, só chorou quando as viram e não disse nenhuma palavra, as quatro se abraçaram e fizeram uma oração.
Marcelo, ainda continua a base de calmante, quando acorda é só chorando, dizendo que o egoísmo dele faz mal a muitos, a Dada, está com ele, sempre tentando trazê-lo a realidade, pois, se não acontecesse naquele dia, com certeza, seria outro dia qualquer.
A Germana, não ficou para ver a Sellena, depois da prisão da ex amiga, a pedido de Jandira, dei um valor simbólico e a mesma nem agradeceu, só nos desejou felicidades e que a Sellena possa ser melhor mãe do que ela. A Melzinha, ficou chocada, acreditou que a genitora, poderia ainda, ter um pouco de compaixão, diante da situação, mas a mesma havia deixado claro o seu interesse, ter o valor furtado pela a Andréa.
André, disse que a mesma, não se arrependeu do que fez e se tiver outra oportunidade, faria da mesma forma ou pior e quem sabe ela deveria ter sequestrado a Jandira e não a "gorda". A Holanda, foi pra cima da Andréa, mas André a segurou, como ela resolveu estudar, direito, pediu pra assistir o depoimento da réu e quase fica presa.
A inauguração foi adiada, sem dia para retorno, estamos todos abalados, com esse desfecho.
Alguns jornais, fizeram reportagens sobre obsessão, psicopatia, mas o auge da reportagem, foi sobre Mulheres que Amam de Mais, da escritora Rubi Santos, onde é relatado, as mulheres que amam homens ou mulheres que nunca tiveram intimidade com seus parceiros ou os seus parceiros nunca souberam desse suposto laço afetivo que os envolviam.
Fui até convidado, para dar meu depoimento junto com essa reportagem, mas estava muito preocupado com a saúde da Sellena e Marcelo, ambos estão em mundos diferentes.
- Obrigada, por terem vindo.
- Somos seus pais, meu amor, nunca iremos abandoná-la.
- Eu sei, mãe. E por isso, quero que entendam que eu preciso de um tempo para comigo.
Contive a a Jandira.
- Continua filha. - falo.
- Jamais quero o nosso distanciamento, serei e sou a filha dos Ferreiras, mas preciso caminhar só e agora bem acompanhada.
Fiquei um pouco emocionado, tenho que ser forte por causa da Jaja, a Sellena é ela branca, a mesma intensidade, as risadas, a altivez, decisiva, tudo que as sobrinhas, não puxaram da mãe- tia.
Nossa conversa se estendeu um pouco e o insuportável do José, se acha como médico da Sellena, queria nos pôr para fora do quarto e obvio que não aceitei. Ele pensa que é quem?
- Mas, deixa ver se eu entendi esse rolê. - comenta o médico.
- Veja, o que vai falar...
- A Sellena foi adotada por você e a mãe dela a sequestrou?
- Não. Foi a amiga da mãe que tinha uma obsessão por mim. Acostumada com luxo, me reencontrou na sala de audiência quando adotei minha filha e ali mesmo planejou uma forma de me atingir ou sei lá o que realmente ela queria.
- Você sempre querendo ser o centro das atenções, velho rabugento.
- Já mandei esquecer José, que eu sou bem melhor do que você.
- E quem é a mãe da Sellena?
- A Germana, seu patife, no qual você me deixou quando íamos registrar a Holanda, lembra? - a Jaja o provoca.
- O quê?
- Que mundo minúsculo. - Jaja fala.
- Quem é seu pai Sellena?
- Sou eu José.
- Cala a boca Armando. Sellena quem é seu genitor?
- Ela me falou que meu pai nunca me aceitou... parece que ele não acreditou, que eu pudesse ser sua filha, quando ele descobriu sobre a vida que ela tinha.
- Sellena, eu posso ser seu pai.
- Que conversa é essa seu idiota?
- Armando, Armando, deixa eu falar. Eu era apaixonado, pela Germana, eu era um estudante, ainda, tinha entrado, na faculdade, conheci essa mulher maravilhosa da Jandira, mas ela nunca me amou, porém tivemos momentos incríveis.
- Tivemos mesmos. - Jaja o abraça.
- A Germana nunca me contou sobre sua vida dupla e no dia que descobrir, sobre o que fazia, foi exatamente no momento que me contava sobre a gravidez, eu louco e ensandecido de ciúmes, não quis ouvi-la, me perdoe Sellena...
- Calma, seu José, vá que ela tenha mentido para o senhor, vamos fazer o teste de DNA, eu iria amar tê-lo como pai, mas não podemos esquecer quem é a Germana, veio contar sobre meu cativeiro, ajudou nas investigações, porém na verdade, só queria dinheiro, então, não vamos nos precipitar.
- Também acho, e se acaso você for o pai da minha filha, melhor dizendo o genitor, não vai levá-la de mim, está ciente seu velho ridículo?
- Armando, nem se você me xingasse todo hoje, eu iria me importar, só pela felicidade de ter uma filha, linda, maravilhosa e agora imagina, avó, puta que pariu, transbordo de felicidade.
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Ela é Minha!
ChickLitAté onde os padrões de beleza pode designar quem deve ou não deve ser feliz? E qual necessidade da disputa feminina? E acaso exista alguém que não se importe com tanta negatividade dita para o corpo feminino? E enxergue a mulher e não medidas? Va...