Capítulo Oito

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Admito a minha culpa, fujo de reencontrar o Marcelo, não quero ouvir sua desculpa esfarrapada, na verdade quero saber demais nada, ele fica com a Laura bem longe de mim e eu fico mais de mil léguas de distância.

Passei essas semanas na minha nova morada, apaixonada por cada canto.

A July disse que vai mudar para o prédio, ela amou o meu "pardiê", me contou sobre o escroto que ela está se envolvendo, o desgraçado é médico e canalha.

Contei também sobre o quê aconteceu, a maluca começou a sambar e agradecer aos anjos dos sexos pela força.

Minha amiga é louca.

Ela até cancelou a apresentação de polidance na fazenda, pois não tinha cabeça de ir e encontrar o maldito com alguém, pois ela acha que está apaixonada e olha pra July falar isso, esse cara fez algo ilusitado.

O tomate está gripadinho, o vizinho veio aqui, deixei a chave com Isaías e quando chego está os dois dormindo, no tapete.

Ele disse que meu lar é mágico e transmite paz, que qualquer dia virá dormir de novo, pois ele precisa pôr as energias no lugar.

Não cobrou pelo atendimento, mas mudou a alimentação do pequeno.

Meu trabalho só é gratificante pelo aprendizado, mas pela maioria das pessoas está desagradável, hoje teve uma reunião que seu Armando disse que não precisava participar, entretanto, pediu-me que fosse dar um recado ao Marcelo, minhas pernas bambearam, o coração acelera, mas fui fria, só em abrir a porta e ver aquela melanina toda, uma pequena parte do meu corpo deu cambalhotas.

Saio rapidamente, passo na sala do seu Armando, dou o recado e com medo dele vir atrás, venho voando para casa.

Mais o que adiantou todo minha aulas das três espiãs é demais, se estou em sua frente, junto com seu Armando, na minha casa e com tomate no seu colo, esse vira folha, abanou o rabo quando o viu, traidor.

- Esse é o temido tomate.

- Sim. Se o senhor tentar me bater ele avança pra cima.

Me sentir humilhada.

O pinscher velho, nem se quer movel, a orelha.

Pai e filho rindo de mim.

- Ele sabe que o senhor tem amor por mim, não é falso?

- Filha vir te pedir perdão...

- Nem começa, por favor. Não sabíamos que chegaria a esse ponto sórdido em insinuar algum interesse como homem e mulher, mas já era de se esperar, em menos de vinte e quatro horas dentro de uma empresa alguém iria soltar os venenos.

- Porque você não é minha filha?

- Quem disse que não sou? A Nonoca falou que minha mãe tentou dar o golpe da barriga, vá que não seja o senhor.

- Eu não posso ter filhos minha querida. Tive uma doença quando criança e os médicos já haviam dito que não poderia ser pai.

- E o Marcelo?

- É meu filho com a mãe dele, que chegou em minha vida grávida e eu adotei desde o ventre.

- Gente... Mais o Marcelo é a sua cara.

- Eu sou sobrinho dele. O genitor, irmão dele, batia na minha mãe, até esse maluco chegar e levar minha mãe embora.

- Vou mandar essa história para minha amiga Rubi, ela escreve livros no wattpad. E cadê sua mãe?

- Está em uma casa de repouso, durante a gravidez, papai conta que eles ainda namoravam, porém até os meus três anos de idade.

- Então, o canalha do meu irmão voltou, jurou amor eterno, ela ainda era muito apaixonada por ele, fugiu com ele, ficaram anos sem dar notícias e quando menos esperávamos recebemos uma ligação, o Felipe havia sido assassinado e a Antônia estava em estado vegetativo amarrada na cama.

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