CAPÍTULO TRINTA E UM

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Quando Zahrah acordou naquele dia a ficha ainda não tinha caído, ela não podia acreditar ainda que tudo aquilo estava acontecendo com ela, era demais para sua mente. Não podia imaginar também que ninguém estava lhe procurando, tentando lhe encontrar. Seus pais e Zlatan não iriam jamais se resignar ante seu sequestro, ao contrário, sabe muito bem que fariam de tudo para encontrá-la, o grande problema é que em sua mente eles não teriam as pistas necessárias para chegar onde ela está e seu grande medo era ser encontrada logo após aquele casamento louco que Zaid inventou, pois aí seria ainda mais difícil ela conseguir sua liberdade.

— Meu Deus, o que será de mim? Não irei suportar isso e não aceitarei jamais. — Conversa consigo mesma no quarto em que foi instalada, estando ainda na cama após despertar.

— Bom dia, minha querida, as moças responsáveis por te arrumar já estão lá embaixo, vou pedir que entrem, tudo bem? Terá um dia de rainha. — A mãe de Zaid anuncia após ultrapassar as enormes portas do quarto e abrir as cortinas, permitindo que a claridade matutina invadisse o quarto.

Zahrah a encara com feição de raiva, não entendendo toda aquela felicidade dela.

— A senhora não consegue enxergar o quão absurdo é essa situação toda? Seu filho está me obrigando a me casar com ele. — Rosna com raiva em direção a mais velha, que aparentemente não se abala.

— Estando aqui você precisa e vai entender, menina que assim como o pai, meu filho Zaid faz de tudo para ter sob seu poder tudo aquilo que quer e ele quer você. Não vejo problema algum nos métodos que ele usou. — Expõe sua opinião. — Com o tempo você vai se acostumar à vida aqui, não se preocupe. — Diz séria — Uma das empregadas irá trazer seu café da manhã e logo em seguida mandarei que as moças que vieram para lhe arrumar entrem. — Finaliza e logo deixa o recinto, deixando para trás uma Zahrah com ódio pelo fato dos pais de Zaid e todo o resto da família estarem encobrindo toda aquela situação.

— Meu Deus, me ajude...— sussurra em tom baixo e se põe a rezar, apesar de nunca ter sido religiosa.

A porta é novamente aberta e por ela passa uma funcionária do palácio com uma bandeja com diversos alimentos sobre a mesma e um largo sorriso nos lábios.

— Bom dia, senhora, trouxe seu café da manhã. — Diz, caminhando até a mesa de centro do quarto e depositando a bandeja sobre a mesma. — Com licença.

Tão rápido quanto ela adentra o quarto, ela desaparece, como um animal assustado.

Ela come aos poucos os alimentos presentes na bandeja, que consistia basicamente em pães, queijos, suco, muitas frutas e um copo de leite. Não estava com fome, mas sabia que precisava se manter saudável por seu bebê.

Quando ela menos espera uma comitiva de três mulheres adentram o quarto, após terem a entrada permitida por ela. Carregavam muitas coisas, principalmente um cabide com uma peça coberta por uma enorme capa preta, provavelmente o vestido de noiva.

Zahrah levanta-se sem ao menos dirigir o olhar e segue até o toalete, onde faz sua higiene matinal, logo depois retornando ao quarto.

— Podemos começar, senhorita?  — um delas pergunta de modo simpático, atraindo a atenção da árabe para ela.

— Não vou fazer nada disso, a única forma de me levarem para esse casamento será algemada. — Expõe sua decisão de modo frio. Sabia que elas não tinham nada a ver com aquilo e que não precisava descontar sua raiva nelas, porém para Zahrah todos que de alguma forma ajudavam a fazer aquele casamento acontecer estavam de certa forma compactuando com toda aquela situação.

Elas se entreolham, como se conversassem através do olhar e ela sabia que estavam, pois logo uma delas deixa o quarto, voltando minutos depois acompanhada daquele que Zahrah menos queria ver naquele momento.

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