𝐍𝐀𝐑𝐑𝐀𝐃𝐎𝐑
Meses depois
Amelie já estava com 11 anos e apresentava um grande avanço em suas técnicas de luta, a garota já conseguia empunhar uma espada e possuía uma mira excelente no arco e flecha.
Todos os dias os irmãos se dividiam em duplas e apenas um ficaria de juiz definindo quem ganharia nas lutas. Todos eram extremamente competitivos e não aceitavam uma derrota tão fácil.
Os irmãos Letholdus, Hawise, Grannus e Frederick encaravam os irmãos mais novos Arthur e Amelie lutando, enquanto Edward garantia que nenhum dos dois tentassem trapacear.
Arthur era um grande lutador com espadas, sua visão excepcional o ajudava muito, o rapaz tinha uma capacidade de identificar golpes apenas olhando seu oponente, mas Amelie era rápida o suficiente para aguentar o irmão e sua precipitação era algo incrível, a cada vez que o mais velho parecia que iria ganhar, ela conseguia escapar.
Ambos ja estavam suados e cansados, mas não admitiam perder um para o outro, então Amelie dá seu golpe final, em uma fração de segundo ela passa apenas a ponta de sua espada na cintura do irmão, nenhum deles percebeu que a garota não queria o atingir e sim pegar o cinto do mesmo, foi quase impossível de se perceber.
— Está cansada Lie? Ainda tenho fôlego o suficiente para acabar com você - Arthur a provoca sem perceber o verdadeiro golpe que levou.
— Preste atenção, querido irmão - ao terminar a frase Amelie puxa sua espada para si mesma.
Não demorou muito tempo para que as calças de Arthur fossem ao chão, o deixando apenas de roupa íntima, Amelie se vira para os irmãos mais velhos que estavam de longe e revela um sorriso travesso, típico de uma criança que fez uma arte.
Os meninos impressionados com a habilidade da menina correm até ela a jogando para o ar diversas vezes em meio a risadas.
— Avisei que a macaquinha iria acabar com Arthur - diz Grannus, que toma a irmã em seus braços em um aperto forte e bagunça os cabelos dela, que sempre estavam arrumados em lindos cachos.
— Isso não tem graça, sempre combinamos sem golpes abaixo da cintura - um Arthur indignado interrompe a festa dos irmãos após arrumar suas calças.
— Edward, me diga bem como foi o golpe, ja que é nosso juiz - Letholdus diz sem segurar uma risada e cruzando os braços.
— Tenho que concordar com Arthur quando combinamos que golpes abaixo da cintura não eram permitidos, porém Amelie foi esperta o suficiente para o atingir exatamente na cintura, então, Lie é a vencedora - Edward fala enquanto abraça Amelie em uma comemoração.
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Durante o jantar era quase impossível de se entenderem, cada um conversava sobre algo diferente e cada vez mais alto, com aquele cenário a Amelie já havia pedido cinco vezes para algum dos irmãos lhe passar as batatas, o único que escutou foi Arthur, mas ele ainda estava bravo pelo incidente mais cedo com sua calça, ela sabia que aquela era uma maneira de vingança, mas já estava lhe tirando a paciência.
— Alguém nessa casa tem a capacidade e a decência de me passar a porcaria das batatas? - Amelie grita se levantando e batendo as mãos na mesa, fazendo com que a jarra de água acabasse por explodir.
Todos da família ficam em silêncio ao ver o que Amelie havia feito sem nem ao menos chegar perto da jarra. Thyeri olha espantado para a filha, mas ao mesmo tempo sabia que aquela demonstração de raiva repentina e o incidente com a jarra era da magia florescendo em seu corpo.
— Me desculpem - Amelie se senta envergonhada ao perceber que todos a encaravam e Edward que estava sentado ao seu lado lhe passa o pequeno pote de batatas e a serve com as menores, que eram suas favoritas.
•
Amelie estava sentada em sua cama ainda pensativa sobre o que aconteceu no jantar. Frederick e Arthur riam alto no quarto sem nem ao menos perceber que a irmãzinha estava assustada consigo mesma.
— Meninos, saíam do quarto, preciso ter uma conversa com, Amelie - Thyeri diz entrando no quarto com um livro em baixo do braço.
Os dois rapazes saem remsugando do quarto emcarando o pai que apenas os olhava sério e dava passagem para saírem. Quando os mesmos finalmente se retiram, Thyeri se senta na ponta da cama de Amelie e sorri para a menina.
— Papai, me desculpe pelo o que aconteceu no jantar, eu juro que não sei o que aconteceu com a jarra - Amelie se aconchega nos braços do pai.
— Não peça desculpas, eu entendo exatamente o que aconteceu minha querida, e vim lhe explicar. A muito tempo atrás nasceu uma mulher em minha família, ela era diferente de todas as que já nasceram, ela tinha um poder interno e ele era lindo, conseguia criar coisas incríveis com apenas o poder da mente e algumas palavrinhas, mas esse não é o ponto principal, o que aconteceu foi que todas as mulheres que vieram dela também nasceram com esse poder incrível, até chegar em você, minha princesinha, papai não poderia herdar isso, sua avó teve grandes complicações em meu parto, não poderia arriscar sua vida em mais um bebê, então a missão de ter mais uma mulher foi passada para mim, esse também é um dos motivos de ter tantos irmãos, meu amor - Diz Thyeri risonho.
— Precisávamos do nosso pequeno milagre, você. - Thyeri fala com calma e com certo receio de assustar Amelie. - Todas as lindas mulheres da nossa família que possuíam essa beleza interior tinham um livro, ele se chama grimório, é nele onde você deixará suas anotações e feitiços que você criar. - ele entrega um livro com uma capa de couro e uma pequena fita que o deixava fechado.
— Me deixe orgulhoso, princesinha. - Disse seu pai, fazendo um leve carinho em sua cabeça.
— Não posso garantir que consiga ser tão grande como as mulheres da nossa família, mas farei o possível para lhe deixar orgulhoso, papai. - Amelie sorri pegando o grimório das mãos do pai.
— Não meu amor, não quero que se empenhe em ser como as outras, quero que seja você mesma, a linda, doce e gentil Amelie, nunca se esqueça de ser boa, querida. - Thyeri deixa um beijo na testa de sua filha e sorri para a pequena.
— Confio na minha pequenina e sei que irá ser boa meu amor, mas agora já está ficando tarde de mais para uma mocinha ficar acordada. - Thyeri deita a Amelie na cama a cobrindo com cuidado e beija sua testa com carinho. - Descanse bem, amanhã vamos ter um longo dia com seu primeiro treinamento de magia. Bons sonhos minha princesinha, eu te amo. - ele deixa um último carinho nos cabelos da filha e sorri saindo do quarto.
— Também te amo, papai.
CAPÍTULOS TODAS SEGUNDAS, QUARTA E SEXTA <3
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𝐎𝐑𝐈𝐆𝐄𝐌 𝐃𝐀 𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈𝐂𝐀𝐎 ✵ 𝐍𝐈𝐊𝐋𝐀𝐔𝐒 𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍
VampireMuitos acreditam que a origem dos lobos é desconhecida, porém a história não é bem assim. Homens e Mulheres que se transformam em bestas da lua começaram em 500 D.C após uma praga. Após a princesa Ayla ter seu envolvimento com um servo e acabar engr...