CAPÍTULO 29 PARTE 1

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𝐀𝐌𝐄𝐋𝐈𝐄'𝐒 𝐏𝐎𝐈𝐍𝐓 𝐎𝐅 𝐕𝐈𝐄𝐖

Agradeço com um sorriso ao ser servida com meu whisky, o homem sentado ao meu lado parecida buscar palavras para iniciar uma aproximação, mas meu corpo já estava com os pelos arrepiados antes mesmo de qualquer coisa, uma sensação de perigo já tomava posse de meu peito e um silêncio reinava em meus ouvidos, sem batimentos cardíacos.

— Perdoe o incômodo, mas nunca lhe vi pela região - o tal diz com seu sotaque forte e sorrio de lado.

— Talvez pelo o motivo de eu não pertencer a New Orleans - respondo enquanto bebericava a bebida alcoólica.

— Está esperando por alguém? - o mesmo pergunta virando seu corpo em minha direção, um sinal claro de que seu foco e interesse estavam em minha movimentação.

— Não é de meu feitio esperar - respondo repetindo seu ato de virar o corpo.

— Adoraria sabe então o real motivo de estar aqui - ele diz deixando um sorriso tomar conta de seus lábios vermelhos, uma expressão quase sádica.

— Vim tomar algo que me pertence por direito - respondo após terminar minha bebida.

— E por acaso isso seria?... - ele insinua querendo que eu continuasse a conversa.

Acabo por escapar um riso e me levanto após deixar o pagamento junto com uma gorjeta no balcão.

— Qual seria a graça se eu lhe contasse, vampirinho? - digo em um sussuro em seu ouvido, o que me faz deixar um leve riso ali.

Dou as costas querendo sair do local, mas antes senti um aperto no pulso.

— Sabe quem eu sou? - veias negras tomam seu rosto, o que logo somem em uma tentativa de me amedrontar.

— Claro que sei, um vampiro com complexo de superioridade - digo e logo escuto uma risada irônica sair dos lábios do homem enquanto soltava lentamente meu pulso.

— Como descobriu que não sou humano, love? - ele pergunta cruzando os braços e rio anasalado.

— Sem batimentos cardíacos, love - digo retribuído o apelido e volto a seguir meu caminho para fora do bar.

Caminho lentamente enquanto olhava em todas as placas, o tal Quartel Francês era bem maior do que eu esperava para um bairro lotado de sobrenaturais.

Entro em uma rua mais vazia, parece que poucas pessoas haviam coragem de se aventurar por aquela parte.

Desvio meu olhar para o único prédio iluminado, poucos conseguiam entrar ali sem terem o caminho interrompido pelos seguranças, analiso de longe a instalação e arqueio uma sobrancelha.

— Ficar admirando não vai matar sua vontade de entrar - me assusto com uma voz arrastada em meu ouvido e me viro vendo a presença.

Me deparo com um homem alto, por volta de 1,80 de altura, cabelos bem cortados, uma barba feita e roupas com um estilo mais despojado.

— E você, quem seria? - pergunto desconfiada vendo o sorriso do homem.

— Marcellus, para os íntimos, Marcel... E o seu? - ele me responde com um sorriso típico de um bom galanteador.

— Amelie, mas sem apelido para os mais íntimos - respondo e volto a analisar o prédio.

— Está buscando algo? Parece interessada no prédio - me viro durante um segundo prestando atenção no homem, novamente sem batimentos e arrumo minha postura em alerta.

𝐎𝐑𝐈𝐆𝐄𝐌 𝐃𝐀 𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈𝐂𝐀𝐎 ✵ 𝐍𝐈𝐊𝐋𝐀𝐔𝐒 𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora