CAPÍTULO 7

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𝐀𝐌𝐄𝐋𝐈𝐄'𝐒 𝐏𝐎𝐈𝐍𝐓 𝐎𝐅 𝐕𝐈𝐄𝐖

— Está gostando do vilarejo, Edmundo? - sorrio envergonhada tentando puxar assunto.

— Para ser sincero, estou sim, um dos vizinhos tem um cavalo incrível, disse que vai me ensinar a cavalgar um dia, estou ansioso - ele volta a se sentar ao meu lado e também coloca os pés na água.

— Um dia vou levar minha esposa para correr em um cavalo comigo - Edmundo diz sorridente e me encara.

— Nem me fale em casamento, minha mãe está obcecada que eu arrume um pretendente, mas acabei de fazer 11 anos - digo frustrada e desvio o olhar.

— Entendo, vejo constantemente minha mãe arrumando Danielle, chega a ser engraçado as duas discutindo, a questão é que minha irmã quer se casar, mas se recusa a concordar com qualquer união forçada e não chega perto de nenhum dos pretendentes - sinto o garoto segurar minha mão ao terminar de falar e me viro o encarando.

— Já eu não me sinto pronta para um casamento, tenho muito o que aproveitar ainda, tenho que descobrir o mundo, me descobrir, e além de tudo, descobrir o que é o amor verdadeiro... Meus pais se casaram de forma arranjada, seu amor não floresceu de maneira natural, sim pela convivência - respondo pensativa.

— Meu pai é realmente muito carinhoso com minha mãe e ela retribui seu toque, mas é errado dizer que seu amor foi a primeira vista - percebo que estava falando de mais e balanço minha cabeça espantando esses pensamentos

— Estou falando muito, desculpe - abaixo minha cabeça e escuto sua risada anasalada.

— Não peça desculpas, gosto de... - escuto um pigarro nos fazendo virar pra trás e me levanto soltando a mão de Edmundo.

— Quem é esse, Amelie? - Grannus pergunta sendo seguido por Letholdus.

— Pelo visto está bem, já se encontrou com um garoto - Letholdus cruza os braços e reviro os olhos.

— Estão sendo patéticos, esse é Edmundo, meu amigo - digo irritada saindo do rio sendo seguida pelo garoto.

— Eu preciso ir Amelie... Espero nos encontrarmos de novo algum dia desses - ele beija minha mão me fazendo sorrir corada.

— Garoto, está passandos dos limites - Grannus diz com raiva e dou uma risada anasalada ao ver Edmundo sair correndo.

— Onde arranjou essa flor? - Letholdus tira a planta da minha orelha e tento pegar de suas mãos.

— Foi um presente, me dê isso - grito com ele.

— Um presente de quem? Daquele garoto que com certeza só quer se aproveitar de você? - Grannus grita no mesmo tom comigo.

— Tenho 11 anos, Grannus, não é como se eu fosse uma daquelas oferecidas que você e Letholdus ficam por ai, aliás, não me lembro de ter chamado nenhum de vocês, por que não conseguem me deixar em paz? Não aguento mais esse ciúmes idiota de todos vocês - seco uma lágrima teimosa e saio batendo os pés.

— Não nos dê as costas, mocinha - Letholdus segura meu braço, o olho com raiva e me assusto ao ver que ele leva um choque.

𝐎𝐑𝐈𝐆𝐄𝐌 𝐃𝐀 𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈𝐂𝐀𝐎 ✵ 𝐍𝐈𝐊𝐋𝐀𝐔𝐒 𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora