𝐎𝐑𝐈𝐆𝐄𝐌 𝐃𝐀 𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈𝐂𝐀𝐎 ✵ 𝐍𝐈𝐊𝐋𝐀𝐔𝐒 𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍

CAPÍTULO 35

𝐍𝐈𝐊𝐋𝐀𝐔𝐒 𝐏𝐎𝐈𝐍𝐓 𝐎𝐅 𝐕𝐈𝐄𝐖

Me apoio no parapeito do segundo andar do Quartel enquanto bebia whisky. Minha cabeça estava uma bagunça. Amelie havia saído, ela iria comunicar Rebekah que o plano estava concluído, mesmo que de uma maneira diferente. Marcel estava receoso em falar comigo, mas ainda sim ele fez.

— O quanto a Cami, viu? - Marcellus pergunta se aproximando.

— Ela só viu a discussão, nada que não se ajeite - digo fingindo não saber de nada, na verdade ela havia visto tudo entre a briga de Marcel e Thyeri.

O homem em minha frente bufa decepcionado consigo mesmo.

— Você gosta dela né? - pergunto

— Gosto por ela não ser parte de nada disso, as vezes é bom ver o mundo como os humanos vêm - Marcel responde, onde essa foi a minha vez de ficar em silêncio.

— Sinto muito pelo o Thyeri, sabia? Ele parecia ser um bom amigo - digo

— Eu quem transformei o que ele era, obviamente eu errei em confiar nele - Marcel responde e me viro.

— Isso não muda nada - rebato.

Eu quem transformei Marcellus, o tirei de um lugar horrível, o criei e ensinei a ser quem é, ser vampiro ou eu ter confiado nele nunca influenciou.

Acabamos por ficar em um silêncio constrangedor, escutando apenas o som ambiente da música que havia restado da festa.

— Com licença - digo após terminar minha bebida e desço as escadas saindo do prédio

•

Saio do prédio andando lentamente pela rua, não tardando em entrar no bar de sempre, Rousseau's.

Acabo por encontrar uma Camille frustrada bebericando uma grande caneca de cerveja. Me sento ao seu lado tomando a atenção da garota e respiro fundo.

— Cami... - digo iniciando a conversa.

— Nem começa, é o código masculino, você veio aqui para limpar a barra do seu amigo, legal da sua parte... - ela diz

— Mas já te magoaram e você nao quer correr riscos - argumento

— Algo parecido... O cara que eu vi hoje, achei que ele não era assim, e se ele foi capaz de fazer uma coisa daquelas... - Camille responde.

— Parece mais com um coração partido, traíram sua confiança... É isso né? - digo deixando um pequeno sorriso de lado tomar meus lábios ao perceber que acertei, já que ela se calou — A garçonete corajosa... - digo entre sorrisos.

A loira se permite sorrir por alguns segundos o que me faz cair em si. Talvez a humana não fosse a certa.

— Me desculpe, mas eu preciso que você dê ao Marcel outra chance - digo sério o que faz a mesma parar de sorrir.

— Nossa, eu... eu entendi tudo errado - ela argumenta.

— Não, você entendeu tudo certo, mas temos nossos papéis - respondo me aproximando cada vez mais dela.