CAPÍTULO 27

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𝐀𝐌𝐄𝐋𝐈𝐄'𝐒 𝐏𝐎𝐈𝐍𝐓 𝐎𝐅 𝐕𝐈𝐄𝐖

Ergo meu olhar encarando uma Esther confusa que lia um de meus grimórios.

— Algum problema, Esther? - pergunto voltando a moer ervas.

— Seus feitiços são tão diferentes do que estava acostumada com as Bennett, você usa a lua como elemento principal, não compreendo - a bruxa me responde.

— É simples, feitiços e rituais poderosos precisam estar ligados em algo muito mais poderoso, a lua contém uma concentração mística e natural, controla marés, o crescimento, a morte, e até mesmo as bestas da noite - digo em um suspiro.

— Lobisomens... - a loira completa e assinto.

— A lua cheia tem poderes muito mais fortes, ela tem a capacidade psíquica de conversar com o lado mais obscuro e oculto dos seres que nos habita - respondo.

— Você é bem ligada em magia ancestral, não é? - Esther pergunta.

— Todas as bruxas são, afinal nos controlam e decidem nosso começo e fim - digo a entregando um pilão após terminar de moer as ervas.

— Amelie...Quando vai me ensinar feitiços grandes? Só estou lendo e não é isso que quero aprender coisas mais poderosas - a Mikaelson diz sorrindo e arqueio uma sobrancelha.

— E o que seria? - pergunto interessada.

— Não sei, mas ao menos poderia me deixar pesquisar mais em seus grimórios antigos - a bruxa mais nova diz passando a mão na capa de couro do grimório, o tal que estava o antigo feitiço da imortalidade de Qetsiyah.

Ao perceber as intenções da loira eu deixo um pequeno tapa em sua mão e retiro o livro de perto da mesma.

— Escute bem Esther, se quer aprender algo grande e tão poderoso como anseia, primeiro precisa de força o suficiente para isso, e sendo sincera, você não tem... Volte a estudar os feitiços que lhe passei - digo séria fazendo a mulher fechar sua expressão e voltar a ler em silêncio.

— Lhe disse que estou esperando um menino? - Esther diz tentando mudar de assunto e respiro fundo.

— Não, mas eu já tinha conhecimento sobre isso - respondo seca.

— Como sabia? - a mulher pergunta confusa.

— Sua barriga está baixa e Elijah me contou - digo e em uma fração de segundo me recordo que o garoto não queria que sua mãe soubesse do fato dele ser um aprendiz meu.

— Elijah? Está se encontrando com ele? - a loira pergunta.

— Não, ele apenas é um garoto falante, acabou por contar em um acidente - digo e engulo em seco.

Apoiava minhas costas em uma árvore e sorria boba vendo Madeleine se divertindo com os peixes do pequeno riacho, a O'connell era uma garota fascinante, muito gentil, engraçada, divertida e meiga, com toda certeza enchia os olhos de quem a visse.

— Deixe os pobres peixes fazerem seu ciclo, Madeleine, creio que não gostaria de tentar ser capturada em seu próprio ambiente - digo me aproximando lentamente.

𝐎𝐑𝐈𝐆𝐄𝐌 𝐃𝐀 𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈𝐂𝐀𝐎 ✵ 𝐍𝐈𝐊𝐋𝐀𝐔𝐒 𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora