CAPÍTULO 4

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𝐀𝐌𝐄𝐋𝐈𝐄'𝐒 𝐏𝐎𝐈𝐍𝐓 𝐎𝐅 𝐕𝐈𝐄𝐖

Manhã do dia seguinte

Estava terminando de me arrumar quando mamãe bateu em minha porta.

— Se arrume logo, vamos para a feira comprar mais suprimentos, seu pai e seus irmãos já foram caçar - Disse me enquanto tirava o simples avental.

— Já estou terminando, irei apenas fazer uma trança em meu cabelo.

Começo a separar as mechas de meu cabelo e o trançar.

— Escolha as batatas em melhores condições, minha filha - Diz mamãe pegando nove cenouras e as colocando dentro de uma vasilha.

Começo a escolher as batatas, quando senti um leve toque em minha mão. Encaro de soslaio e percebo que é uma garota.

— Desculpe-me.

— Está tudo bem, eu também não lhe vi - Encaro a garota em meu lado e noto que ela possuía bochechas levemente coradas e cabelos castanhos.

— Para começar nossos treinos você precisa entender que sua magia vem da natureza, ou seja, precisa estar em alinhamento com os elementos, terra, ar, fogo e água, ou não conseguirá ativar sua verdadeira força, querida - meu pai dizia enquanto me guiava para o pequeno jardim de casa que possuíam botões de flores ainda fechados.

— Em nossa primeira aula iremos estudar o elemento terra, começaremos com algo básico, aqui você vai desabrochar alguns botões de rosas - Thyeri diz me posicionando na frente das roseiras.

— Como farei isso, pai? Não temos caldeirões nem nada do tipo - cruzo os braços o encarando.

— Bruxas são bem mais do que aquelas representações errôneas em contos, não será necessário nenhum caldeirão, ingredientes estranhos ou poções de cores vibrantes, a única coisa que você precisa fazer é se concentrar, mentalize esse pequeno botão como uma linda rosa e diga Phasmatos Tribum, Melan Veras, apenas foque e fale, e se precisar, repita - ele sorri enquanto repousa as mãos em meus ombros - Se concentre e deixe minha voz lhe guiar.

Fecho os olhos imaginando a rosa se abrindo como lindas flores na primavera quando são beijadas pelo sol

— Phasmatos Tribum, Melan Veras.

Não sabia se estava conseguindo algo mas sentia um tipo de palpitação em minha cabeça.

— Creia que é uma flor forte, que sobreviverá a chuvas, neves e até o dia mais quente do verão, que ela crescerá com uma beleza incrível. - meu pai diz próximo do meu ouvido.

Já fazia um certo tempo que tentava desabrochar aquela rosa mas minha cabeça palpitava muito e não sabia se ocorreria algo, então abro meus olhos e me viro para meu pai.

— Eu desisto, não funciona e o senhor nem ao menos me diz se a rosa está abrindo ou algo do tipo, acho que está imaginando coisas, papai.

— Olhe para a flor, querida - ele sorri orgulhoso.

Me viro para o botão a tempo de o ver se abrindo, onde uma grande rosa de um tom tão avermelhado que quase se assemelhava ao sangue.

𝐎𝐑𝐈𝐆𝐄𝐌 𝐃𝐀 𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈𝐂𝐀𝐎 ✵ 𝐍𝐈𝐊𝐋𝐀𝐔𝐒 𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora