Capítulo 8 - Bem vinda à cidade.

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(Seu nome)

Acordo duas horas antes do meu vôo, fiz as minhas higienes matinais e vesti uma roupa. Arrumei o meu cabelo, tomei um café da manhã bem rápido e fui me despedir dos meus pais. Quando saio de casa, passo no banco e retiro metade do meu dinheiro guardado, caso eu precise de mais, depois eu busco. Cheguei no aeroporto faltando trinta minutos para o meu avião sair, aproveitei esse tempo para enviar uma mensagem a Cléo.

S/N: Bom dia, Cléo. Jessy está bem?

Cléo: Sim, ontem eu a visitei e ela está sendo bem cuidada. Não precisa se preocupar.

S/N: Ainda bem. Aliás, eu estou indo pra Duskwood, chego em algumas horas. Eu vou pegar um Uber assim que chegar e deixar as minhas coisas no hotel, depois vou visitar a Jessy. Você pode me enviar o endereço do hospital que ela está? E não conte isso a ninguém, por favor.

Cléo: Que bom que está vindo pra cá, fico feliz de te conhecer pessoalmente. Vou te mandar o endereço e não vou falar pra ninguém, pode confiar em mim.

S/N: Obrigada.

Meu vôo finalmente é anunciado e vou para o avião. Quando estou dentro dele, guardo as minhas malas e me sento ao lado da janela, sentindo que estava se distanciando cada vez mais do chão. Coloquei os meus fones de ouvido e esperei chegar até o meu destino, demoraria poucas horas para chegar. Sinto um frio na barriga lembrando que estou indo direto para os braços do sequestrador, eu espero que consiga fazer tudo certo.

Horas depois eu desembarco na cidade, fui carregando minhas malas no meio daquela multidão de gente e fui esperar o meu carro. Assim que ele chegou, o motorista me ajudou com a bagagem e dirigiu por dez minutos está chegarmos em frente ao meu hotel. Durante o caminho até lá, fiquei observando a cidade pela janela e ela é realmente muito bonita.

Entrei no hotel que também era muito bonito e peguei a minha chave, ficarei hospedada no terceiro andar no quarto 312. Fui até ele de elevador e o procurei no longo corredor, quando entrei no quarto, fiquei boquiaberta ao ver o quanto ele é chique e espaçoso.

Comecei a organizar minhas coisas, deixei meu notebook na escrivaninha e fui tomar um banho. Essa cidade tem um clima frio, então tive que vestir algumas camadas de roupa a mais.

Saí do hotel mais uma vez e segui até o endereço que Cléo me enviou. Chegando no hospital, assim que me viram, todos eles vieram correndo até mim e os abracei.

— Que bom que vejo pra cá. Precisamos muito de você por perto — diz Cléo ao desfazer o abraço.

— Fiquei feliz quando te vi — confessa Richy, com um grande sorriso no rosto.

— É bom finalmente conhecer vocês e a cidade, estava ansiosa por isso — digo — Por favor, me levem até o quarto da Jessy.

Caminhamos juntos até onde Jessy estava, atravessamos um longo corredor e durante o caminho fui contando sobre a minha viagem. Chegamos no quarto e comecei a abrir a porta, mas notei que eles ficaram parados atrás de mim me olhando.

— Vocês não vem?

— Ela vai gostar de te ver, vamos dar um tempo para vocês conversarem — responde Cléo.

— Depois entramos — completa Richy.

Fiz um sinal de confirmação e entrei na sala, Jessy parecia estar dormindo, então me sentei na poltrona ao lado da cama e a observei por alguns segundos. Haviam alguns machucados pelo seu rosto, mas estavam cobertos pelos curativos.

— Jessy? — a chamo.

Lentamente ela começa a acordar e se vira para mim, seus olhos se enchem de lágrimas e ela abre os braços para receber um abraço meu. Me levantei e a envolvi nos meus braços, sem a apertar muito com medo de fazê-la sentir dor. Jessy apoiou seu rosto na curvatura do meu pescoço e ficou ali por um tempo.

— Eu vim o mais rápido que pude. Sinto muito pelo o que aconteceu, por não ter conseguido te proteger daquele monstro, mas agora ficarei aqui. Como você está?

— Foi só um susto, logo eu ficarei bem e posso voltar pra casa. Você não tem ideia do quanto estou feliz em te ver — ela confessa enquanto limpa algumas lágrimas que desceram. — É muito bom finalmente te conhecer, mesmo que seja nessa situação.

Nós duas nos falamos por mais alguns minutos até que uma enfermeira veio me avisar que o horário de visitas tinha acabado. Deixei um beijo no topo da cabeça dela e me despedi, disse que voltaria no dia seguinte e tiraria um tempo para visitar o Dan também.

Richy, Thomas, Cléo e eu assim que saímos do hospital fomos até uma sorveteria que tinha ali perto para comemorem a minha chegada. Passamos o restante da tarde juntos, depois fomos para uma praça antes de anoitecer e terminamos os sorvetes lá. Assim que anoiteceu, Thomas e Cléo tiveram que ir embora, então me despedi deles. Restou somente Richy e eu na praça, ele saiu de onde estava e se sentou bem ao meu lado.

— Está de noite, não devemos ficar sozinhos aqui. Não se esqueça que há um sequestrador atrás da gente — falo para o Richy que solta uma risada.

— Isso é verdade. Aqui é muito perigoso pra você.

— Pra você também.

Richy olha diretamente nos meus olhos e dá um sorrisinho.

— Sim, pra mim também — diz ele.

Ficamos ali por mais alguns minutos até terminarmos o sorvete, me levantei do banco e joguei o pote no lixo. Richy também se levantou e veio até mim, ficando em pé bem na minha frente.

— Vou voltar pro hotel agora — falo.

— Quer que eu te leve?

— Não precisa, ele é bem perto daqui — pego a minha bolsa e dou um abraço nele. — Vá pra casa, Richy.

Ele beija a minha bochecha e desfaz o abraço antes de me responder.

— Te vejo amanhã? — ele pergunta.

— Sim, nos vemos amanhã.

Sorri para ele e segui o meu caminho na direção oposta. Entrei em uma longa rua escura e comecei a apressar o meu passo, o hotel fica cerca de dez minutos daqui. Fiquei me lembrando de alguns momentos que tive durante essa tarde, mas, de repente, uma sensação estranha percorre meu corpo.

Eu estava sendo seguida. Aumentei cada vez a velocidade dos meus passos para sair daquela rua deserta o mais rápido possível. Olhei para trás e não vi ninguém, a rua estava escura. Quando eu estava prestes a virar a esquina, sinto alguém me segurando por trás e colocando a mão na minha boca, me impossibilitando de gritar. Começo a me rebater entre seus braços, todas as minhas tentativas de fugir foram falhas, ele é bem mais forte do que eu. Fui arrastada para um beco que tinha na rua escura, o homem continuou me segurando e me pressionou contra a parede.

— Calma, S/n. Você precisa ficar calada.

Eu Sempre Soube (DUSKWOOD)Onde histórias criam vida. Descubra agora