Capítulo 39 - Notícias ruins.

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Jake

Me assusto com os murros que estavam dando na porta, S/n sai de cima de mim e corremos até o andar de baixo. Ela pega uma faca e olha no olho mágico, depois diz que não consegue ver ninguém na porta e logo já imaginamos que fosse a polícia. Pego um taco de beisebol e me posiciono perto da porta.

— Jacob? N/f? Vocês estão em casa?

Olho para S/n, que já me olhava confusa.

— São Lucy e Ryan? — ela pergunta baixinho e eu assinto.

S/n larga a faca e esconde atrás de um vaso de flores, eu coloco o taco no chão e abro a porta.

— Querem alguma coisa? — pergunto ao abrir metade da porta.

— Oh céus... eu fiquei preocupada com vocês. Estamos há dias tentando falar com vocês, mas nunca estavam em casa. Vocês viajaram? — pergunta Lucy.

— Sim, nos viajamos. Estamos meio ocupados agora, então outro dia a gente se fala — tento fechar a porta, mas sou impedido.

— Será que eu só posso falar com a minha amiga N/f rapidinho?

— O que foi, Lucy? — S/n aparece na porta.

— Você está toda machucada, aconteceu alguma coisa entre vocês? — Ryan interfere.

— Sofri um acidente de moto. Olha... eu e meu noivo estamos ocupados agora então por que não voltam depois?

Os dois ficaram um tempo com uma feição desconfiada olhando para nós, mas logo depois aceitaram e foram embora. Fechei a porta e S/n ficou os observando sairem da nossa casa pela janela.

— O papinho desses dois não me desce... não deveríamos morar num lugar mais discreto? Com apenas a nossa casa?

— Te garanto que essa casa é a nossa melhor opção. E também não podemos simplesmente nos mudar, uma casa custa caro, sabia? Eu ainda nem terminei de pagar essa.

— Eu sei, Jake, mas estamos muito expostos. Eu não sei, mas parece que sempre estamos sendo vigiados por alguém.

O celular no bolso de trás da calça dela começa a tocar, olhei de relance e vi o nome do Dan no identificador. S/n o atendeu rapidamente.

(Seu nome)

— S/n, no que foi que você se meteu? — esbraveja Dan. — Acabei de receber uma ligação da polícia e eles querem me interrogar!

Retiro o celular do ouvido e coloco no viva voz para Jake também escutar.

— De acordo com eles, uma cápsula de bala da minha arma foi encontrada na cena da morte do Richy. Você ainda está com ela?

— Não...

— Acho bom você me contar tudo que aconteceu nesses dias. Por que seu nome está passando em todos os jornais?

— Eu fui sequestrada, o homem sem rosto era o Richy. O hacker foi até lá me salvar e o Richy tentou matar nós dois. Foi legítima defesa.

— O quê? Richy já não estava morto? É verdade o que os noticiários estão falando?

Sinto meu estômago embrulhar com as lembranças daquela noite, Jake percebe o meu incômodo e acaricia minhas costas, na tentativa de me aliviar um pouco.

Eu Sempre Soube (DUSKWOOD)Onde histórias criam vida. Descubra agora