Capítulo 35 - Cativeiro.

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Jake

Acordo com a minha cabeça latejando de dor, olho em volta do quarto e reconheço as coisas da Lilly, sinto um peso a mais na parte inferior da cama e consigo ver os cabelos loiros da minha irmã. Ela estava sentada em uma cadeira e dormiu apoiada na cama. Me sento na borda e as memórias voltam até a minha mente, tento me levantar rápido e a dor fica ainda mais forte.

— Jake! Você acordou! — Lilly corre até mim e me abraça forte. — Eu estava tão preocupada.

— Onde está a S/n? Eu preciso ir atrás dela — tiro Lilly dos meus braços e coloco os pés no chão.

— Como assim?

— Que pergunta é essa? Ontem a noite eu vim me encontrar com ela e um homem de carro quase me matou e a sequestrou.

— S/n foi sequestrada?!

— Lilly, me dê meu notebook e um remédio pra dor... e um copo bem cheio de café.

A dor na minha cabeça ficava cada vez mais insuportável, não conseguia abrir os olhos e nem andar. Meu peito estava apertado só de imaginar no que poderia ter acontecido com S/n, eu não suportaria mais uma perda na minha vida, principalmente da mulher que me ama.

Lilly chega no quarto com tudo que eu pedi e me entrega, tomo o remédio seco e pego o meu notebook. Tentei localizar o celular da S/n e não tive sucesso. Pego o copo de café e não ligo para o quão quente ele estava, deixo o líquido queimar a minha garganta e continuo fazendo o máximo para encontrar qualquer pistas sobre ela.

— Jake? Eu posso avisar aos outros? Eles também se preocupam com ela — Lilly me olhava com os olhos cheios de lágrimas.

— Desculpa, mas não sei se eles vão nos ajudar em algo, sinto que só vão servir para chorar, tentar ajudar e só piorar as coisas.

— Ok...

— Mas tem uma exceção, ela me contou bastante sobre a relação dela com Dan, eles são melhores amigos ou algo do tipo... se quiser avisar à ele seria ótimo. Eu particularmente não confio em nenhum deles, mas sei que ela confia nele, então só me resta essa opção.

— Eles são bem próximos mesmo, isso me surpreende um pouco porque eles viviam em pé de guerra no começo. Acho que a personalidade deles se conectaram e eles se entenderam.

— Personalidade? Eu não os acho nada parecidos.

— Como não? Os dois são explosivos, se estressam com facilidade, fazem piadas em momentos sérios, tem um gosto musical parecido, humor questionável...

— Olhando por esse lado, até pode ser verdade.

— Jake, nós vamos encontrá-la. Nós somos fortes, mas ela é bem mais, não se preocupe. Eu vou avisar o Dan.

Minha irmã sai de casa e me deixa ali olhando pro nada, sinto lágrimas tomando conta do meu rosto e não consigo controlar o meu choro. Começo a chorar desesperado a ponto de soluçar, a dor que eu sentia era bem mais forte do que a física, eu sentia que tinha perdido a S/n, que nunca mais a veria e não conseguiria suportar isso.

Limpo o meu rosto e volto a minha atenção para a tela do computador, continuo tentando encontrar S/n até que vejo uma movimentação estranha na minha tela.

Eu Sempre Soube (DUSKWOOD)Onde histórias criam vida. Descubra agora