Capítulo 41 - Trauma.

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(Seu nome)

Lilly me contou sobre a Hannah e fiquei totalmente em choque. Isso não devia ter acontecido... os nossos esforços deveriam ter sido recompensados. Me sentei no chão e comecei a chorar, senti que tudo aquilo foi culpa minha, eu poderia ter feito algo diferente. Ela também me mandou foto do bilhete que os policiais acharam no local, eu li aquilo com o coração apertado. Eu não tenho forças pra dizer aquilo ao Jake, eu não sei como ele vai reagir. Todos nós nos esforçamos tanto para encontrá-la, chegamos tão perto, mas tarde. Hannah não conseguiu aguentar por somente mais algumas horas.

Eu senti falta de ar, não estava conseguindo me levantar e na minha cabeça se passavam mil coisas. Jake precisava saber daquilo, Lilly me pediu para contar a ele, mas eu não sei se consigo. Pego o meu celular e ligo pra ela, quando ela atende, começo a falar baixo.

— Lilly... Eu sinto muito, muito mesmo.

— Estávamos tão perto... íamos encontrá-la... ela voltaria pra casa... — Lilly parecia estar horrorizada. — Isso não pode ser verdade, S/n. A minha irmã não...

— Eu sinto muito...

Eu estava em completo choque, aquelas eram as únicas palavras que eu conseguia dizer pra ela. Se eu tivesse sido um pouco mais rápida, se eu tivesse fugido da casa antes... Uma simples mudança no meu passado seria capaz de salvar a vida da Hannah, mas já é tarde demais.

Desligo a ligação e largo o celular no chão. Corri até o banheiro e me sentei no chão, minha dificuldade para respirar estava pior e meu peito doía. Abro o armário e pego os meus remédios que uso para controlar minhas crises de ansiedade desde que matei o Richy. Coloco três comprimidos na mão e engulo com a água da torneira. Me sento no chão novamente e fecho os olhos tentando me controlar.

Eu fiquei por horas no banheiro, perdi totalmente a noção de tempo e cheguei a me esquecer que Jake também está na casa e precisa saber, mas ele ainda estava bravo comigo, não sei se agora é um bom momento.

— S/n? Você tá bem?

Me assusto quando ele bate na porta de repente.

— Sim, eu tô bem. Só preciso de um tempo sozinha.

— Está acontecendo aquilo de novo? Você quer que eu te ajude?

Jake sabia das minhas crises, mas nunca questionou o meu uso excessivo de remédios, ele só me abraçava e dizia que tudo ficaria bem.

— Não precisa.

Ele parece se afastar da porta e eu me acalmo. Fico sentada na tampa do vaso sanitário pensando em como diria aquilo ao Jake. Senti uma angústia enorme porque sei que ele vai se culpar, da mesma forma que eu. Não imagino como ele vai reagir, ele dedicou tudo pela irmã e não conseguiu salvá-la, perder um irmão deve ser realmente horrível.

Destranco a porta e saio devagar para evitar me encontrar com ele, o que não adiantou de nada já que ele estava sentando bem na porta do banheiro com a cabeça baixa me esperando sair.

— Oi, eu estava preocupado com você.

— Eu preciso te contar uma coisa.

— O quê?

Eu não tinha a mínima noção de como dar aquela notícia, nunca precisei contar a alguém que um parente dele morreu. Pensei que seria melhor contar tudo de uma vez, por mais que eu soubesse como ele ficaria.

— A Lilly me ligou, ela me disse sobre os policiais e sobre a...

— S/n, me conta sobre o que ela falou.

Eu Sempre Soube (DUSKWOOD)Onde histórias criam vida. Descubra agora