Capítulo 36 - Resgate.

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Jake

2 dias se passaram desde que S/n foi sequestrada, Lilly e eu localizamos a casa onde vimos que ela estava e tudo era rodeado por uma cerca elétrica. Quem quer que estivesse com ela, não havia saído da casa uma única vez, permanecemos no meio do mato por horas para tentar ver alguma movimentação a mais.

— Isso seria tão mais fácil se pudéssemos simplesmente chamar a polícia — Lilly fala, estressada, tirando algumas folhas do cabelo.

— Sim, você chama eles e levam S/n, o sequestrador e eu junto, talvez até nos coloquem na mesma cela — ironizo.

— Estamos muito perto da casa, não acha?

— Quanto mais perto eu ficar dela, melhor. Será que se ele sair da casa você consegue acertar um tiro nele?

— Eu? Você acha que alguma vez eu já toquei em uma arma na minha vida? Você deveria fazer isso.

— Minha especialidade são computadores.

Ficamos deitados no meio das plantas, tentando ver se o homem saía de lá. Avistei um padrão de luz pra fora da cerca elétrica que eu conseguia alcançar, mas era arriscado chegar tão perto da casa.

— Lilly, tá vendo aquele padrão? Temos que desligar a energia e passarmos pela cerca o mais rápido possível.

— Como faremos isso?

— Durante a noite, voltamos aqui e seguimos o plano pra invadir a casa.

Ela concorda e volta a observar com o binóculo. Eu já estava ficando sufocado sabendo que S/n estava lá dentro há mais de 48 horas e eu ainda não fiz nada.

(...)

Minha irmã e eu preparamos tudo que iríamos precisar e voltamos para as redondezas da casa. Chegando lá, vimos que só tinha uma única luz acesa e nos aproximamos sem fazer nenhum barulho. Fui até padrão e vejo 2 fios lá dentro: um vermelho e um verde.

Lilly se aproxima de mim e eu a olho.

— Vermelho ou verde? — a pergunto.

Nós olhamos por mais alguns segundos e vejo a porta da casa abrindo, sem pensar, corto o fio vermelho, pego o braço da Lilly e saio correndo até o matagal. Nos escondemos e o homem sai da casa e começa a andar por volta do lugar.

— Ele nos escutou? — pergunta Lilly. Nego com a cabeça.

O homem volta pra dentro da casa e percebo que a luz não se apagou, então chego perto da cerca e olho para a Lilly que logo entende o que quero dizer.

— Eu não vou tocar nisso aí, Jake.

Pego um galho de árvore e jogo na cerca, não subiu nenhuma faísca, então ele deve ter desligada.

— Se essa cerca ainda estiver ligada, será o nosso fim — alerto.

Levo meu dedo até a cerca e fecho os olhos quando vou tocar, felizmente, quando eu encostei a mão, não senti nenhum choque. Pego a tesoura e começo a cortar a cerca, quando já tem espaço o suficiente, Lilly e eu entramos na propriedade. Procuramos entradas por todos os lados da casa, mas só encontramos uma abertura da tubulação de ar. Sinto Lilly batendo no meu braço tentando chamar a minha atenção.

Eu Sempre Soube (DUSKWOOD)Onde histórias criam vida. Descubra agora