Capítulo 33 - De volta a cidade.

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(Seu nome)

— Ele parece estar preocupado, não acho que seja uma boa ideia você sumir desse jeito e não falar com ele — diz Lilly após desligar o celular.

— É, mas eu não quero falar com ele agora. O que ele disse?

— Te pediu desculpas e disse que ele precisa conversar com você. Acho que ele está vindo pra cá.

— Talvez... será que ele sabe que estou aqui ou ele vem pra falar com você?

— As duas coisas. Você pode ficar aqui se quiser, já sabe as regras da casa e onde fica tudo.

— Obrigada, mas acho que vou alugar um quarto no hotel aqui perto.

Lilly concorda com a cabeça e pega seu celular.

— Viu as mensagens no grupo? Os policias foram até o local do crime e acharam o boné do Richy ensanguentado.

— Ah, que merda. Onde estão os outros?

— Eu não sei, acho que todos estão em suas casas... e Jessy deve estar na oficina.

— Eu vou lá falar com ela.

Pego minha bolsa e saio da casa da Lilly, ando rápido até a oficina e quando chego lá bato no portão até alguém me atender. O portão começa a subir até revelar os cabelos ruivos de Jessy e o seu rosto abatido, que quando me vê, abre um sorriso.

— MEU DEUS! — Jessy corre até mim e pula nos meus braços.

— Jessy! Você tá bem?

— Venha, vamos conversar lá dentro.

Entro na oficina e acompanho Jessy até o escritório dela, depois de entrarmos, ela fecha a porta.

— Como você está? — a pergunto.

— Eu não sei... é como se uma parte de mim estivesse morta. O Richy não pode estar morto.

— Vamos ter esperanças de que ele ainda está vivo, Jessy. Os policiais disseram mais alguma coisa?

— Não, eles levaram o boné como evidência e disseram que entrariam em contato caso descobrissem mais alguma coisa. Acho que devemos ir pra tal casa agora.

— Isso não é uma boa ideia, o sequestrador deve saber da localização dela, já que atacou o Richy tão próximo da casa.

— Mas essa é a nossa única opção.

— É a opção mais arriscada, não vou permitir isso.

Jessy fica em silêncio e apoia a cabeça no joelho, fico ali parada a observando até que meu celular toca.

— Oi? — atendo.

— S/n? Está tudo certo aí? — pergunta Lilly.

— Preciso da sua opinião, Lilly. Você acha que devíamos ir pra casa na floresta agora?

— Acho perigoso, o homem sem rosto sabe dela.

— Foi o que eu disse.

Eu Sempre Soube (DUSKWOOD)Onde histórias criam vida. Descubra agora