(Seu nome)
— Ele parece estar preocupado, não acho que seja uma boa ideia você sumir desse jeito e não falar com ele — diz Lilly após desligar o celular.
— É, mas eu não quero falar com ele agora. O que ele disse?
— Te pediu desculpas e disse que ele precisa conversar com você. Acho que ele está vindo pra cá.
— Talvez... será que ele sabe que estou aqui ou ele vem pra falar com você?
— As duas coisas. Você pode ficar aqui se quiser, já sabe as regras da casa e onde fica tudo.
— Obrigada, mas acho que vou alugar um quarto no hotel aqui perto.
Lilly concorda com a cabeça e pega seu celular.
— Viu as mensagens no grupo? Os policias foram até o local do crime e acharam o boné do Richy ensanguentado.
— Ah, que merda. Onde estão os outros?
— Eu não sei, acho que todos estão em suas casas... e Jessy deve estar na oficina.
— Eu vou lá falar com ela.
Pego minha bolsa e saio da casa da Lilly, ando rápido até a oficina e quando chego lá bato no portão até alguém me atender. O portão começa a subir até revelar os cabelos ruivos de Jessy e o seu rosto abatido, que quando me vê, abre um sorriso.
— MEU DEUS! — Jessy corre até mim e pula nos meus braços.
— Jessy! Você tá bem?
— Venha, vamos conversar lá dentro.
Entro na oficina e acompanho Jessy até o escritório dela, depois de entrarmos, ela fecha a porta.
— Como você está? — a pergunto.
— Eu não sei... é como se uma parte de mim estivesse morta. O Richy não pode estar morto.
— Vamos ter esperanças de que ele ainda está vivo, Jessy. Os policiais disseram mais alguma coisa?
— Não, eles levaram o boné como evidência e disseram que entrariam em contato caso descobrissem mais alguma coisa. Acho que devemos ir pra tal casa agora.
— Isso não é uma boa ideia, o sequestrador deve saber da localização dela, já que atacou o Richy tão próximo da casa.
— Mas essa é a nossa única opção.
— É a opção mais arriscada, não vou permitir isso.
Jessy fica em silêncio e apoia a cabeça no joelho, fico ali parada a observando até que meu celular toca.
— Oi? — atendo.
— S/n? Está tudo certo aí? — pergunta Lilly.
— Preciso da sua opinião, Lilly. Você acha que devíamos ir pra casa na floresta agora?
— Acho perigoso, o homem sem rosto sabe dela.
— Foi o que eu disse.
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Eu Sempre Soube (DUSKWOOD)
RomansaMorte. Traição. Conflito. Amor. Em Duskwood, essas quatro coisas caminham juntas. Principalmente dentro daquele grupo de amigos. O caso Hannah Donfort tomou proporções maiores do que qualquer um imaginava, colocando em risco a segurança de cada um d...