27.

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! JJ !

Assim que pisei em casa, vi que Luke bebia uma garrafa de cerveja barata, e percebi mais umas cinco ali.

Tentei ir para o meu quarto sem ele me ver mas era impossível, e ele acabou me vendo. Como sempre, eu esperei que ele começasse a gritar comigo, como ele geralmente faz, acabei me acostumando.

Mas não, ele não gritou comigo, quando Luke me viu, ele sorriu de orelha á orelha e se aproximou.

- Garoto, eu arranjei um emprego! Eles vão me pagar tão bem que é capaz de virarmos looks, filho. Kooks! - ele dizia animado.

Sorri fraco.

- isso é ótimo pai

- Meu filho, sei que não sou o melhor pai, mas vou melhorar! Eu te amo tanto garoto! - e me abraçou.

Eu só queria que ele estivesse sóbrio.

- eu também te amo pai. - disse baixo, sentindo uma lágrima cair. Separei o abraço. - Eu... eu preciso pegar umas roupas, volto depois, Ok?

- claro, JJ.

Fui para o meu quarto pegar as roupas e depois saí dali o mais rápido que pude. Kiara me esperava na caminhonete.

Entrei no carro e ela percebeu que eu estava chorando, mas mesmo assim eu comecei a dirigir de volta para casa de JB.

- O que ele te disse!? Por que está chorando??

Ela começou a me encher de perguntas.

- ele arranjou um emprego, Kie. Ele disse que me amava. - funguei olhando para a rua.

- Isso é bom, não é? - a garota disse apreensiva.

- no momento é, daqui umas semanas ele será pego bebendo no trabalho, como sempre e descontara tudo em mim. É sempre assim.

Ela deu um longo suspiro triste.

- já pensou em mandar ele para reabilitação? - perguntou sugestiva.

- não que eu ligue, mas judicialmente eu precisaria ficar com um parente, mas eu não tenho nenhum além do meu pai. - falei totalmente sério

- Você sabe o significado da palavra judicialmente???? - ela disse chocada. Eu ri. - Poderia pedir para o Luke te emancipar.

- A ideia em si não é ruim, Kie,
Mas eu não tenho dinheiro para botar meu pai numa clínica...

O assunto morreu assim que estacionamos na frente da casa de John B.

Saímos do carro e entramos na casa, e voltamos para o quarto, onde dormimos agarrados, pois eram sete e meia da manhã e até agora não havíamos dormido.

➷ 𝐈𝐃𝐈𝐎𝐓𝐀 »» 𝗝𝗶𝗮𝗿𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora