➷ 𝐈𝐃𝐈𝐎𝐓𝐀 »» 𝗝𝗶𝗮𝗿𝗮

50.

! KIARA !

- Basicamente a revolução francesa foi um período de intensa agitação política e social na França, que teve um impacto duradouro na história do país e... JJ, tá prestando atenção??? - eu chamei a atenção do loiro, que não parava de me encarar.

- Oi? Desculpa, desculpa, continua...

Eu continuei falando, mas JJ parecia muito longe de si, estava muito pensativo. O Jay não é uma pessoa que normalmente pensa, então isso não é algo normal.

- JJ

- Oi

- Tá tudo bem? Quer conversar?? - eu larguei o livro encima da cama.

Naquele momento, esqueci tudo sobre história e apenas foquei nele, preocupada.

- tá tudo ótimo, Ki, por quê? - ele disse indiferente.

- Não parece... Aconteceu alguma coisa?

Ele abriu a boca para dizer algo mas desistiu. Ele passou a mão pelos cabelos e respirou fundo.

- A gente precisa conversar, Kiara.

Estranhei, JJ está sério. Jay nunca é sério.

- Eu cansei de tentar esquecer tudo o que a gente passou, ok? Porra, eu sei, faz mais de três semanas desde que a gente parou de ficar mas... Porra, você e a gente não sai da minha cabeça e isso tá me matando! - ele disse de uma vez.

- Jay...

- Por favor, me escuta. Eu sei, que você tem um puta bloqueio emocional e medo de literalmente tudo, mas por favor. Por favor mesmo, tenta viver, a vida é curta, ok? E você se priva de se arriscar com medo de se machucar mas... Porra! Você literalmente esqueceu que eu também me machuco com isso! - ele deu uma pausa. - eu não tô dizendo para a gente namorar ou coisa do tipo, mas Kie, eu te juro por Deus que eu nunca te machucaria ou permitiria alguém te machucar. - ele pegou em minhas mãos.

Eu estava em choque com tudo que ouvi. Foi muito em apenas um minuto, suas palavras se repitiam diversas vezes em minha mente, me causando uma leve dor de cabeça e confusão.

- Você tá dizendo que quer se arriscar em perder a nossa amizade e...?

- Olha, Kie, eu sei que fui eu quem propus isso, de nós nós separarmos mas... Eu te juro, que foi uma decisão precipitada, eu não sabia que estava me apaixonando por você e...

- O que disse? - eu perguntei, nervosa com suas últimas palavras.

Ele parecia nervoso assim que disse aquilo, ele disse sem querer, claramente. Ele arregalou seus olhos azuis.

- Eu não tenho certeza, ok? Isso tudo é muito novo e sinto que pode dar certo, se você quiser... - ele disse inseguro.

Ele apertou sua grande mão contra a minha, levemente. Eu não sabia o que responder, então simplesmente, fiz o que nós fazemos de melhor, e lhe dei um beijo profundo.

Foi um beijo de saudades, eu sentia uma puta falta de seu chiclete de maconha e de sua língua. Sua mão descia por meu pescoço e minhas mãos estavam posicionadas em sua nuca. Eu me arrisco dizer que aquele foi o melhor beijo de toda a minha vida.

- Está disposta a se arriscar, Carrera? - Ele perguntou, colando nossas testas assim que separou o beijo.

Seu olhar fumegava contra meu olhar.

- Com certeza, Maybank.