Capítulo 50 - Narradora/Autora

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Kaayra: você não tá falando sério, Helena
Helena: eu falei sim pra elas. Se elas podem saber de você, por que manter segredo sobre o Thomas?
Kaayra: Helena, uma coisa é você falar sobre mim, que é visível que eu não sou. Mas o Thomas tava escondendo muito bem, você não tinha o direito disso

Helena: eu e ele já havíamos conversado sobre isso, pare de me condenar
Kaayra: vocês já... Já tinham?
Helena: sim. Combinamos que quando soubessem sobre você, poderiam saber sobre ele

Kaayra ficou em silêncio olhando a amiga, enquanto Jafari olhava de uma para a outra, como se assistisse um jogo de tênis, ele estava confuso com aquilo tudo e Kay sentia a confusão dele.

~Kaayra: Thomas na verdade é um anjo da guarda, um Ofanim, chamado Arthur, a Cura dos Jovens. Eu te explico a organização dos anjos depois, se você quiser saber.


Jafari: tudo bem, minha parceira.~

Kaayra sorriu boba com Jafari chamando ela daquela forma através do laço, enquanto Helena ficou com um olhar confuso e depois fez uma cara de nojo.

Helena: que nojo, vocês estão namorando por aquele laço esquisito
Kaayra: *reviro os olhos* não estamos namorando. E por que você tá com nojo? Eu aguentei você e o Thomas de gayzisse entre vocês
Helena: eu e ele pode
Kaayra: tá dizendo que eu não posso namorar?

Helena: claro que pode. Mas eu não tô acostumada em te ver com alguém
Jafari: então trate de acostumar, Helena, porque agora você vai receber o troco pelo as vezes que fez a Kay ser a vela.
Helena: óia que audácia.

Kaayra revirou os olhos mas riu da situação enquanto se levantava da cama e colocava os sapatos, sendo seguida por Jafari. Helena olhou para cama de forma maliciosa, notando os travesseiros e depois olhou para Kaayra, que corou muito vendo o que a amiga olhava.

Kaayra: cala a boca *desvio o olhar, pegando a capa*
Helena: eu não disse nada *com um olhar malicioso*
Jafari: mas pensou
Helena: não posso mais?
Jafari: pensar coisas maliciosas? Não. Tá querendo me ver morto?

Helena: claro que não. A não ser que você faça algum mal para a Kay
Kaayra: chega de gente bancando meus guardiões, não preciso que me protejam. Agora vamos logo, acabamos de sair da via atlantis
Jafari: você consegue sentir quando sai?
Kaayra: não muito, mas sim

Eles saíram do quarto e subiram até o convés parcialmente destruído. Sophia havia acordado e estava comendo um pedaço de bolo que Amélia pegou no refeitório para ela.

Cas ainda limpava o barco sujo de sangue e gosma branca brilhante, enquanto as demais meninas tentavam fazer suas armas secundárias vindas das facas aparecerem como apareceram para a luta. A cabine estava vazia, já que Amélia fez Soph sentar do lado de fora da mesma para tomar um pouco de ar.

Kaayra olhou a Esfera de Valdez para ver quanto tempo faltava para chegar a cidade costeira mais perto, para que conseguissem o material necessário para arrumar o barco pelo o que Helena havia dito a ela enquanto subiam até ali. A Esfera de Valdez marcava que era dia 5 de Abril, mostrando que não havia como calcular as mudanças de dia que a via atlantis poderia fazer naquela parte do mundo, talvez havia sido modificada após tanto tempo sem ser checada pelos criadores dela, mas isso era uma coisa que ela questionaria seu padrinho depois, quando estivesse tudo mais calmo.

Laura foi a primeira a ver a irmã adotiva e correr até a mesma, a abraçando e pedindo inúmeras desculpas, enquanto Kay ainda tentava se recompor do choque de ter um contato tão repentino.

As Sete Pecadoras e o Deus do MarOnde histórias criam vida. Descubra agora